Por Dimitrius Dantas
O primeiro orçamento do governo Lula para o Ministério da Defesa prevê um aumento de R$ 2,6 bilhões em gastos com pensões e remuneração de militares da reserva, mas também uma queda nos investimentos na Marinha, principalmente na construção de submarinos nucleares, um dos projetos prioritários da Força.
Os dados estão no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), a presentado na quinta-feira pelo governo federal. No último ano da gestão de Jair Bolsonaro, o Ministério da Defesa foi a pasta com o maior orçamento previsto. Neste ano, será o terceiro, atrás de Transportes e Saúde.
O montante reservado no Orçamento para investimentos da Defesa para 2024 é de R$ 8,2 bilhões. Neste ano, é de R$ 8,4 bilhões. Esses valores ainda poderão ser alterados pelo Congresso Nacional, que ainda vai analisar o projeto de Lei Orçamentária.
Os valores para investimentos são os para planejamento e execução de obras ou aquisição de instalações, equipamentos e materiais. Ou seja, não contam gastos correntes, com o custeio da máquina pública, como salários.
Segundo Gustavo Dallagnol, pesquisador e consultor da D&D Strategic, especializada em Defesa, boa parte do Ploa se refere aos investimentos incluídos no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com o foco na expansão da base produtiva e da infraestrutura do setor. Segundo ele, entretanto, há alguns pontos de questionamentos, como a necessidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento seguindo o exemplo de alguns projetos, como o KC-390, avião militar de transporte que hoje é exportado para outros países, e maior abertura à discussão das prioridades no Orçamento.
No entanto, é o persistente problema do equacionamento que segue. Pensões e salários ocupam grande parte do orçamento, o que é detrimental à Defesa Nacional.
Segundo o texto enviado, os programas que receberam a maior redução estão relacionados à Marinha. As ações orçamentárias “Recomposição do Núcleo do Poder Naval”, com uma redução de R$ 186 milhões em relação a este ano; “Construção de Submarino de Propulsão Nuclear”, com uma redução de R$ 16 milhões; e o “Desenvolvimento de Míssil Nacional Antinavio”, que caiu R$ 52 milhões, estão entre as principais reduções.
Em comparação com a dotação atual, o orçamento de investimentos da Marinha caiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,9 bilhão. O do Exército foi de R$ 1,8 bi para R$ 1,9 bi, enquanto o da Aeronáutica, de R$ 1,9 bi para R$ 2,1 bi.
FONTE: O Globo
Engraçado de tudo é que fizeram um grande alarde para o lançamento do PAC, que nada mais foi que requentar o que já estava contratado, e agora para melhorar com cortes no investimento e o fim pessoal.
Bem se vê que é reportagem do globo. O orçamento de defesa sempre ficou atras da previdencia, saude e educação. Nunca foi especialmente nos ultimos 4 anos o maior. Isso nao é verdade
O importante que num eventual conflito basta chamar para linha de frente os pensionistas e aposentados, afinal para uma força de defesa naval é o maior investimento atual.
