Por Guilherme Wiltgen
No segundo dia da Press Trip, visitamos o complexo militar de Zayed, onde se localiza o Tawazun Industrial Park (TIP), onde se localizam vários sites do EDGE Group. Entre eles o AL TARIQ, uma das entidades que compõe o Cluster de Mísseis e Armas.
A primeira vista, o ambiente desértico já contrasta com as instalações onde são produzidos materias de defesa no estado da arte e com um alto nível tecnológico empregado em seus produtos.
Yousef Al Blooshi (Director of Business Development) e Antonio Brazzoli (Executive Manager of Operations) nos receberam e realizaram uma completa apresentação da AL TARIQ e seus produtos.
Essa entidade é responsável pela produção de kits de precisão de direcionamento por meio de escolha de sistemas como GNSS/INS, Imaging Infrared (IIR) com Automatic Target Recognition (ATR) e Semi-active laser seekers (para maior precisão contra alvos fixos e em movimento.)
O seu portfólio inclui PGM (Precision-Guided Munitions) projetadas para serem utilizadas nas General Purpose bomb da série MK, amplamente utilizadas pelas Forças Armadas Brasileiras, que podem aumentar muito as capacidades de ataque ao solo.
Segundo Yousef Al Blooshi, os produtos fabricados pela AL TARIQ podem ser integradas às aeronaves de combate atualmente disponíveis no mercado, ressaltando a utilização no caça Dassault Mirage 2000 da United Arab Emirates Air Force (UAEAF).
Na semana seguinte da visita realizada pelo DAN, uma comitiva da Força Aérea Brasileira (FAB), liderada pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, esteve visitando as facilidades da AL TARIQ, provavelmente conhecendo opções de armamentos para integrar ao F-39E Gripen (Saab Gripen E).
Cabe ressaltar que os produtos da AL TARIQ são de desenvolvimento próprio, ou seja, estão isentos de embargos de outros países, bem como não estão sujeitas ao ITAR (International Traffic in Arms Regulations) em relação ao controle de importação, exportação, fabricação, venda e distribuição de material de defesa, se apresentando como uma opção de fornecedor muito interessante.
Possivelmente deixará de investir no sistema DAGGER (desenvolvido no Brasil), o qual tem capacidades semelhantes, para comprar o sistema gringo.