Por Roberto Maltchik
RIO – Há pouco mais de duas semanas, o poder bélico das nações era assunto restrito aos círculos militares, à indústria de defesa e aos especialistas do setor. Após o dia 24 de fevereiro, isso mudou. Vladimir Putin invadiu a Ucrânia, deu início à mais grave e perigosa guerra na Europa desde a derrota de Hitler e jogou luz sobre a capacidade de cada país se defender de ameaças externas. No caso do Brasil, o instrumento de dissuasão mais almejado é o submarino com propulsão nuclear. O problema é que esse projeto enfrenta riscos e pode naufragar. Os obstáculos já existiam antes. Com guerra, ficaram maiores.
O Submarino Convencional de Propulsão Nuclear (SCPN) Álvaro Alberto é a joia da coroa do Prosub, um programa de grande impacto e orçamento multibilionário lançado em 2008. Ele também prevê a construção de quatro submarinos convencionais. Todos são fruto de uma parceria estratégica entre Brasil e França.
Para a Marinha, o SCPN é o mais importante projeto tecnológico do Brasil na atualidade e, quando pronto, significará um formidável ganho operacional no Oceano Atlântico. Na comparação com um convencional, será mais rápido, terá mais autonomia e capacidade de manter-se oculto por longos períodos em águas profundas.
O SCPN também é sinônimo de prestígio internacional. Submarino nuclear é coisa para poucos. Hoje, apenas os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido), além da Índia, detêm essa tecnologia. Essas seis nações também já fizeram suas bombas atômicas.
O Brasil pode ser o primeiro país a submeter à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) um modelo de salvaguardas tecnológicas (o mecanismo de proteção e de vistoria componentes sensíveis) voltado a um submarino movido com combustível nuclear e armas convencionais, como torpedos de alta precisão, minas e mísseis SM 39 Exocet. Se demorar demais, no entanto, será superado pela Austrália, que recentemente fechou uma parceria com os Estados Unidos e o Reino Unido para ter o seu próprio submarino de propulsão nuclear.
Questões no caminho
Para entender a raiz dos problemas do SCPN, antes é preciso compreender como esses seis países veem os planos da Marinha brasileira. Na avaliação de almirantes da ativa, oficiais da reserva que participaram do programa e especialistas do setor, o Brasil terá enormes dificuldades para seguir em frente no que depender dos interesses estratégicos dessas nações. E o SCPN depende dessa cooperação, em especial com os Estados Unidos e seus aliados militares.
Em 24 de maio de 2021, quase um ano antes da primeira bomba explodir na Ucrânia, a Marinha promoveu um evento no Complexo Naval de Itaguaí (RJ), onde são construídos os quatro submarinos de propulsão convencional. O lugar também foi projetado para receber o submarino de propulsão nuclear. No evento, o então diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico, o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, fez um balanço detalhado das atividades. Ali já se tornariam evidentes os nós enfrentados pelo programa.
O financiamento de todo o Prosub, embora volumoso (já recebeu mais de R$ 27 bilhões), sofre com a imprevisibilidade. Entre 2015 e 2021, os recursos para o programa ficaram aquém do planejado. Até meados do ano passado, o submarino nuclear havia recebido investimentos da ordem de R$ 810 milhões. Neste ano, as chapas de aço prensado do casco foram contratadas e devem ser entregues até dezembro.
Esse fluxo financeiro não compromete o sucesso dos submarinos convencionais. Há atrasos, especialmente por adaptações para o alongamento do casco original, que foram executadas a pedido da Marinha. Mas a meta da Força é entregar a quarta e última unidade, o submarino Angostura, em fevereiro de 2025.
Porém no caso do submarino nuclear, a instabilidade de recursos se alia ao desafio tecnológico de desenvolver um reator que se encaixe perfeitamente — e com segurança — dentro da embarcação, submetida à alta pressão e a turbulências de toda ordem. E a indústria brasileira, como revelou na ocasião o almirante Olsen, não dá conta de fornecer essas tecnologias críticas.
O acesso às tecnologias sensíveis é determinante, à medida que a nossa base industrial de defesa se mostra ainda incipiente. Acaba que não tenho fornecedores no Brasil que atendam aos requisitos nucleares, explicou o almirante durante sua apresentação no Complexo de Itaguaí, na qual lamentou a falta de empenho da academia em pesquisa aplicada no setor.
