Elizabeth Bagley, Embaixadora dos EUA no Brasil afirma que as ações do Brasil são importantes para o mundo

Em se tratando de política externa, qualquer declaração vinda de representantes dos eua agrega uma parcela de desconfiança em relação a suas reais intenções. Principalmente pelo fato de que os eua não só já violaram como continuam neste exato momento violando a integridade territorial de outras nações. Estão na Síria ilegalmente, sem a autorização do governo e roubando petróleo na maior cara de pau. E o mesmo no Iraque, cujo governo local já pediu várias vezes para eles saírem do país e eles dizem que não sairão e controlam poços de petróleo. E o que dizer de Guantanamo?

Tenha paciência ao abusar de nossa inteligência, Sra Bagley!
Os tempos mudaram e vocês estadunidenses continuam os mesmos. Tiveram 70 anos de domínio global e ao invés de construírem fortes laços internacionais baseados em igualdade, generosidade, respeito às diferenças religiosas e políticas, porque cada cultura tem seus sistemas políticos que funcionam para aqueles povos, agiram sempre e invariavelmente como predadores ávidos por subjugar a todos com uso de poder econômico e militar nos moldes de um Império Romano moderno.
Destruíram países, mataram muita gente, tomaram muitas riqueza, semearam miséria e colheram ódio e remorso por parte de muitos.
Agora que, por imposição da própria Lei Universal, a roda gira, o ciclo de poder se transforma derrubando um Império e erguendo outro, os líderes dos eua se mostram completamente perdidos, desnorteados. Mas isso faz parte do processo de mudança e é algo que não pode ser detido.

Tentar atrair o Brasil com promessas de respeito à integridade territorial e tal, é discurso vazio. Agora é tarde.
O alarme tocou tarde.
Os eua com sua dívida interna de 31 trilhões e os BRICS trabalhando abertamente para se livrar do dólar em seus negócios. 50 países já demonstraram um interesse teórico neste bloco. Ou seja, estão observando e se a coisa engrenar eles entram. Não interessa se são democracias ou sistemas totalitários. O que interessa é o poder econômico somado. O fluxo de dinheiro que tomará outros rumos.
E se para os de mentes condicionadas por sonhos irrealizáveis de american way of life os BRICS serão um fracasso(como vem eles dizendo a 20 anos que “ain, este ano a China quebra e volta a idade média… “), para os economistas dos eua e europa, o terremoto será inevitável. Já vemos declarações histéricas por parte de vários, Macron querendo se infiltrar como “amigo” nos últimos eventos na África e Amazônia enquanto a França vai sendo expulsa da África cansada de ter suas riquezas tomadas, etc.

E num propósito extremo deles, dificilmente vão tentar afrontar a soberania territorial brasileira. A Europa está em crise e não teria condições de uma aventura militar nem mesmo por lá, quanto mais em outro continente. Se os eua, que estão bem próximos e tem poderio, os convencerem, porque apesar deles poderem fazer isto sozinho os europeus não aceitariam, isto poderá desencadear como resposta por sobrevivência que o Brasil estabeleça um pacto de defesa militar com os BRICS ou pelo menos com China e Rússia. O que seria um tiro de 12 nos pés para as pretensões dos eua e aliados.
Agora é tarde. A possibilidade de ascensão do Brasil nesta nova ordem mundial multipolar que se estabelece é real e ocorrerá por consequência natural. Vamos em frente que os tempos estão ao nosso favor.