O Wildcat HMA2 já possui a capacidade de disparar os torpedos Sting Ray, contra ameaças submarinas, e mísseis leves Thales Marlet para eliminar enxames de barcos ou pequenos navios.
Agora, a Royal Navy (RN) concluiu o primeiro disparo guiado do míssil antinavio Sea Venom, que tem dez vezes mais potente que o Martlet, desenvolvido para destruir navios maiores. O teste foi realizado contra um navio alvo no campo de tiro de Aberporth, no País de Gales.
Tenente-Comandante Robin Kenchington, do esquadrão de teste e avaliação 744 Naval Air Squadron da Marinha Real, disse: “Foi fantástico ver uma demonstração completa do míssil de ponta a ponta.Todos os aspectos do disparo funcionaram bem, desde a facilidade de uso na cabine para as tripulações, passando pelo desempenho do míssil em voo até a precisão no alvo. O Wildcat tem mais um potente míssil adicionado ao seu arsenal, aumentando a capacidade das equipes da linha de frente de lutar de uma distância maior, isso maximiza sua letalidade, ao mesmo tempo em que os mantém seguros das defesas inimigas.”
O navio-alvo foi projetado e construído por engenheiros da QinetiQ, feito de três contêineres dispostos sob uma barcaça. Cada parede do contêiner tinha vários elementos de aquecimento, controlados individualmente, para simular um alvo com mais precisão.
O disparo é um marco significativo na integração do Sea Venom ao Wildcat, que aumentará a potente gama de armamentos que protegem os navios de guerra da RN, ou seja, os porta-aviões da classe Queen Elizabeth.
O sucesso do teste foi o resultado de um excelente esforço de equipe da Leonardo UK, MBDA, QinetiQ e do Ministério da Defesa (MoD).
A Wildcat Maritime Force, sediada na RNAS Yeovilton, conta cerca de 400 pessoas e 28 helicópteros Wildcat HMA2 distribuídos entre dois esquadrões.
O 815 Naval Air Squadron (815NAS) opera na linha de frente, embarcado nos navios da RN ao redor do mundo, enquanto que 825 Naval Air Squadron (825NAS) tem a missão de Instruçãode Voo.
O Wildcat, que entrou em serviço em 2015, recebeu um notável poder de fogo nos últimos anos, com a adição de uma nova asa para o transporte de torpedos e mísseis. Ele também podem ser armado com uma metralhadora calibre .50 em sua porta e levar equipes de atiradores de elite do Royal Marines capazes de neutralizar um barco de contrabando de drogas à distância.
O Sea Venom é a mais recente arma a ser desenvolvida, substituindo o Sea Skua que saiu de serviço em 2017. É um míssil moderno, projetado para destruir uma variedade de embarcações de ataque até corvetas, a distâncias seguras de até 20 km. Possui uma ogiva de 30 kg e tem uma “capacidade de supressão costeira”, o que significa que pode atingir alvos costeiros, destruindo ameaças potenciais a navios de guerra que operam nas proximidades. Ele ainda oferece uma variedade de perfis de voo diferentes, incluindo o Sea skimming.
O Sea Venom é um grande avanço tecnológico, fornecendo uma arma muito precisa e poderosa para o Wildcat. Esta instalação opcional de monitoramento e controle do operador no circuito permite novos recursos, tais como: redirecionamento em voo, correção e refinamento do ponto de mira final ou aborto seguro.
O Comodoro Nick Sargent, Chefe de Helicópteros da DE&S, acrescentou que “Esse disparo marca um passo vital na integração do míssil Sea Venom em um helicóptero excepcional, visando fornecer à Marinha Real uma capacidade de classe mundial. Sou grato a todos aqueles na indústria e no Ministério da Defesa que trabalharam tão arduamente para atingir esse marco.”
FONTE: RN