Um propulsor monopropelente a hidrazina de 200N de empuxo foi testado com sucesso pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
De forma inovadora, foi utilizado um novo catalisador de decomposição da hidrazina, o carbeto de tungstênio (W2C).
O W2C é muito mais barato do que o catalisador comercial, feito de uma alumina especial que serve de suporte ao irídio (Ir), elemento raro e caro, o que inviabiliza seu emprego em grandes quantidades em propulsores de maior empuxo e tempo curto de acionamento.
Os testes foram realizados no Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP), no INPE de Cachoeira Paulista (SP).
Motor auxiliar
O propulsor de 200N faz parte de um projeto que começou com um motor foguete de 35N e que almeja o desenvolvimento de motores monopropelentes e bipropelentes com empuxo de até 800 N.
Os motores monopropelentes são largamente utilizados em controle de rolamento de veículos lançadores ou em manobras orbitais com requisitos de incrementos de velocidade inferiores a 200 m/s.
Os motores bipropelentes nesta faixa de empuxo são utilizados em blocos de aceleração de apogeu de satélites geoestacionários.
O desenvolvimento desta tecnologia envolve especialistas de diferentes áreas, como propulsão, química e catálise.
“O desempenho obtido com o propulsor de 200N foi excelente. O empuxo e impulsão específica previstos no projeto foram atingidos, indicando que mais uma etapa do desenvolvimento foi vencida. O propulsor foi testado em modo contínuo e modo pulsado por um tempo acumulado de teste superior a 300 segundos,” comemora José Augusto Jorge Rodrigues, responsável pela produção do catalisador.
Com o êxito do propulsor de 200N, o Grupo de Propulsão do INPE inicia uma nova etapa do projeto, que consiste no desenvolvimento de um propulsor de 400N.
FONTE: inovacaotecnologica