A nau capitânia da Operação Atalanta, a fragata espanhola Victoria, o destróier Chungmugong Yi Sun-Sin da República da Coreia e o Centro de Segurança Marítima de Omã realizaram seu primeiro exercício naval conjunto no Corredor Recomendado de Trânsito Internacional do Golfo de Aden, no âmbito do exercício Marítimo Conjunto ‘Mare Liberum’. O destróier coreano faz parte da Combined Task Force CTF-151, a missão anti-pirataria das Forças Marítimas Combinadas no Bahrein, que atualmente é comandada por um Almirante da Marinha do Brasil.
Com base no cenário de uma operação anti-pirataria, o exercício naval conjunto incluiu embarcar em um navio com forças de operações especiais transportadas por helicópteros, metralhadoras pesadas, uma operação de busca e salvamento e evoluções táticas complexas no mar. Esses exercícios fornecem aos navios de guerra uma oportunidade valiosa para testar seus vínculos de comunicação e coordenação e fortalecer o entendimento mútuo das capacidades, práticas e procedimentos dos navios.
A recém-adotada Estratégia da UE para a Cooperação no Indo-Pacífico acena para mais atividades conjuntas com os parceiros do Indo-Pacífico afim de promover a segurança marítima na região. Também incentiva uma maior participação dos parceiros nas missões e operações da Common Security and Defence Policy (CSDP). A República da Coreia saúda o empenho mais forte da UE no Indo-Pacífico. Além disso, a UE pretende reforçar a sua parceria com os países do Golfo.
Em dezembro de 2016, a República da Coreia celebrou um Acordo-Quadro de Participação com a UE para a participação em missões e operações da CSDP, como a Força Naval da UE na Somália. Desde então, nos últimos anos, houve uma série de reuniões e exercícios bem-sucedidos entre a EU NAVFOR e os navios de guerra coreanos no Golfo de Aden, que não só forneceu navios, mas também pessoal para a Operação. Um oficial do estado-maior coreano está atualmente servindo no Quartel-General das Forças da EU NAVFOR a bordo da fragata Victoria. A UE e a República da Coreia estão empenhadas em prosseguir a sua estreita parceria no domínio da segurança e da defesa.
A Operação Atalanta é um instrumento ativo da diplomacia naval da UE, seguindo uma abordagem abrangente para a gestão de crises, capacidade operacional eficaz, bem como os recursos técnicos que pode oferecer, com forte ênfase no multilateralismo marítimo, na cooperação interestadual e interinstitucional, bem como na UE disposição.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: EUNAVFOR
O próximo governo brasileiro terá entre as reconstruções a fazer a necessidade de reconstituir a esquadra de superfície do país. Apenas a construção de quatro corvetas anabolizadas não será suficiente para recuperar a esquadra da Marinha do Brasil. Infelizmente o Programa de obtenção de 5 fragatas pesadas de 6000 ton. + um navio de apoio moderno não teve sequência após 2016. O programa estava muito bem encaminhado com a Itália, depois recuou em função da celeuma diplomática criado em torno caso Batiste. Contudo tanto França como Espanha ou Alemanha seriam capazes de fornecer bons navios dessa classe para o Brasil. E na verdade desde aquela época a contratação de corvetas de uma classe similar a uma Barroso modernizada era cogitada. Foi com a mudança de governo que se decidiu a unificação do projeto frente a restrição orçamentária imposta a área de defesa e se partiu para anabolizar o projeto da corveta transformando em “Fragata Leve”. Com isso uma necessidade que ficava em nove navios mais um navio de apoio, ficou restrito a apenas quatro navios novos a serem entregues praticamente na próxima década. Contudo com o atual estresse geopolítico mundial, o Brasil deve se antecipar e buscar ofertas de navios semi-novos, ou compras de prateleiras (melhor seria conjugar ambas possibilidades), sob o risco de se estar totalmente desarmado em meio a uma possível guerra global que se avizinha nos próximos anos.