A Marinha já desenvolveu o ciclo de produção de energia nuclear que, desde 1985, permite o funcionamento da Usina de Angra 1. Falta, porém, a capacidade de desenvolver componentes que permitam a esse mesmo reator (chamado de PWR) operar com total segurança nas dimensões e características necessárias e, depois, integrá-lo às outras estruturas do submarino.
Essas lacunas ameaçam todo o projeto, inclusive a etapa imprescindível de reprodução em terra das condições que serão encontradas no mar pelo reator atômico e por seus componentes. Essa reprodução ocorrerá no Laboratório de Geração Nucleoelétrica (Labgene), em Iperó (SP), que é uma maquete de tamanho real do SCPN.
O laboratório avança, porém em ritmo aquém do desejado. Sua preparação, de alta complexidade, estaria cerca de sete anos atrasada em relação ao cronograma inicial, segundo um oficial ligado ao programa. Espera-se que Labgene trabalhe tal como um reator que opera dentro do submarino no final de 2024, o SCPN está previsto para 2034. Para que isso aconteça, é preciso ir ao mercado, que já estava de portas fechadas.
“A minha maior preocupação diz respeito ao acesso a tecnologias sensíveis. E os Estados Unidos interferem não só com relação àquelas encomendas a empresas americanas, mas a de outros países” , afirmou Olsen, em maio do ano passado.
Efeito Putin
Desde fevereiro, somam-se os potenciais prejuízos causados pela guerra. A conta não é simples e os obstáculos adicionais ultrapassam o aparente desgaste causado pela “solidariedade” do presidente Jair Bolsonaro à Rússia, emprestada dias antes da invasão da Ucrânia, em visita a Moscou. Militares e civis concordam que o mundo passou a ter aversão a todas as questões relacionadas à capacidade de produção nuclear.
O professor da PUC-MG Eugênio Diniz, do International Institute for Strategic Studies, de Londres, ex-presidente da Associação Brasileira de Relações Internacionais (Abri) e parecerista da Nonproliferation Review, aponta obstáculos importantes. “É possível que o ambiente tenha se tornado particularmente difícil para todas as questões envolvendo a capacidade de produção e a utilização de material nuclear, o que pode implicar maior dificuldade ou mesmo a impossibilidade de obtenção de peças e componentes críticos para o submarino, e, naturalmente, também de licenças para sua produção no Brasil. Por si só, isso já pode ter sido um duro golpe na continuidade do programa do submarino nuclear “, avalia Diniz.
Desatenção do governo
Mas isso significa que o programa do submarino de propulsão nuclear brasileiro está ferido de morte? Em sua apresentação no ano passado, o almirante Olsen disse que é preciso “fazer o dever de casa”. Nas últimas três semanas, a Marinha foi procurada para se pronunciar sobre o tema. A reportagem encaminhou um questionário sobre aspectos técnicos e políticos referentes ao programa, mas a Força preferiu não comentar o assunto. A embaixada americana em Brasília também foi procurada e não se pronunciou.
FONTE: ÉPOCA
Então a questão é não só financeira. eu pensava que a Marinha desse conta dos aspectos técnicos do reator, e que seria tudo uma questão de dinheiro, mas se colocar 100 bi mesmo assim acho que não teriamos o reator. se depender de qualquer país, esse reator não sai do papel por questões óbvias. Tem que ser na tentativa e erro. construir um reator, leva-lo a um lugar isolado e testar, quantos reatores os EUA deram problema em segredo antes que o primeiro desse certo. dezenas.
Quais são mais precisamente as dificuldades técnicas do PROSUB que os EUA barram ou dificultam? A matéria não foi muito clara quanto a estas dificuldades. Alguém sabe?
Shiryu, é fácil responder toda sua resposta:
Você pode ter percebido que sempre bato na mesma tecla quando o tema é financeiro: estádios! Foi uma empreitada longe do ideal mas possível. Doze estruturas caras (portanto dinheiro não foi o problema) para construir e manter, e que não trazem nenhum retorno para o país. Além disso é necessário ver a verba para o Prosub como investimento de longo prazo, ou seja, quando o projeto com os franceses acabar terá que ser encomendado outro lote de submarino dos dois tipos só que inteiramente nacionais. E dinheiro tem para isso os estádios estão aí para provar.
