A Marinha do Brasil informa que a terceira etapa do projeto MANSUP — que consiste na produtação (transformação de protótipo em produto) e na qualificação do míssil (conjunto de ensaios para comprovar o cumprimento dos requisitos do projeto), em parceria com as empresas SIATT, OMNISYS, AVIBRAS e a Fundação EZUTE — alcançou 60% de produtação do Sistema de Guiamento, Navegação e Controle (SGNC) e cerca de 90% da telemetria, tecnologia que permite a medição remota e em tempo real dos parâmetros necessários para avaliar o funcionamento e o desempenho do míssil.
O cronograma desta etapa, com previsão de ser concluída em 2025, segue avançando com a necessidade de contratações adicionais. No decorrer deste ano, estão planejados dois lançamentos para teste dos subsistemas já produtados e ensaios de qualificação, nos quais serão monitorados mais de 200 parâmetros do míssil em cada voo.
O MANSUP dispõe de tecnologia totalmente nacional, empregando as soluções encontradas pela indústria de defesa brasileira para o atendimento aos requisitos impostos pelas demandas da Marinha do Brasil.
O conhecimento obtido no decorrer do projeto e o modelo de arquitetura adotado preveem que potenciais modernizações possam ser implementadas, com segurança, num período de dois anos.
Infelizmente, acredito que a MB é a força que menos gerencia seus recursos de forma eficiente. Esse MANSUP já nasce defasado, com um raio de alcance relativamente baixo e com pouco engajamento do próprio corpo técnico. Precisamos de um ITA do mar e de uma EMBRAER do mar. Adoro a MB, mas precisa ter soluções de continuidade.
Esse é o caminho para a evolução, mas precisa dar continuidade e desenvolver outras versões, como o AM e o SM…
Plataforma fixa carece de proteção antiaérea.
Quando a Embraer começou com o Bandeirante criticaram muito, pois deveria ter começado produzindo “Boeings”. Acho que não preciso continuar.
Excelente !
Só gostaria que eles aumentassem o alcance de 70 Km para 100 Km, pois assim o Mansup teria uma vantagem em relação ao Exocet frances.
O exocet já vai no exocet mm40 blq3 com 180 km e Blq 3c com 200km alcance.
Por mais que a tecnologia não seja top como estão comentando , desenvolver uma tecnologia própria não é nada trivial . Se estão fazendo já é um avanço , melhor tentar do que esperar . Um dia vai ficar bom , e sei que o Brasil tem pessoas com um conhecimento super avançado em telemetria e sistemas embarcados e aviônicos . Vai dá certo temos que ser positivos !!!
Nenhum projeto nasce pronto.
Vamos apoiar nossa Marinha!
Demanda um alto custo e sabemos que a mesma não dispõe da verba necessária!
Sinceramente, pelas últimas notícias imaginava o projeto muito além dos 60%. Fico decepcionado com projetos fracassados de mísseis nacionais, nos dá uma impressão de incompetência gerencial, política e técnica absurdas. Poxa, vamos botar alma nestes projetos…
Esse projeto já é ultrapassado Hoje ,e nem está na vanguarda da tecnologia, pelo contrário Exocet é dos anos 80 ,imagine daqui 5 ou 6 anos é Hilário .
Das 3 Forças Armadas essa é a mais Arcaica e Retrógrada , deveriam se espelhar na FAB .
E o que devemos fazer? Parar o programa MANSUP, desistindo de todo investimento e do projeto?
O produto está neste nível tecnológico porque é o que conhecemos.
A MB quer total autonomia na produção e uso deste equipamento. Um ToT de equipamento similar mais atual não nos daria nem 30% de nacionalização.
Se a MB pode, deve manter o projeto até o fim e, posteriormente, evoluir para novas versões de modo contínuo.
Se a MB decidir, pode adquirir equipamentos prontos no mercado, sem custo de ToT, até o MANSUP alcançar o potencial desejado.
E, convenhamos, conhecendo bem nossas FA, você realmente acredita que ele terá apenas 70 Km de alcance efetivo? Existem fontes apontando o alcance de 110 Km inicial.
Mais importante é a independência. O Exocet na versão atual, preocuparia qualquer Marinha inimiga. Se eu fabrico, posso ter o meu paiol cheio e lançar uma chuva de MANSUP, diferente de quando vc compra pronto de prateleira, onde o número é reduzido. Lembrando que uma vez em produção o MANSUP pode evoluir.
Concordo 100% Padilha.
Não existe preço para a independência neste tipo de equipamento, mesmo no nível que o projeto se encontra. E o mesmo vale para o programa do EB.
Quando um avião da Esquadrilha da Fumaça cai você acha idiotice, fala em prejuízo financeiro, compara com circo e tem a situação da coisa pública. Quando a Marinha avança em um projeto complexo como o desenvolvimento e produção de um míssil ele é ultrapassado. Então quando o Exército tiver algum problema com seus blindados ou sofrer algum acidente já podemos esperar essas críticas. Pô meu! Quem você pensa que é?
Quanto ao míssil, se ele tem um bom tempo no mercado é porque ele já é consolidado por ter passado por várias experiências e atualizações (ou versões).
De repente me lembrei dos projetos A-Darter e MAR-1 que consumiram vultosos recursos públicos. Recursos estes que foram parar sabe-se lá onde.
Boa tarde
Guilherme, com todo o respeito a todos os envolvidos no projeto, e ciente de todas as dificuldades, não é muito tempo tempo e muito gasto para um míssil que, além do alcance limitadíssimo, nada tem de inovador ?
Silvio,
Não é questão de ser ou não inovador e sim de ter o domínio do conhecimento, que nos possibilita independência e a capacidade de desenvolver novos e mais capazes mísseis no futuro.
Abs,
E vai que vai.
Será que é viável ou tecnicamente possível estes artefatos serem introduzidos em sistemas terrestres fixos como defesa de ponto, por exemplo portos, aeroportos ou mesmo bases navais e demais pontos de importância estratégica?
Digo, uma espécie de ASTROS Naval com veículos AVIBRAS e misseis MANSUP?
Não veio nada que impeça uma versão lançada de terra (defesa costeira), aliás acho até mais fácil, pois a plataforma seria fixa o que facilita o lançamento.