Por Caitlin Doornbos
WASHINGTON – Os primeiros obuses de 155 mm dos EUA do último pacote de ajuda militar de US$ 800 milhões para a Ucrânia chegaram à Europa quando as tropas americanas começaram a treinar as forças ucranianas na artilharia, disse uma autoridade de defesa dos EUA na quarta-feira.
Alguns – mas não todos – dos 18 obuses e 40.000 munições de artilharia que os EUA estão enviando à Ucrânia como parte da ajuda autorizada em 13 de abril pelo presidente Joe Biden chegaram à Europa quando os EUA entregaram outros quatro voos de ajuda militar durante as últimas 24 horas, disse o funcionário que falou sob condição de anonimato.
Nesse período, as tropas dos EUA começaram a treinar algumas forças ucranianas sobre como usar os obuses americanos, disse o funcionário. O treinamento deve durar “cerca de uma semana”.
O funcionário se recusou a dizer onde na Europa o treinamento está acontecendo, mas disse que não está ocorrendo dentro da Ucrânia. Depois de completar a instrução, as tropas ucranianas retornarão à luta e ensinarão outras tropas como usar os obuses americanos.
O funcionário se recusou a dizer se os EUA estão enviando seus obuses M777 ou M198 de 155 mm. Ambos os canhões americanos são de calibre diferente dos obuseiros Msta-B de 152 mm da Ucrânia, mas compartilham os mesmos “esquemas básicos”, disse um oficial de defesa na segunda-feira.
Ambos os obuses dos EUA podem disparar até cerca de 4 tiros por minuto, de acordo com o Exército.
Os EUA estão enviando os obuses depois que autoridades ucranianas pediram artilharia, que deve desempenhar um papel significativo no novo foco da Rússia nas planícies planas e onduladas da região de Donbas, no leste da Ucrânia, disse a autoridade.
“Nós sabíamos, conversando com os ucranianos, que a artilharia seria uma necessidade crítica por causa da forma como o terreno está”, disse o oficial. “E assim vimos desde o início que os russos estavam movendo artilharia para a batalha em Donbas.”
Apesar da entrega mais recente, o Pentágono pode precisar enviar mais artilharia no futuro, disse o funcionário na quarta-feira. Com 18 obuses e 40.000 tiros a caminho da Ucrânia, equivale a cerca de 2.222 tiros por canhão.
“Acho que você pode supor que, se houver necessidade adicional no futuro de mais munição de artilharia, os Estados Unidos estarão bem na frente da linha fazendo o que pudermos para ajudá-los a chegar lá”, disse o funcionário.
Biden disse na terça-feira a repórteres que planeja enviar mais artilharia à Ucrânia ao descer do Força Aérea Um depois de desembarcar em New Hampshire para um discurso público.
Mais cedo naquele dia, ele também discutiu “fornecer mais munição e assistência de segurança à Ucrânia” em uma videochamada com aliados e parceiros, incluindo os presidentes da França, Polônia e Romênia, disse na terça-feira a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
Também na chamada estavam os primeiros-ministros do Canadá, Japão, Reino Unido e Itália, o chanceler da Alemanha e líderes da Comissão Europeia, da OTAN e do Conselho Europeu.
“Certamente, continuaremos fornecendo mais munição a eles, pois forneceremos mais assistência militar”, disse Psaki. “Há uma discussão em andamento com os ucranianos sobre o que eles precisam, com o Congresso sobre o que podemos oferecer.”
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Star and Stripes
Poderíamos comprar o projeto do obuseiro argentino, poderíamos fazer uma boa oferta e ainda oferecer fabricação argentina de algumas peças para poder vingar o negócio, pois já é um projeto pronto.
E os nossos m119 em estudo que havia grupo nominado pra avaliar ate 86?
E o grupo de trabalho da modernização de mais m109 a5 pra padrao br que pé anda?
Em estudos, ou se preferir, “Em busca de verbas”
Não seria mais viável o Brasil produzir seus próprios obuseiros?
Se fosse fácil ou simples, fariamos, mas infelizmente não é. Lembre-se que as FFAAs não fabricam determinados equipamentos, pois não tem essa função e nem tem como entrar no mercado para ter lucro. É uma questão doutrinária. Alguma fábrica terá que fabricar e a mesma para fazê-lo tem que ver se o mercado pode sustentá-la, caso contrário é o que vemos hoje.
O IPqM da Marinha pesquisa, desenvolve até chegar a parte de “produtação”, que é onde vários projetos importantes da Marinha acabam travados. Quando há verba para tocar e empresa para produzir, a coisa anda. Exemplo: MAGE MK3. Desenvolvido pelo IPqM e produzido (4 unidades) pela Ommisys. Veja, havia verba para isso no programa Tamandaré. sem essa verba, nada seria produzido.
Espero ter sido claro o suficiente. Sonhar não custa nada e muitos que aqui comentam, sonham bastante. Mas a realidade é dura e não perdoa.
Que pena.. Por isso que a nossa indústria bélica nacional de defesa nunca prospera tanto… Mas pelo menos a gente pode tentar adquirir obuses de 155 mm de Israel por exemplo, com transferência de tecnologia ou uma licença de fabricação local aqui no Brasil, exclusivamente para atender os interesses das nossas FAAs.
Não compensa. A demanda é muito baixa e não se mantém a cadeia produtiva posteriormente a alguma aquisição. Melhor comprar de fora e tentar ao menos nacionalizar a munição 155mm