Quando você diz “se limitará”, além de contrariar o que acabo de escrever sobre outro lote de submarinos – já que se trata de uma consequência do Prosub, é nítido que você não entendeu ainda o que é esse projeto: ele não se “limita” a 5 submarinos. Ele envolve sete contratos, aí você acrescenta:
4 submarinos Scorpene configurados para maior autonomia;
1 submarino nuclear com apoio francês de como se instala um reator (tot);
1 base de submarinos equipada com simulador, alojamento, estaleiro de manutenção e construção;
1 estrutura para abastecer o submarino nuclear;
4 torpedos (F21) para cada submarino;
X mísseis para cada submarino;
X despistadores para cada submarino;
Treinamento da tripulação – além do simulador;
Envio de técnicos e engenheiros da Marinha para a França (lembro que o comandante da Marinha se lembrou até de uma mulher);
Ufem;
túnel;
Projeto, desenvolvimento, teste e construção;
Programa Nuclear da Marinha etc.
Você não está achando que tudo isso iria sair de graça não é? Você acha mesmo que a Marinha do Brasil iria usar toda essa quantia apenas para comprar 5 submarinos? Qual é sua parcela de responsabilidade nesses casos que você citou dos outros projetos que não vingaram? Será que o senador e deputado que você elegeu para o poder legislativo e o presidente para o executivo não tem culpa nesses problemas? Se hoje existe Tamandaré, por exemplo, é porque alguém cancelou o Prosuper, que não por acaso foram os mesmo que construíram estádios!!!! Ainda que pese que os mesmos iniciaram o Prosub.
No passado elegemos esses que citei, no presente temos que ir de Tamandaré sem navio de apoio e navios patrulha e o futuro já chegou, estamos colhendo os frutos da extinção do Prosuper. Considere isso também. Quando você diz “comprar vários meios navais” esses mesmos também tem que ser mantidos. Você acha fácil chegar aqui e dizer comprar, mas não é só comprar é manter. As vezes manifesto de forma expressiva como se fosse um desabafo mas não é nada pessoal.
Valeu pelo debate.
Revista EPOCA
Tá de gozação
Os valores gastos nós convencionais e nuclear , investidos.em um número maior de subs com tecnologia AIP não teria sido um escolha mais sensata ??
Vamos lá de novo! Planejamento político: o que as Forças Armadas tem á sua disposição para defender o posicionamento político do pais frente a crises internacionais que colocam em risco nossa soberania. Entre as opções que elas apresentam está o submarino nuclear. Só a posse desse meio coloca em dúvida ao adversário do país se vale a pena se envolver militarmente com o Brasil. A exceção dos argentinos, nesse caso, que tiveram essa ousadia. Resultado: foi a primeira vítima de submarino nuclear em ataque real. É, não valeu a pena mesmo.
Planejamento militar: Dissuasão! A posse e construção do submarino nuclear não encerra nele mesmo, não é uma escolha aleatória. Envolve desenvolvimento, indústria, tecnologia, capacitação técnica, engenharia etc. Isso torna o país soberano. Ter autonomia suficiente para cobrir o máximo possível a Plataforma Continental estabelece uma maior abrangência para a cadeia de comando naval focar sua estratégica em um raio de ação que supera os limites da citada Plataforma não se limitando á costa (diesel). Veja o caso da dificuldade dos KC390 em buscar brasileiros na Polônia: é um esforço logístico e operacional que não existiria se já tivéssemos os A330 (o equivalente ao submarino nuclear). Vê como a autonomia faz a diferença em uma operação militar? O uso do submarino diesel é de curto ou médio alcance na costa brasileira (tática de posição, o equivalente ao KC390), e a operação do submarino nuclear é de médio e longo alcance (tática de movimento, o equivalente ao A330). Estou exemplificando esses meios da FAB para ver se você consegue ter uma ideia prática das diferenças entre esses dois tipos de submarino.
Entre o emprego de submarino de curto e médio alcance e de um submarino de médio e longo alcance a opção AIP não faz sentido. O projeto da versão Scorpéne brasileiro foi optado dos demais clientes já pensando nesse prolongamento do raio de ação do submarino. Agora respondendo sua pergunta diretamente: não! Já que a sensatez deve passar por essas considerações e outras que eu expliquei.
