Em dezembro de 2013, a Saab foi selecionada para participar da última fase do programa F-X2, que tinha por objetivo substituir a frota de aeronaves de caça da Força Aérea Brasileira (FAB).
Em outubro de 2014, após todos os processos de concorrência, Saab e Governo Brasileiro assinaram o contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F, incluindo sistemas, suporte e equipamentos.
Em 2015, a Saab deu início ao programa de transferência de tecnologia do Gripen, um dos maiores já realizados para a Aeronáutica e o maior já feito pela Saab para outro país. O programa visa proporcionar o conhecimento prático necessário para a execução de diversas atividades de desenvolvimento, produção e manutenção dos caças no Brasil.
Até 2025, mais de 350 engenheiros e técnicos brasileiros de empresas parceiras terão participado de treinamentos teóricos e práticos na Saab, em Linköping, na Suécia.
Até o momento, aproximadamente 300 profissionais brasileiros de empresas parceiras da Saab já foram treinados e estão de volta ao país. A maioria trabalha no Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design and Development Network – GDDN), localizado na planta da Embraer em Gavião Peixoto, e na fábrica de aeroestruturas da Saab em São Bernardo do Campo, ambos em São Paulo.
Como parte do programa de transferência de tecnologia, em 2018, a Saab apresentou sua planta em São Bernardo do Campo, concebida para realizar a montagem de aeroestruturas do Gripen. Dois anos depois, a unidade agregou outros serviços de suporte ao mercado de defesa e civil. Além disso, é no local que será realizada a manutenção dos radares e sistemas de guerra eletrônica do F-39 Gripen.
O primeiro Gripen E chegou ao Brasil em 20 de setembro de 2020 para realizar a campanha de ensaios em voo no país no GFTC. A atividade é totalmente integrada ao programa de testes que já está em andamento na Saab, em Linköping, Suécia, desde 2017. As atividades no Brasil incluem testes nos sistemas de controle de voo e de climatização, assim como testes na aeronave em condições climáticas tropicais.
Em dezembro de 2021, autoridades brasileiras e suecas participaram de um evento de alto nível na Suécia para apresentação das seis primeiras aeronaves de produção em série que saíram da fábrica e entraram em fase de entrega. Na oportunidade, as delegações de ambos os países também tiveram a oportunidade de discutir as atividades conjuntas que serão benéficas para o Programa Gripen E.
FONTE: Saab
FOTOS: Ilustrativas
O futuro dos Gripen E e F está no mar. Suponhamos que na década de 2030, voltemos ao top 10 da economia mundial, o governo de então poderia muito bem negociar com os franceses a compra dos planos de construção do De Gaulle e sua licença, para aqui construir 2 com propulsão convencional. Depois contratar assessoria britânica para desenvolver variantes naval dos Gripens E e F e os colocar para operar. Daqui pra lá a Embraer já conseguiu desenvolver um caça de quinta geração, um vant furtivo e estudos de concepção e produção de um bombardeiro estratégico médio, capaz de transportar até 30 toneladas de armamento. Mas para chegarmos a isso e muito mais, os militares precisam fazer a lição de casa: Reduzir a atual percentagem de 75% de gastos com salários e pensões do orçamento para no máximo 50%. Com isso feito, o VLM conseguindo colocar microssatélites em órbita e o Alvinho concluído, aí sim valerá começar a investir 2% do PIB em Defesa. Sem esses marcas, nada feito.
Bom dia, impressão minha ou os gripens do Brasil estão sem IRST?
Ainda estão sem, mas vão recebê-lo!
Daqui em diante o Programa Gripen E/F terá de enfrentar a situação que até o momento somente a Suécia e o Brasil são parceiros no programa.
Caberá a ELES DOIS manter a linha de produção ABERTA e para sinalizar ao MERCADO INTERNACIONAL que o programa prossegue VIVO como a França fez com o longo inverno sem vendas do Rafale…
Os sócios tem de se comprometer COM AÇÕES…
A Suécia teria que dobrar sua encomenda para 120 aeronaves e INCORPORAR o Gripen F no seu inventário.
