“É muito importante para nós, do Exército Brasileiro, a modernização do Cascavel. Essa viatura é o esqueleto, é o backbone das nossas Forças Mecanizadas neste momento. E essa modernização é feita junto com a Indústria Nacional, isso é importante ser ressaltado, porque quem não tem Indústria de Defesa, não tem soberania”.
A afirmação é do Chefe do Estado-Maior do Exército (EME), General de Exército Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, durante visita ao Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), em Barueri (SP), para acompanhamento dos principais projetos e atividades desenvolvidos na unidade. Dentre eles, o projeto de modernização do blindado EE-9 Cascavel, de responsabilidade do Consórcio Força Terrestre, liderado pela AKAER.
Além do General Soares, acompanharam a apresentação o General de Divisão Pedro Celso Coelho Montenegro, Comandante da 2ª Região Militar (2ª RM; o General de Divisão Tales Eduardo Areco Villela, Diretor de Fabricação (DF); o General de Brigada Jayro Rocha Júnior, 3º Subchefe do EME, e do General de Brigada Marcelo Rocha Lima, Chefe do Escritório de Projetos do Exército (EPEx).
O Tenente-Coronel Fábio Musetti de Sousa, Gerente do Projeto Cascavel, apresentou à comitiva todos os avanços do projeto Cascavel, que posicionam o blindado como referência em modernização de veículos militares.
O projeto consiste em um amplo pacote de modernização e novas tecnologias, que inclui nova motorização e suspensão; substituição da atual torre mecânica por uma nova torre automatizada, aumento da efetividade operacional no emprego de armas; um sistema optrônico de última geração, que permitirá a operação diurna e noturna e em condições atmosféricas degradadas; um avançado computador de tiro, que será responsável pela execução de todos os cálculos balísticos, um sistema eletrônico de comando e controle para análise, em tempo real, de todos os sensores do veículo, o que permitirá a leitura dos parâmetros ambientais que interferem na execução das missões, além de um sistema de ar-condicionado que vai melhorar consideravelmente o ambiente operacional da tripulação.
Além disso, o EE-9 Cascavel modernizado contará com a adição de um lançador de mísseis antitanque em sua torre principal, introduzindo essa capacidade em veículos blindados de reconhecimento do Exército Brasileiro.
General Soares ressaltou que o trabalho em parceria com a Indústria Nacional proporcionará capacidade de melhorar a operacionalidade e a logística do Exército Brasileiro.
“A Akaer, o consórcio que está à frente [do projeto de modernização], essa empresa está no Brasil e é composta de brasileiros. É a nossa empresa. Gera empregos em nosso país e tudo isso pra gente é muito importante. O Exército Brasileiro, junto com empresas nacionais, estarem trabalhando juntos para aumentar a operacionalidade do Exército, ou seja, aumentar a nossa capacidade de defender a Pátria e melhorar a capacitação tecnológica da nossa empresa e aumentar os empregos de qualidade do nosso país”, ressaltou o Chefe do Estado-Maior do Exército durante a visita ao AGSP.
Para o CEO da AKAER, Cesar Silva, a expertise e o portfólio em engenharia de projetos especiais comprovam que a AKAER tem qualificações únicas para o desenvolvimento e a inovação em diversos setores do país.
“Estamos orgulhosos de liderar este projeto tão importante para a soberania nacional e comprometidos em fornecer ao Exército Brasileiro veículos blindados que unem confiabilidade e tecnologia de ponta”, afirmou Cesar.
Não faria muito mais sentido usar um Lince com uma torre REMAX e talvez futuramente um lançador de A.T como viatura de reconhecimento?
Um dos maiores problemas do Cascavel fui ignorado nesse projeto. A sua blindagem é ridiculamente fina, podendo ser facilmente perfurada por munição .50 perfurante. Os Ucranianos receberam um blindado de origem francesa semelhante ao Cascavel que até agora não foi empregado em combate em larga escala por sua blindagem não resistir minimamente a tiros das metralhadoras pesadas russas. Portanto sem melhorias na blindagem todo esse dinheiro gasto será jogado fora.
Durante a guerra do Iraque vários cascavel foram destruidos por munição de baixo calibre, inclusive após atingidos ocorria detonação interna dos projéteis que carregavam, não dando chance de fuga aos tripulantes. Uma churrasqueira sobre rodas.
Este equipamento não passa de um patético carro alegórico para desfiles. Já não valia nada a 20 anos atrás, hoje em dia é uma piada, uma afronta gastar dinheiro dos contribuintes com este calhambeque. Dinheiro jogado no lixo. Absurdo.
E o Chefe do Estado-Maior do Exército dizer que esta lata de sardinhas é o esqueleto do EB!!
Difícil descrever a Vergonha e o Desamparo que sinto neste momento por ter meu país sem capacidade de defesa, como uma presa mais fácil de ser abatida que uma gazela aleijada.
Ao invés de investirem pesado no Centauro 8×8, ficam desperdiçando recursos modernizando sucatas.
Tenho um projeto de um Blindado bélico 8X8. Sem cópia e sem semelhança no mundo. Gostaria que os militares estudasse .100% nacional. Em vez de importar tudo pronto. Quanto a matéria do Cascavel é bem vinda a reforma desde Blindado. Herança bem sucedida da antiga Engesa. Os engenheiros da época eram e contuam bons. Fiz amizade com o Odilon da Columbus. Parabéns pela matéria.