Obrigado André pela explicação
Desculpe a demora em responder
Abs
Na boa, se esse submarino vier a ser armado apenas com torpedos, melhor nem levar isso adiante.
Pra gastar uma fortuna em um submarino dos anos 80, melhor gastar em outra coisa.
E quais armas sugere que sejam usadas? Submarinos nucleares russos, americanos, franceses, ingleses, chineses usam torpedos.
Misseis mar-mar lançados de submarinos nunca foram usados em guerras reais, contra alvos reais, os torpedos ainda são e ainda serão por muitos anos as armas submarinas mais confiáveis e efetivas. Vários países ainda estão desenvolvendo torpedos de todos os tamanhos e finalidades. O que tem de tecnologia da década de 80 aí?
E por falar na década de 80, na Guerra das Falklands usaram torpedos da Segunda Guerra Mundial, lançados por um submarino nuclear, para afundar o Belgrano.
Concordo. Torpedos sao as armas principais de qualquer submarino. Mas ele poderia também ter possibilidade de lançar mísseis. Isso não e nada que possa prejudicar. Contrario na minha opinião poderia fazer submarino mais versatil. Voce não acha isso?
Sugiro que vc se informe melhor sobre o PROSUB, assim vc evita de fazer esse tipo de comentário.
Época. Ja diz tudo. O globo tambem se meteu falar. Civis falabdo do que não sabem
Se souber usar a situação, dá para conseguir até mais verbas para defesa, é só saber falar.
Me parece mais que o jornalista se aproveitou de alguns fatos como a dificuldade orçamentária, atrasos no programa, dificuldades técnicas para criar narrativas. Porém, é fato também, que tivemos exemplos de alguns componentes que foram nos negado como, por exemplo no caso do MAR e isso foi dito por gente que trabalhou no porjeto do míssel, ou seja, não se pode negar que há sim uma interferência.
Em vez de ficar cozinhando esse galo por mais tempo, já estava na hora (ou até já passou) de admitir que esse submarino nuclear não vai sair nunca e jogar uma pá de cal nisso. Pega o dinheiro e faz mais uns dois ou três diesel-elétrico segue o jogo. Se olhar o resto da frota fica escancarado que um submarino nuclear não cabe aqui.
Desde o vls eles nos boicotam
As forças armadas ja sabem disso
Se permitem e nao forçam o entendimento de outros poderes
Entao esta delegando o seu proprio
Quanto mais sobersno o Brasil pode ficar neutro e lucrar em cima de todos
Mas tem uns ai que so sabem serem vassalos e quando se ajoelha demais mostra os fundilhos
Movimento de pinça do tio san e guiana francesa e colombia na parte norte do territorio
Usa a Rússia
A Rússia se tornou isolada do planeta
Oferta 5 bilhões de dólares em troca de nós ensinar a fazer os reatores nuclear pequeno
E nós fornecer tecnologia de ponta, pois isso os Russo sabem fazer
Brasil:
Bolsonaro: quando acabar a saliva temos que ter pólvora (observação: ainda não visitou o pres. dos EUA)
Villas boas delirando essa semana: ameaçando o presidente da França (uma potência nuclear que é fornecedor dos submarinos brasileiros, satélite, helicópteros etc…)
Bolsonaro na invasão russa na Ucrânia: Foi visitar o presidente russo, algo que poderia ter evitado, pois a invasão era iminente e pegaria MUITO mal ao Brasil, foi mesmo assim, após fazer 5 testes de COVID, sendo que aqui no Brasil sequer usa máscara (Putin foi dito pelo bolsonaro em 2017/18 como comunista) na véspera da invasão, disse que gostava do jeito de Putin governar (assassino que governa desde 1999), foi visitar o túmulo do “soldado comunista”. Depois, NÃO passou na Ucrânia para expressar o apoio brasileiro aquele país e garantir o nosso apoio político e diplomático.
