Portsmouth, Reino Unido: O mais novo navio de guerra da Marinha do Brasil, construído pela BAE Systems, levantou âncora, pela primeira vez, para enfrentar um extenso programa de testes no mar, nas costas do Reino Unido.
O ARAGUARI, o terceiro Navio de Patrulha Oceânica da Classe Amazonas, deixou Portsmouth, nesta manhã, com uma tripulação da BAE Systems e observadores da Marinha do Brasil. O navio passará duas semanas testando todas as suas funções inclusive seus sistemas de propulsão e combate.
Os 81 integrantes da tripulação do ARAGUARI já se mudaram para suas novas residências, na Base Naval de Portsmouth, e começaram seu treinamento para aprender como lidar com o navio. A base naval já conta com a presença da equipe de apoio da Marinha do Brasil, que supervisiona a entrega de todos os navios desta classe.
“Hoje, demos início a um novo e importante estágio no processo de entrega deste navio de guerra de alta capacidade, além de estabelecer outro marco em nossa sólida parceria com a Marinha do Brasil. A equipe da BAE Systems vai testar cada um dos aspectos do desempenho do Araguari e trabalhará em conjunto com a tripulação para garantir sua prontidão para os desafios que enfrentará no Brasil, realizando missões de segurança marítima, ajuda humanitária, bem como busca e resgate”, comentou Nigel Stewart, Diretor Comercial da BAE Systems Maritime.
No total, mais de 250 integrantes da Marinha do Brasil já estiveram no Reino Unido, desde a assinatura, no final de 2011, do contrato prevendo a entrega de três Navios de Patrulha Oceânica e os respectivos serviços auxiliares, o que inclui ainda uma licença de construção de futuros navios da mesma classe, no Brasil.
O AMAZONAS, o primeiro de sua classe, já está em operação, após sua chegada ao Brasil, enquanto que o APA, o segundo navio, está rumando para o país. A entrega do ARAGUARI para a Marinha do Brasil está marcada para junho.
O projeto da Classe Amazonas, com 90 metros de comprimento, se baseia nos Navios de Patrulha Oceânica da Classe River, pertencentes à Marinha Britânica. Estes navios são ideiais para conferir segurança marítima às águas territoriais do Brasil, inclusive proteger as plataformas de petróleo e gás do País.
Os navios serão equipados com um canhão de 30 mm e duas metralhadoras de 25 mm, além de dois botes rígidos infláveis e um convés para pouso e decolagem de helicóptero. Há ainda acomodação adicional para 40 pessoas, tanto tropas como simples passageiros, a exemplo de pessoas evacuadas de uma área.
Sobre a BAE Systems
A BAE Systems é uma empresa global que atua nos segmentos de segurança, defesa, e aeroespacial com aproximadamente 94.000 funcionários em todo o mundo. A companhia fornece uma linha completa de produtos e serviços para forças aéreas, terrestres e navais, bem como soluções avançadas em eletrônica, segurança, tecnologia da informação e serviços de suporte a clientes. Em 2012, a BAE Systems alcançou vendas no valor de £17.8 bilhões, cerca de US$ 28.3 bilhões.
No Brasil, a BAE Systems está presente desde os anos 70, por meio de sua predecessora a VT Shipbuilding. Atualmente, a empresa mantém um escritório em Brasília (DF), que dá suporte às Forças Armadas, no que diz respeito a equipamentos como canhões navais, radares, veículos blindados, controles de voo para aeronaves, entre outros; e que busca estabelecer parcerias mutuamente benéficas, por meio da transferência de tecnologia, com os setores de segurança e defesa brasileiros.
Luiz Padilha ou Guilherme Wiltgen:
-Qual a opinião de vocês sobre as qualidades técnicas dessas embarcações da classe Amazonas? Valem a pena pra MB?
-Quanto ao plano de modernização da MB(se é que existe algum), caso se concretize, tornará nossa Marinha mais eficiente e respeitável, futuramente?
-E quanto aos caças finalistas do “eterno” FX 2, qual pra vocês seria o ideal pra FAB, entre os três finalistas?
Sobre a ultima pergunta, na minha humilde opinião, qualquer um deles, desde que não fosse o Rafale, seria bom.
Mas como sou leigo no assunto, gostaria de escutar a opinião de quem entende.
Abraços.
Luciano
Luciano, com relação a classe Amazonas, o que posso lhe dizer é que o navio é excelente para o que foi concebido.
Ele é muito bem construído ou seja, vai durar bastante.
Seus equipamentos são modernos e seu armamento adequado para patrulha naval.
O que muitos não entendem quando olham o tamanho do navio é: Por que ele não possui mísseis?
Quando se verifica em outras marinhas pelo mundo, navios menores e mais “bem” armados, logo vem a cabeça que os nossos são sub-armados.
Então, aos que “desejam” armar mais a classe Amazonas, fica a dica que SIM, isso é possível, mas não a solução, pois dentro do envelope de missões, o que o navio possui está de bom tamanho.
Lembre-se que ele num embate contra um navio de guerra, mesmo com mísseis, ele não sobreviveria muito tempo. Vale sacrificar meio e vidas?
Deixei para o final, a razão mais importante do porque a MB necessita de navios de patrulha com mais de 2.000ton.
As condições de mar que temos no Atlântico Sul é impar. Navios com menor tonelagem “agonizam” quando encontram um estado de mar 5.
Nossos navios de 200t classe Grajaú precisam se “abrigar” quando o mar endurece.
Os de 500t da classe Macaé melhoram um pouco esta situação, mas muito longe de ser o ideal para nossa marinha.
O ideal seria reduzir o plano de mais unidades de 500t e partir para os de 2.000t, pois com eles a MB ganha no quesito “Endurance” o que é fundamental para a missão de patrulha em nossa costa .
Sua resposta enriqueceu, e muito, o conhecimento que eu tinha sobre o assunto, que por sinal era bem limitado. Portanto, Muito Obrigado pela resposta!!! Quanto a ultima pergunta, sobre o FX 2, vou refaze-la em outro artigo de vocês que tenha algo a ver com a pergunta, valeu?
Desde já eu agradeço.
Luciano