Cabe cada um de nós pressionar os deputados e senadores dos nossos respectivos Estados. Investimento não forças armadas é tecnologia e geração de empregos
O problema da MB é a sua atuação distante da s vistas do contribuinte. Não se destaca no apoio as ações subsidiárias de atendimento do contribuinte nas situações adversas que enfrenta em situações como secas, enchentes, deslizamentos, epidemias, etc. Porém sua atuação é essencial para a defesa. Até mesmo mais importante do que a do exército, pois temos uma costa gigantesca e um mar territorial enorme para proteger. Além disso falta foco a MB. São muitos programas ao mesmo tempo. Estamos desenvolvendo um novo navio de apoio polar ( sendo que já possuímos um novo) e outro não tão velho e que ainda poderia ser modernizado. Enquanto a esquadra está praticamente sem navio de apoio logístico. O Brasil perdeu todas as oportunidades de compra de fragatas modernas semi-novas que deram baixa recentemente na europa como as Lafayette’s ou Type23 enquanto renovava o parque de blindados dos fuzileiros navais. Estamos aposentando submarinos semi-novas construídos nos anos 90… Países como Turquia, Grécia, Paquistão, Israel etc, utilizam submarinos dessa mesma época realizando a sua modernização em diferentes graus… Paralelo a isso o Brasil insistiu até o limite em manter um porta-avioes sucateado e programas de modernização de um verdadeiro museu voador com AF-4 e S-2traker. Enquanto a patrulha naval segue sob o controle da FAB sem a devida prioridade que merecia. Enfim…
Depois vem com a história de PAC…lamentável
Amigo, recentemente o DAN publicou uma entrevista em vídeo com o AE Cunha, Chefe do Estado Maior da Armada, na qual ele diz que não, não haverá nenhuma encomenda para além das 4 Tamandaré e 4 Riachuelo. E até a mesmo a aquisição dos NPO de 1.800 Ton ficou para um vago “futuro próximo”. E como temos visto a tempos, “futuro próximo” para a mb tem uma projeção de concretização equivalente ao “futuro distante” de outras marinhas.
Sugiro que assista a entrevista.
Tragicamente a mb continua a demonstrar que não tem nenhum interesse em mudar este vergonhoso e imoral status de clube de barões voltado prioritariamente para servir de cabide de empregos e sustentar mamatas com nosso dinheiro.
Sem dúvidas a mais ineficiente, estruturalmente ultrapassada e arcaica em relação aos seus ideais e modelo administrativo dentre as três Forças.
Na minha opinião, a mb precisa de algo como uma intervenção, um grande expurgo ou mesmo sua dissolução para a criação de algo novo que funcione como uma Marinha de verdade deve funcionar.
Excelente diagnóstico! Eu não consigo entender a insistência do Almirantado em possuir uma aviação de caça orgânica da Força Naval quando, neste momento, está muito longe no horizonte a aquisição de um novo porta-aviões, que aliás, se presta a projeção de poder, quando o empenho da nossa Marinha deveria ser a negação do mar territorial para um possível invasor, tarefa para a qual a força de submarinos e a patrulha marítima são fundamentais.
O antigo Minas Gerais com seus 6 a 8 P-16 embarcados faziam projeção de poder? ou apenas serviam para a luta contra submarinos?
Quando você leva em consideração que 80% da população brasileira, assim como grande parte da infraestrutura crítica nacional está a até 200Km da costa e que os principais potênciais adversários do Brasil tem armas capazes de atacar a uma distância de até 1.500Km e que em todas as guerras os submarinos foram superados pelas forças de superfície, deve ficar claro que apenas confiar em uma força de submarinos convencionais e nucleares não é suficiente para proteger a costa do Brasil, é preciso que a MB seja capaz de atacar o oponente a mais de 1.500Km de distância de nosso mar territorial e para isso uma aviação embarcada é necessária, um porta aviões com 24 caças é muito mais um defensor de frota do que um meio de projeção de poder.
Boa tarde Padilha ainda existe possibilidade da MB encomendar mais duas fragatas Tamandaré e mais um SBR?
Obrigado
Abs
Acho que nós, entusiastas, patriotas ou militares das antigas, que estamos preocupados com soberania, modernização da força de superfície, controle da ZEE…
O grosso dos funcionários da MB quer salário gordinho na conta, estabilidade e o resto que se lasque!
Fabio, tu não leu o artigo de que não há previsão orçamentária para isto e para quase nada?
Os recursos federais estão sendo canalizados para pagar aumento de máquina pública, publicidade e para comprar votos e almas de deputados, e apesar disto, o “Submarinista de plantão” continua puxando o saco no carniça.
Hehe e não esqueça dos cpxs ,da Janjatur e os empréstimos para os países amigos.
Brasil ladeira abaixo,esse deveria ser o slogan desse desgoverno.