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Depois desses 3 relatos, você realmente acham que o Brasil é bem visto no exterior? Somos um país com armamentos 100% OTAN, nesse momento a OTAN passa por uma situação QUENTE e nós estamos totalmente de costas para eles (na área política, apesar de diplomaticamente votar favorável na ONU). Eu digo com toda a tranquilidade, éramos mais respeitados em 2010 do que agora. Éramos próximos de americanos e franceses, ingleses e alemães vendiam para o Brasil. Hoje somos o país “neutro” diante de uma invasão estrangeira ao vivo, passando no YOUTUBE 24 horas por dia, somos NEUTROS, isso mesmo, NEUTROS diante de um ataque contra um país que não atacou outro (militarmente).
Vocês realmente acham que somos um país confiável para transferência de tecnologia? Não quero desculpas, quero apenas a reflexão dessas indagações.
O Brasil foi elogiado, então sim, ele é bem visto.
Brasil elogiado? O Brasil nessa guerra da Ucrânia está saindo destruído politicamente, passamos a ser vistos como um país pouco confiável. Tem que ser muito cego para não perceber isso. O Brasil não é neutro, o Brasil é OMISSO, temos as nossas responsabilidade internacionais e NÃO desempenhamos, ser NEURO diante de uma invasão nas portas da Europa, especialmente diante de um país que não o atacou militarmente, é um absurdo gigantesco, isso vai contra todos os valores defendidos pelo Itamaraty e pelos tratados internacionais que o Brasil sempre pregou. Nossa omissão favorece o INVASOR. Há um país sendo invadido e destruído, enquanto isso não agimos, estamos apenas olhando. Isso é uma vergonha absurda, eu como brasileiro tenho uma vergonha imensa.
Por quem?
Quem comprometeu a FAB com os helicópteros de ataque Sabre foram os mesmo que você está se referindo sobre 2010. Temos 12 elefantes brancos herdados da copa que é da mesma turma de 2010. Igla e Sabre não são padrão OTAN portanto 99%.
DAN abrindo as portas para o esgoto do jornalismo brasileiro? É isso mesmo? Será que os editores do DAN não tem acesso a LOA? Quase 1 bilhão para o submarino nuclear, verba histórica para o programa.
Que triste, bastante lamentável que esse tipo de sensacionalismo barato ganhe força em sites especializados.
Marcos,
Se você acompanha o DAN, sabe bem a forma de trabalho dos seus editores.
A questão não é “abrir” porta alguma, é mostrar aos nossos leitores e trazer para discussão.
Pena que ao invés de debater o assunto preferiu criticar o DAN.
Segue o jogo…
Guilherme, não adianta tentar explicar. Essas pessoas atacam a mídia especializada o tempo todo, isso virou mania desde 2013, os jornalistas NÃO presta, diz essa turma. Boa mesmo são as fake news diárias lançadas por redes pagas por políticos.
Vladirmir Putin faz o mesmo que essas pessoas sonham, atacam a mídia internacional e independente, favorece apenas a retórica mentirosa do governo e da politicagem. Essa tal direita brasileira é mais extrema-esquerda do que imaginam, de liberal não tem nada.
Desculpa o desabafo, estamos sendo o resultado desse discurso na prática, lá na Rússia. Precisamos para com esse discurso anti-jornalismo.
Existe uma grande diferença entre se apoiar a mídia militante e apresentar em seu espaço o que aquela mídia publica. Debater o tema proposto não quer dizer que eu apoio a origem. Respeito sua opinião que também é a minha sobre a mídia geral mas acho que você não entendeu a ideia de debate, independente da fonte.
Ou seja, em relação ao subnuc, foi um pulo maior que os pés e, se a reportagem apresentou fatos verdadeiros, os EUA está de certa forma boicotando a conclusão da planta nuclear. Não é novidade, vários programas brasileiros passaram por isso.
A fonte não tem credibilidade para informar esse tema. Para um país que pode construir mais de 10 estádios gigantescos (e caros) pode muito bem construir uma frota de SSNs.
Cidadão esquece essa bobagem na matéria ‘dusamericanu malvadu”. Eles estão literalmente cagando e andando para o nosso Subnuc por uma simples razão:
Eles, US Navy sabem exatamente quanto custa manter e operar um Subnuc de ataque e ainda sabem que a MB não conseguiu manter e operar seus quatro fusquinhas alemães adequadamente. Logo sabem que 2+2=4 e que a nossa conta não fecha.
Para tu te ficar:
Os Australianos vão gastar 10 bilhões de dólares só na base de onde devem operar os seus …..
