Na manhã desta quarta-feira (9), o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, foram até o local do acidente ocorrido ontem, durante exercício operativo realizado em Formosa (GO). Eles conversaram com os feridos de menor gravidade que se recuperam nas instalações da Unidade Médica Expedicionária da Marinha (UMEM) e com os profissionais de saúde que fizeram os primeiros atendimentos aos feridos.
Ao todo, 14 militares estavam na aeronave UH-15 Super Cougar, pertencente ao 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2), realizando um exercício planejado de Fast Rope, técnica para desembarque rápido da tropa em ambiente adverso. Dois militares foram encaminhados ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília (DF), e quatro ao Hospital Regional de Formosa. Dois militares morreram no momento do acidente.
Em entrevista coletiva, o Comandante da Marinha ressaltou que esse foi o acidente mais grave em 35 anos do exercício em Formosa e que a Força está prestando apoio aos militares envolvidos e seus familiares. “Na atividade militar, o risco é inerente. O treinamento continua, mas, desde o ocorrido, a Marinha tem prestado total assistência social e religiosa aos familiares dos envolvidos e permanecerá dessa forma”, afirmou.
O Ministro da Defesa classificou como impressionante o fato de 12 militares terem sobrevivido. “É uma coisa incrível, você vendo os destroços não acredita que tenha saído gente viva dali”, ressaltou.
Uma Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico foi instaurada para apurar as causas e circunstâncias do acidente. Um Relatório Preliminar com informações como histórico da ocorrência, laudos e pareceres técnicos deverá ser concluído no prazo de 180 dias.
UH-15 Super Cougar N-7106
O Ministro da Defesa também reafirmou o compromisso das Forças Armadas com a verdade e a transparência, assegurando que todos os esforços estão sendo feitos para esclarecer as causas do acidente e garantir a segurança de todos os militares que bravamente servem ao País. “Em cada operação se aprimoram os erros ocorridos na anterior. Evidentemente, nós não podemos parar de fazer operações. Graças a Deus não temos conflitos reais. Mas não podemos ficar nos gabinetes esperando que essas coisas aconteçam. Temos que ir a campo, temos que simular situações de combate, para que tenhamos homens preparados para defender o País”, reforçou o Ministro.
FONTE: MB