O Brasil tem de FORMALIZAR logo (no mínimo) um segundo lote de 36 aeronaves e exigir que a Suécia pare de MIMIMI e dê reciprocidade de sociedade e incorpore o KC-390 ao seu inventário. EMBORA na REALIDADE a FAB precise da mais 100 Gripens além do primeiro lote para substituir os F-5 e AMX na próxima década…
Não é ético a Suécia querer que o Brasil se empenhe no Programa Gripen e se fazer de distraído em relação ao Programa Brasileiro KC-390!!!
Uma mão lava a outra. Mas em relação a essa quantidade de aviões apenas para substituir a frota anterior não se justifica já que o Gripen é superlativo: motores mais potentes, maior alcance do radar, armas mais poderosas, doutrina operacional atual (“centrada em rede” e “consciência situacional” por exemplo), capacidade de operar em pistas curtas, etc. Em outras palavras a quantidade não é viável em relação á qualidade. Lembrando que o Gripen faz interceptação e ataque ao solo, ou seja, um Gripen faz sozinho o trabalho de dois vetores diferentes (e mis rápido!).
Talvez a quantidade desses aviões se dava pela conjuntura da época em que foram adquiridos e da importância estratégica do Brasil na América Latina, mas que no caso do Gripen a quantidade não é mais necessária tendo a posse de armas como o Meteor em um caça de última geração. Quero dizer: não é uma boa ideia encarar um arsenal desse ainda mais em um país desse tamanho e com pilotos bem treinados (elite da FAB). Esses três itens são por si só uma dissuasão.
Teoricamente então, a Suécia não precisaria da quantidade q eles anunciaram para sí desse caça, tendo o tamanho da região sudeste do Brasil…
creio q são outros fatores que contribuem para a quantidade de caças de uma força aérea…
capilaridade, ação de presença, resiliência em combate… só acho.
Prezado Wiltgen: apenas por curiosidade, qual teria sido o preço para o transporte marítimo dos 4001/4002?
O transporte de um container de 63m3 neste trajeto custa aproximadamente 16,000 Libras; como o navio foi utilizado, aparentemente, unicamente para o transporte dos dois exemplares, acredito que o preço de vinda ao Brasil seja da ordem de 2 x 16000 x 100 = 320,000 libras ou algo em torno R$20.000.000, 00. Neste raciocínio há que se considerar que no trajeto de retorno para a Europa a empresa faturaria um valor de transporte de carga “normal” muito superior; ou seja, o transporte dos Gripens apenas contribuiu para redução de custos no trajeto para o Brasil, uma vez que muitas vezes os navios vem vazios e levam determinada carga. Confere a ordem de grandeza? Abs
Rommel,
Não temos informações a respeito do valor do transporte das duas aeronaves.
Prezado Wiltinger: obrigado !
De qualquer forma, os custos referentes a um translado em voo me parecem certamente maiores, uma vez que tem de ser remunerados desde os proprios pilotos até combustivel, das licenças para uso dos aeroportos até o apoio em terra, etc. Isso sem computar os custos dos riscos assumidos. Uma avez transportamos tres transformadores do Brasil até o Peru. No trajeto quando estavamos exatamente na região atlantica do Caribe ocorreu o tufão Katrina…felizmente o navio não foi atingido. Mas logo depois de atravessar o canal do Panamá, já quase na costa peruana, o navio foi atingido por outro tufão. Desta feita os transformadores tomaram um belo banho de água do mar e tivemos que substituir uma porrada de componentes. Quero assim dizer que os riscos no transporte marítimo também não são menosprezáveis. Logicamente ao cuidado de remoção dos IRSTs (certamente entre outros itens) para posterior remontagem é totalmente justificável. Forte abraço. Parabéns pela matéria!
Acredito que o transporte é responsabilidade da SAAB, incluindo os cuidados durante o trajeto desde a fábrica ate a entrega em GPX, e os custos envolvidos.