Por Rachel Pannet
Sydney – O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, disse domingo que tinha preocupações “profundas e graves” sobre os submarinos movidos a diesel que planejava comprar da França, e que Paris sabia disso antes de Canberra abruptamente cancelar o negócio em favor de compartilhar a tecnologia submarina nuclear com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.
Morrison estava devolvendo a crítica da França que alegou que o país negociou secretamente o novo pacto de três nações, chamado Aukus, quando ele reconheceu apenas dizendo a França sobre o novo acordo, no dia em que foi anunciado.
“Eu acho que eles teriam tido todos os motivos para saber que tínhamos profundas e graves preocupações de que a classe de submarinos de ataque não iria atender nossos interesses estratégicos”, disse Morrison a repórteres no domingo.
“Este é um problema que foi criado por mim diretamente há alguns meses, e continuamos a conversar essas questões, inclusive por ministros de defesa e outros”.
A França convocou seus embaixadores da Austrália e dos Estados Unidos, e chamou de “traição” da Austrália, na briga que escalou as tensões entre aliados.
A decisão surpresa da administração de Biden para compartilhar a tecnologia de submarina nuclear sensível com a Austrália também provocou uma rápida reação da China, o aparente alvo do pacto, anunciado quarta-feira por Biden, Morrison e British Primeiro Ministro Boris Johnson.
O acordo anterior de US $ 66 bilhões com Paris em 2016, a Austrália teria comprado 12 submarinos Shortfin a diesel, modelo baseado no submarino nuclear francês da classe Barracuda.
O ministro das Relações Exteriores do Francês Jean-Yves Le Drian disse que a Austrália informou a Paris sobre seus planos, apenas uma hora antes do anúncio pelos três líderes na quarta-feira.
O porta-voz do governo francês Gabriel Attal disse à televisão francesa no domingo que o presidente Joe Biden solicitou uma conversa telefônica com o presidente Emmanuel Macron e que a qual deverá ocorrer nos próximos dias.
Enquanto Morrison já disse que havia advertido a Macron sobre problemas com o contrato francês durante uma visita a Paris em junho, um funcionário diplomático francês disse na sexta-feira que em suas reuniões, os australianos só perguntaram se os submarinos franceses ainda eram adequados para a mudança do ambiente de ameaças.
O ministro da Defesa da Austrália, Peter Dutton, também defendeu o manuseio do seu país do contrato submarino francês no domingo, descrevendo seu governo como “adiantado, aberto e honesto” sobre suas preocupações com o acordo. Ele observou a mudança da dinâmica de segurança na região indo-pacífica, onde ele disse “os chineses estão construindo submarinos e fragatas e porta aviões a uma taxa elevada”.
“Podemos entender, é claro, os franceses estão chateados com o cancelamento de um contrato, mas no final, nosso trabalho é agir em nosso interesse nacional”, disse Dutton à Sky News.
*Rick Noack do Washington Post em Paris contribuiu para este artigo.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Star and Stripes
bom na minha opinião a França pagou o preço pela quebra daqueles contratos lembra ? (russia) por incrível que pareça o brasil vem fazendo grandes avanços, sem dúvidas a energia nuclear e bem conhecida e desenvolvida (ANGRA), o pais tem o total conhecimento nessa área ha muito tempo. em relação a questão da Austrália e que os eua precisa de um digamos porto seguro… os eua certamente passará algum conhecimento, lembra que Austrália já participa do monitoramento global a pro interesse americano… o macron ta igual bebe contrariando, não vejo surpresas nisso, certamente a divisão da Europa faz tio putin muito feliz .
Como todos sabem mas esquecem, não existe país amigo e sim interesses em comum, se o interesse em comum for algo duradouro então a parceria e a “amizade” continua mas nunca esquecendo negócios em primeiro lugar como foi agora dos EUA com a França, continuam “amigos” e aliados mas um deu uma garfada no outro.
Temos que usar a cabeça para tirar proveito destas situações quando elas ocorrem e caso tenham algo para nos beneficiar e também paralelo a isso temos que nos desenvolver pois o que evita um ataque ou invasão é o “medo” do poder alheio e só isso que evita que EUA invada a China ou Rússia e de outra forma mas de igual sentido a China invada Taiwan pois mesmo tendo poder bélico muito inferior o medo de gerar seríssimos problemas internos com tecnologia que eles ainda não podem resolver é grande e neste caso de brinde ainda viria uma possível guerra com os EUA e seus aliados.
A Austrália irá possui algo que não domina, e nem os EUA irão passar essa tecnologia (nuclear). Lembrando que governos entram e saem e a politica também muda drasticamente. Feliz o Brasil que desenvolve a sua própria tecnologia Nuclear. Pois assim não terá problemas a futuro pois não depende de terceiro. Já a Austrália, veremos como será essa benece americana.
depende sim…. da uma lida. ai… a França principalmente e outros paises , nenhum pais em “subdesenvolvimento” tem tecn. 100% nacional , nem a China depende dos russos em. motor por ex. ~
Isso é bom para a Austrália que pois a sua segurança e seus interesses, em primeiro lugar já que em questão de tecnologia entre um e outro não tem como comparar porque o nuclear é muito mais avançado que um diesel.
Foi bom acontecer isso porque o Macron e a sua França que gosta de lamber botas de americano aprende aprende porque quando o interesse “econômico” fala mais alto, ai aparece um ditado que diz “Negócio e negócio amizade aparte” principalmente entre essas duas potências.
Não foi um dia desses que alguns diziam que tecnologia nuclear ninguém repassa, tai mais uma inverdade. Por isso temos que investir e muito em nosso sistema de defesa da Amazônia Azul, garantindo soberania no Atlântico Sul. Para isso, depois da entrega do 1° sub nuclear brasileiro, acredito que em escala a fabricação de mais alguns o custo reduz muito. Um país como o Brasil precisa ao meu ver de uns 20 sub a diesel e uns 05 sub nucleares, vamos ver, pra frente Brasil…
Até então ERA verdade…
Agora quem sabe a França passa tecnologia de submarino nuclear para a Argentina…
Agora quem sabe a China passa tecnologia de submarino nuclear para a Coréia do Norte…
Agora quem sabe a Rússia passa tecnologia de submarino nuclear para o Irã…
Porteira que passa boi, passa boiada…