Mais uma importante etapa de construção das Fragatas Classe “Tamandaré” está concluída. Foi apresentada, nesta sexta-feira (24), pela Marinha do Brasil (MB) e pela Sociedade de Propósito Específico (SPE) Águas Azuis, a “espinha dorsal” da primeira fragata dessa classe, ou seja, a quilha, parte estrutural de um navio, que possibilita a montagem das demais partes e módulos de sua construção. A apresentação ocorreu durante a cerimônia de “Batimento de Quilha”, na thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul (tkEBS), em Itajaí (SC). Na construção naval, o batimento de quilha é considerado uma forma de trazer boa sorte.
O evento foi presidido pelo Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen. Durante a cerimônia, o CEO da SPE Águas Azuis, Fernando Queiroz, realizou a entrega das moedas comemorativas do “Batimento de Quilha” ao Comandante da Marinha, aos membros do Almirantado e demais autoridades ali presentes. Também foram reunidas as moedas utilizadas no processo de batimento de quilha, para homenagear o trabalho dos construtores navais que estão atuando no desenvolvimento da Classe “Tamandaré”.
O Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Arthur Fernando Bettega Corrêa, destacou que as Fragatas Classe “Tamandaré” serão navios-escolta versáteis e de expressivo poder de combate, capazes de se contrapor a múltiplas ameaças aéreas, submarinas e de superfície. “Esses navios também levarão nossa bandeira e defenderão os interesses nacionais, onde a Política Externa demandar, reiterando o compromisso do Brasil com a paz, incrementando nossa Diplomacia Naval e demonstrando o elevado nível tecnológico e a capacidade empreendedora da indústria nacional”, complementa.
Para o CEO da SPE Água Azuis, esse é um dos projetos navais mais inovadores já desenvolvidos no Brasil. “Reforço a importância que a Classe ‘Tamandaré’ representa, não só para a defesa da soberania do nosso País e da Amazônia Azul, mas também para o desenvolvimento tecnológico de uma ampla cadeia de valor e de profissionais que estão impulsionando o mercado nacional de construção naval e de equipamentos de defesa”, disse.
Programa Fragatas Classe “Tamandaré”
Iniciado em 2017, o Programa Fragatas Classe “Tamandaré”, da Marinha do Brasil, tem o objetivo de promover a renovação da Esquadra com quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica, construídos no País. O Programa é um elemento fundamental e um meio indispensável, tanto para o controle de áreas marítimas de interesse, evitando o acesso de meios não desejáveis pelo mar, como também para que o País atue sob a égide de organismos internacionais e em apoio à Política Externa, de forma compatível com a inserção do Brasil no cenário internacional.
No dia 27 de março de 2019, foi anunciada a SPE Águas Azuis como a melhor oferta para o Programa. A Águas Azuis é formada pelas empresas thyssenkrupp Marine Systems, Atech e Embraer Defesa e Segurança. Em 5 de março de 2020, a Empresa Gerencial de Projetos Navais e a SPE Águas Azuis assinaram os contratos para a construção da Classe “Tamandaré”.
Naquele momento, foram assinados o contrato principal para aquisição, por construção no País, de quatro Fragatas, e o contrato coligado, que trata do Acordo de Compensação. Este último tem como objetos as transferências de conhecimento e de tecnologia referentes ao Sistema de Gerenciamento de Combate e ao Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma, bem como cursos de operação e manutenção das futuras Fragatas.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
Só eu que achei a chapa um pouco fina?
Quantos eventos iguais( ou semelhantes) esse tem até o navio ficar pronto ? Agora vamos batizar o propulsor, agora a quilha 1 , agora a quilha 2 …??? funciona é assim ? Sou leigo .
Que construam as quatro e dentro do cronograma…
Espero que a partir dessa classe se projetem navios de 6000t desejados no Prosuper e dois navios de apoio logístico. A experiência na construção, manutenção e operação da Classe Tamandaré serão importantes para esse objetivo.
Com esses 4 navios em operação as duas Rademaker restantes e mais uma Niterói já podem ser preparadas para virar alvo tanto desses mesmos navios que os substituem (e helicópteros) como dos novos submarinos e seus mísseis.
Eu lembro de outros tempos em que o Brasil chegou a se rivalizar com s grandes construtores, mas por políticas equivocadas o know how perdeu-se.
Espero que tenhamos aprendido a lição e ao invés de colecionarmos belonaves já inservíveis aos países de origem, passemos a investir em tecnologia e profissionalização da mão de obra se quisermos ter o poder dissuatório de uma potência de respeito .
Esse caminho não tem volta com os investimentos em submarinos e estaleir, bem como o programa de propulsão nuclear, agora com o programa digitalizado das fragatas, o upgrade para as Napaoc, podemos esperar que a Engepron se transforme em um atelier de desenvolvimento de projetos náutico militar, de qualquer porte e destinação de uma lancha até um porta-aviões