Até o dia 23 de maio, a Operação Furnas segue com intensos treinamentos no sul do estado de Minas Gerais. O treinamento envolve mais de 1.300 Fuzileiros Navais, com o propósito de possibilitar o treinamento de Unidades da Força de Fuzileiros da Esquadra e da Força Aeronaval em Operações Ribeirinhas, de Paz e Interagências, em coordenação com o Estado de Minas Gerais e outros órgãos.
Segundo o Contra-Almirante (Fuzileiro Naval) Claudio Eduardo Silva Dias, Comandante da Divisão Anfíbia, a escolha da região foi estratégica. “Aqui nós temos algumas das maiores represas fluviais do mundo, um volume de água que comporta quatro vezes o tamanho da Baía de Guanabara, além do fato de que a Marinha do Brasil tem que estar presente em todas as águas, tanto no nosso litoral quanto nas águas interiores, por isso, o nosso preparo para atuar aqui na região”, destaca.
Nessa primeira fase do exercício, o Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais – Força de Paz (GptOpFuzNav-FPaz) já realizou diversos treinamentos militares de força de paz e reação rápida. Nesse momento, os procedimentos e técnicas utilizadas nas Missões de Paz são ajustados e otimizados, permitindo o rápido acionamento da Força quando necessário.
Dentre os exercícios realizados estão o controle de distúrbios, conferências comunitárias, patrulhas motorizadas e a pé e segurança de instalações. Um dos treinamentos que se destaca é o comboio operativo, em que se exercitam as ações largamente utilizadas em ambientes hostis, permitindo, por exemplo, o abastecimento de gêneros, transporte de tropas, entre outros recursos.
O GptOpFuzNav-FPaz é uma organização por tarefas, com alto grau de flexibilidade, permanência, mobilidade e versatilidade, capaz de ser empregado em uma miríade de ambientes, de acordo com as demandas da Organização das Nações Unidas (ONU). Sua constituição leva em conta diversidade de gênero, apresentando 10% de seu efetivo com militares do sexo feminino, alinhando-se à agenda Mulheres, Paz e Segurança da ONU.
A participação de militares mulheres em tropas da ONU se faz necessária por diversos motivos, como lembra a Capitão de Mar e Guerra (Intendente) Ana Luiza Leonel de Souza, Chefe do Estado-maior da Operação. “Durante os conflitos, as mulheres e crianças são as pessoas mais vulneráveis. Ter militares do sexo feminino atuando garante maior facilidade de acesso a esses grupos, como, por exemplo, na coleta de informações para aprimorar nossa atuação e oferecer a esses grupos e a toda população afetada maior segurança”.
O GptOpFuzNav-FPaz é constituído como Força de Reação Rápida (Quick Reaction Force – QRF), tendo sido a primeira tropa brasileira a alcançar o mais alto grau de prontidão operativa no Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção da Paz das Nações Unidas (United Nations Peacekeeping Capability Resource System – UNPCRS).
Fonte: Agência Marinha de Notícias
Interessante esta foto do “Piranha” com este equipamento instalado que parece ser um suporte para Kit tipo os que estão em teste nas Viaturas de Engenharia Guarânia.