O Secretário de Estado dos EUA visita a Ucrânia nesta quarta-feira (19), para se reunir com o presidente Volodymir Zelenski. Em cima da mesa está a ameaça russa.
Antony Blinken viajará para Berlim na quinta-feira, para se encontrar com a Ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, com quem discutirá possíveis respostas a eventuais avanços russos. Os contatos diplomáticos com Moscou da semana passada, não deram grandes frutos.
A Rússia recusa ater novas conversações com Kiev, mas garante que não há nada a temer. O chefe da Diplomacia, Sergei Lavrov, afirmou que “nunca” deram e não estão “dando agora quaisquer razões para criar uma nova situação de conflito”. Acrescentou que exigem “apenas uma coisa: que os cumprimentos sejam seguidos escrupulosamente. Isto diz respeito tanto aos acordos de Minsk” que, afirmava, “são sabotados pelo regime de Kiev, como à estrutura geral de segurança na Europa”.
Já a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, com quem o chefe de estado ucraniano esteve reunido, frisou que “nas últimas semanas, mais de 100 mil soldados russos, com blindados e armas reuniram-se perto da Ucrânia sem uma razão compreensível, e é difícil não ver isso como uma ameaça”. Referia ainda que a Rússia “exigiu garantias de segurança que (…) foram tornadas claras”. Rematava dizendo que estão “preparados para um diálogo sério sobre acordos e medidas mútuas para trazer mais segurança a todos na Europa”.
O Chanceler alemão e o Secretário-Geral da NATO debateram, nesta terça-feira, a situação na Ucrânia e o gasoduto Nord Stream 2. Depois do encontro, Olaf Scholz disse estar pronto para o diálogo, mas alertava que qualquer agressão contra a Ucrânia “terá consequências graves”.
Já Jens Stoltenberg voltou a frisar que o risco de um conflito é “real” e apelou à contenção russa dizendo que convidou “a Rússia, e todos os aliados da NATO, a participarem de uma série de reuniões no Conselho da NATO/Rússia, que ocorrerá num futuro próximo, para abordar as “preocupações” que têm, mas também para ouvir as da Rússia e tentar encontrar uma forma de impedir qualquer ataque militar contra a Ucrânia”.
Forças militares e artilharia pesada russa começaram a chegar à Bielorrússia para a realização de exercícios militares conjuntos no início de fevereiro.