Apesar dos cortes orçamentários, a Marine Nationale deverá se beneficiar com a prorrogação do programa de fragatas multi-missão com capacidade de defesa contra aeronaves e mísseis. O assunto foi discutido ontem em Toulon, e o ministro da Defesa, disse em seu discurso que este programa de desenvolvimento seria incluído na próxima lei de planejamento militar (2014-2019). O reforço das capacidades anti-aéreas será fornecida por duas fragatas FREDA para garantir a substituição das fragatas Cassard e Jean Bart, no início da década de 2020. Originalmente este programa previa duas fragatas de defesa aérea do tipo Horizon adicionais (Forbin e Chevalier Paul na ativa). Mas essa opção foi abandonada, pois a Horizon é considerada muito cara. Em vez disso, foi oficialmente registrada em 2009, que as duas últimas das 11 FREMM encomendadas, seriam adaptadas para a defesa aérea.
FREDA: Herakles melhorado ou o novo Sea Fire 500
Chamada de FREDA, estes navios ao contrário das primeiras unidades FREMM, possuirão 32 mísseis Aster 15 e Aster 30 (contra 16 Aster 15 e 16 mísseis de cruzeiro Scalp Naval / MDCN na FREMM) e terá meios de detecção mais poderosos: Herakles melhorado com novas antenas de radar para melhorar a capacidade de controle de fogo contra mísseis balísticos. Nesta perspectiva, a marinha está muito interessada no projeto FREMM ER (Extended Range), projetada pela DCNS e Thales para atender às necessidades de clientes em potencial para exportação.
Apresentado no final de 2012, o navio está equipado com um mastro integrado equipado com um novo radar com quatro lados lisos, Sea Fire 500. Esse modelo poderia coincidir com o projeto FREDA, especialmente porque o SF500 também poderá equipar o porta-aviões Charles de Gaulle, na sua modernização de meia vida ni fim da década, incluindo a renovação seu radar (DRBV-26 e DRBJ-11B). O programa de modernização do porta-aviões foi confirmada ontem por Jean-Yves Le Drian como sendo integrado na próxima LPM (*).
Se beneficiando de um desenvolvimento para exportação
Mas, em seguida, os militares franceses não têm o dinheiro para desenvolver a FREMM ER e o SF500. Como opção, um país estrangeiro deve bancar a FREMM ER, como a Arábia Saudita e o Canadá. Caso contrário, o programa não evoluirá e se optará por uma solução mínima e, portanto, menos cara. Neste caso, o FREDA seria diferente da FREMM convencional com o aumento da capacidade de defesa aérea através de um Herakles mais potente e da adição do míssil Aster 30, além do Aster 15 e do Scalp Naval / MDCN. Com apenas 32 células, o Aster 30 seria muito limitado. Estes navios estão longe de ter capacidade de defesa aérea como a Horizon e a FREMM ER, mas ainda seria melhor do que nada. Em todos os casos, a Marinha quer manter pelo menos quatro navios capazes de proteger um Task Group, do ataque de caças e ataques de mísseis. Isto significa que as duas FREMM serão modificadas para essas necessidades.
E a FREMM?
A outra questão que permanece em aberto é, qual o número final de fragatas multi-missão. O programa reduziu de 17 para 11 unidades em 2008, e poderá ser mais reduzido para apenas 8 navios em conformidade com o novo formato estabelecido pelo último Livro Branco de Defesa (15 fragatas maiores em 2025, com a La Fayette, contra 18 anteriormente). Para chegar a este número, diferentes cenários são possíveis.
O mais pessimista considera 8 FREMM, 2 Horizon e 5 La Fayette atualmente em serviço. Mas as negociações continuam com o Ministério da Defesa e a indústria para manter em 11 o número de FREMM, confirmou Jean-Yves Le Drian.
Neste contexto, algumas La Fayette que entraram em serviço entre 1996 e 2001,deverão se beneficiar até o final da década com uma pequena modernização, com a adição de um sonar.
Em todos os casos, por razões orçamentais, o programa vai ter seu ritmo reduzido, disse Jean-Yves Le Drian. As seis primeiras fragatas FREMM seriam entregue em 2019, o que representaria uma mudança global considerável uma vez que até agora, era de se esperar nesta data, oito FREMM já entregues pela DCNS. Portanto, é razoável pensar que, se as 11 fragatas forem mantidas, no final do programa, atualmente fixado em 2021, vai ser adiado para 2023 ou 2025.
(*) Outros programas a serem lançados na próxima LPM, o discurso do ministro da Defesa também se referiu a novas fragatas de tamanho intermediário (FTI), a modernização dos caça minas, das unidades de logística e da modernização de dois Atlantic, assim como o futuro míssil anti-navio (ANL).
FONTE: Meretmarine
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval