Por Guilherme Wiltgen
O segundo submarino do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha do Brasil, o Humaitá (S 41), está previsto realizar na sua próxima saída de mar, quando vai suspender do cais do Estaleiro de Construção (ESC) e navegará pela Baía de Sepetiba para cumprir um dos testes mais desafiadores para um submarino, a Imersão em Grande Profundidade (IGP).
A IGP consiste em atingir por três vezes a cota máxima de operação, garantindo a integridade do casco e demais peças de passagem do casco resistente, como dos lemes horizontais, vertical e eixo propulsor.
Para a execução dessa prova de mar específica, o submarino cumpre uma minuciosa preparação de verificação de todos os seus sistemas, a fim de suportarem a pressão do mar à máxima profundidade de projeto.
O êxito dos testes de equipamentos e medições, ratifica a segurança da plataforma para a continuidade das provas do programa até os testes finais, que envolvem o emprego do sistema de combate e lançamento de armas.
O teste de é mais um marco atingido pelo audacioso programa da Marinha com os seus parceiros Naval Group e Itaguaí Construções Navais (ICN).
Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Iniciado em 2008, o PROSUB consiste em um acordo de transferência de tecnologia através de uma parceria estratégica entre o Brasil e a França, visando a construção no país de quatro submarinos convencionais e do primeiro submarino com propulsão nuclear da América Latina, previsto para estar pronto em 2029. O ambicioso programa brasileiro tem um custo de US$ 8,9 bilhões.
Apesar do Brasil ser um País de tradição pacífica, o programa coloca o Brasil em uma importante, e estratégica, posição de destaque no Atlântico Sul. Ao fim do programa, a Marinha do Brasil terá a mais moderna e avançada Força de Submarinos da América Latina, que vai lhe permitir patrulhar o Atlântico Sul com muito mais efetividade.