Brasília, 01/02/2013 – As Forças Armadas brasileiras poderão contar com modernos sistemas antiaéreos fabricados pela Rússia. Uma delegação composta por militares e empresários brasileiros esteve em Moscou, no fim de janeiro, para conhecer os equipamentos.
A viagem incluiu visitas à estatal russa Rosoboronexport, que gerencia contratos de exportação de material de defesa, indústria que produz o sistema Pantsir-S1, e Kupol, fabricante do sistema Tor-M2E e Tor-M2KM. As transações deverão envolver também a instalação de fábrica e transferência tecnológica para o Brasil.
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, que liderou a comitiva brasileira no périplo em Moscou, acredita no sucesso das negociações. “Temos interesse na aquisição de três baterias de mísseis Pantsir-S1 nível médio e duas baterias de mísseis Igla. O que precisamos agora é apresentar a proposta à presidenta da República”, disse.
Segundo De Nardi, o tema deverá ser abordado durante a visita do primeiro ministro russo, Dmitri Medvedev, ao Brasil, no fim deste mês.
Em dezembro passado, a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Defesa, Celso Amorim, estiveram em Moscou, em missão oficial. Na oportunidade, Brasil e Rússia divulgaram comunicado conjunto manifestando o interesse em reforçar a parceria dos dois países na área de defesa.
A ida de militares e empresários da indústria de defesa à capital russa foi um desdobramento da agenda cumprida pela comitiva brasileira em dezembro. A viagem foi articulada pelo EMCFA, com o apoio da embaixada brasileira na Rússia.
Na ocasião, o chefe do EMCFA foi recebido pelo general coronel Valery V. Guerassimov, chefe do Estado-Maior Conjunto daquele país.
Ao término da série de visitas e reuniões, foi produzida uma ata com os principais tópicos acertados pelas partes. Segundo o general De Nardi, o documento reafirma o interesse mútuo em uma parceria de “direitos iguais” na área de defesa e expressa a disposição russa em oferecer transferência da tecnologia “sem qualquer caixa preta e restrições”.
Além dos militares, a delegação brasileira contou com a participação de representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; BNDES; Agência de Desenvolvimento da Indústria; bem como executivos das empresas Odebrecht Defesa e Segurança, Mectron, Embraer Defesa e Segurança, Avibrás e Logitec Consultoria em Logística.
FOTOS: Ministério da Defesa da Rússia
Será que o modelo aplicado no prosub não poderia ser copiado nessa negociação no que se refere a transferência de tecnologia? Até porque esse programa da marinha provavelmente é bem mais caro do que o sistema anti-aéreo. Ou seja, técnicos e engenheiros do exército e FAB são enviados á Rússia para aprender o processo de fabricação desses equipamentos e depois são produzidos no Brasil.
Também quero manifestar empolgação com esse processo de aquisição para a o segmento de defesa aérea. Agora só o tempo dirá se vai sair ou não. Lembrando que os helicópteros Sabre tiveram um pequeno atrazo.
Somente 3 baterias do Pantsir-S1 e 2 baterias de Igla? Isso não dá para cobrir praticamente nada do nosso território ou de nossos interesses nacionais. O que dá é para proteger alguns poucos pontos específicos e só. Talvez seja só um pedido inicial.
Há, senhores criadores, editores e blogueiros parabéns pelo “site” está muito bom, visual, fotos e matérias.
tomara que venha mesmo. seria muito bom fazer um belo acordo com os russos, para transferência de tecnologia. pelo menos a produção nacional dos misseis.