Sempre achei o programa do sub nuc um delírio, na verdade, o prosub inteiro. Só que já empregamos tanto dinheiro, que não podemos mais voltar atrás.
Se o país tivesse qualquer visão, já estaríamos com vários projetos de usinas nucleares usando reatores do projeto.
Pega um submarino a diesel para patrulhar todo nosso território que aí quem vai ao delírio seria a tripulação do submarino. Procure entender de planejamento naval Shiryu antes de opinar o tema: ou seja, tenha em mente que o submarino nuclear é uma consequência estratégica onde ele é um meio escolhido como adequado para a empreitada que os submarinos diesel não tem condições de cumprir. Antes de se pensar no submarino pensou-se no conceito de território oceânico.
Quanto ao reator duas considerações: esse projeto é para ser empregado por submarino onde as regras são adequadas para emprego embarcado, regra essa que é diferente do usado em terra. Outra consideração: usina nuclear é caro e você esqueceu de combinar a construção dessas usinas com grupos que se apresentam como ambientalistas.
O projeto é um “delírio”, só não temos vários projetos por “falta de visão” onde é usado reator naval para emprego terrestre e por aí vai. Mas e na prática?
André, existe uma diferença absurda na hora de fazer um planejamento entre o que é o ideal e o que é possível ser feito. O sub nuc é o ideal, mas não temos dinheiro para fazê-lo e não teremos para mantê-lo.
Torramos dezenas de bilhões de reais num projeto que se limitará a 4 submarinos diesel elétrico e daqui a 20 anos, talvez, tenhamos um nuclear. Realmente, de planejamento naval que não leva em conta o orçamento da União, eu não entendo e fico atônito com custo e o resultado dele.
André,
Todo planejamento tem que levar em consideração o passado, o presente e o futuro. Se olharmos nosso passado, quantas unidades dos sub classe Tupi fizemos, valeu o dinheiro investido em ToT? Para fazer 5 subs, não vai caber nunca! Quantos desses 5 conseguimos operar bem durante todo o ciclo deles?
Aí, depois de navios patrulhas interrompidos no meio, modfrag durando anos e anos, barroso demorando mais séculos para terminar, um bando de navio parado e do nada, as gente vira o país que compra mais 4 subs com ToT, construímos uma base nova e entramos num subnuc. Isso sem falar nas Tamandaré!
Vamos gastar um dinheiro que daria para comprar vários meios navais e teremos metade do que poderíamos ter num prazo muito mais curto. Isso é planejamento naval! Colocar o ufanismo patriótico para dizer onde temos que ir, sem nem saber se teremos como manter.
Acho que os reatores nucleares do submarino, poderiam ser feitos em uma escala maior de tamanho e potencia e usados para suprir as necessidades de energia. Quanto ao Sub, deve ser concluído.
“Só que já empregamos tanto dinheiro, que não podemos mais voltar atrás.”
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Percepção errada da situação.
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A parte nuclear da base, não foi construída. O protótipo do Submarino Nuclear de Ataque, não foi construído. A maior parte da dívida existente no PROSUB, se refere a estes dois pontos.
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O que vão gastar construindo a parte nuclear da base e um único e arriscado protótipo, bancava com facilidade, mais 04 unidades Convencionais, deixando a linha de produção aberta por mais uma década e elevando a frota a 08 cascos semelhantes, que poderiam receber maior índice de nacionalização. Inclusive, durante as posteriores modernizações desta frota.
“FONTE: ÉPOCA”
Assunto interessante, mas com essa fonte… transforma as análises, no mínimo equivocadas, feitas a partir da explanação do AE OLSEN como se existisse um caos total. Há quantos anos a nossa Marinha caminha sozinha neste programa? Deixe que pensem e criem narrativas, a melhor estratégia é manter algo reservado com informações desencontradas…
Pois e, meu caro “marinheiro”, mas para um bom entendedor as palavras do Alm. Olsen foram muito “profundas” e nas entrelinhas para quem não é amador ficou um coceira atrás da orelha na relação MB x DCNS.
Vamos aguardar e acompanhar.
Eis que nossos “aliados/amigos” do ocidente em mais uma tentativa de nos manter no nosso quadrado usam de todos os meios possíveis, mas chegando a esse ponto, o boicote, teoricamente não teríamos muito o que perder em termos de cooperação com os pseudos aliados do lado de cá do planeta, talvez a probabilidade de uma aliança mais profunda com certos países deixassem algumas nações ditas aliadas/amigas com a pulga atrás da orelha, afinal chegando a esse nível de sabotagem por parte dos parceiros/amigos ocidentais não teríamos muito mais o que perder, se for para ficar eternamente sendo aliado de quem na primeira oportunidade nos ameaça e nos boicota talvez seja melhor se aliar a outros, já que esses outros saberíamos bem com quem estaríamos lidando.
O texto jornalisticamente muito bom peca por um erro de fundamento, acreditar que o Brasil em algum momento possa almejar (ou em algum tempo tenha podido) a construção de um submarino de propulsão nuclear COM apoio de qualquer outra nação…
As dificuldades alertadas pela MB são normais e esperadas numa empreitada desta natureza e fazem parte do jogo.
Aliás o Brasil só chegou tão longe neste projeto basicamente porque as nações aliadas dos EUA JAMAIS acreditaram que com a falta de apoio político e financeiro aos projetos nucleares da MB o Brasil alcançará este objetivo.
O Brasil tem tido dificuldades em tecnologias críticas na propulsão nuclear tanto pelos atrasos, falta de financiamento e inconstância por parte do governo federal, como porque muitas empresas não querem se arriscar por um esforço monumental que não vai lhe trazer lucros significativos pelas parcas encomendas do governo brasileiro como possíveis prejuízos futuros por desistência do governo ou pressões externas de outros países.
Ou se criam condições para o desenvolvimento interno ou se identifica fontes externas e discretamente se obtém o que precisa EM SEGREDO.
Dois fatos que deixam o articulista num perfil que gira entre inocente útil ou de inimigo do programa SCPN é primeiramente sugerir que o Brasil seja O PRIMEIRO a PROPOR a submeter à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) um modelo de salvaguardas tecnológicas (o mecanismo de proteção e de vistoria componentes sensíveis) para o SCPN quando se se está falando de uma UNIDADE MILITAR ESTRATÉGICA isto não é item negociável.
Fazer tal esforço tecnológico e após submeter-se a controle externo das mesmas nações que fizeram de tudo para impedir a construção do SCPN é simplesmente algo que só pode caber na cabeça de um jornalista ideologicamente identificado com os EUA.
Segundo foi ao final ele ADMITIR dentro de sua identificação clara ideológica que ele apresentou:
A reportagem encaminhou um questionário sobre aspectos técnicos e políticos referentes ao programa, mas a Força (MB) preferiu não comentar o assunto. A embaixada americana em Brasília também foi procurada e não se pronunciou.
Ao procurar a Embaixada dos EUA para perguntar sobre um programa militar estratégico BRASILEIRO o articulista GRITA o que pensa…
Por fim vale LEMBRAR dos dois fatores que foram realmente DECISIVOS para o SCPN chegar até este ponto atual, a COMPETÊNCIA, perseverança e determinação com que a MB perseguiu este seu objetivo tecnológico desde os anos 80 e o apoio político e financeiro DECISIVO dado pelo então Presidente Lula de reconhecer o imenso caudal tecnológico então obtido pela Marinha do Brasil e a relevância geopolítica que a posse desta unidade representaria para o BRASIL retirando o projeto dos porões da MB e negociando com a França o PROSUB.
EDITADO.
Talvez seja necessário a MB constituir uma empresa ou fazer parceria com alguma nacional, para o desenvolvimento e produção destas peças específicas permitindo a continuidade do desenvolvimento do SNbr, arcando com os custos financeiros de tal empreitada.
Não será tarefa fácil, mas se MB realmente quer o Sub Nuc, terá de fazer um caminho de total independência.
Roberto, com que pessoal qualificado???
Com os bolsistas do ProUni firmados nas madrastas também conhecidas com universidades Federais, que cospem no mercado analfabetos funcionais e militontos idiotizados por professores maconheiros????
” Aparente desgaste causado pela “solidariedade” do presidente Jair Bolsonaro à Rússia”.
Façam o favor, apenas material técnico, sem politicagem. Vamos deixar o ideologismo de lado.
Ninguem aqui esta apoiando ninguém, somos neutros e pronto. Se o Brasil deixar de recebemos os insumos da Russia o mundo morre de fome.