Por Luiz Padilha e Guilherme Wiltgen
Durante 5 dias, em um exercício sob responsabilidade do Ministério da Defesa, o 1º BAvEx do Exército Brasileiro (EB), o 3º/8º GAV, Esquadrão Puma da Força Aérea Brasileira (FAB) e o Esquadrão HU-2 Pégasus, da Marinha do Brasil, se exercitaram a bordo do Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico (A 140), em uma área determinada de 20 x 60 milhas, distante 50 MN da costa de Cabo Frio, no Estado do Rio de Janeiro.
A Operação Poseidon 2021 foi acompanhada de perto pelo Ministro da Defesa, General de Exército Walter Souza Braga Netto, pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General de Exército Laerte de Souza Santos; o Chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar; e pelo Diretor-Geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Rafael Pinto Costa, que foram recebidos a bordo do NAM Atlântico pelo Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, e pelo Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Alipio Jorge Rodrigues da Silva.
O ineditismo deste exercício se deu por ser a primeira vez em que as aeronaves H225M do Exército e da FAB, realizaram Qualificação e Requalificação de Pouso e Decolagem a Bordo (QRPB) com o Atlântico em movimento.
Na primeira Op. Poseidon, em 2020, as aeronaves executaram pousos e decolagens com o navio fundeado na Baia de Sepetiba e o DAN esteve presente. Clique aqui para ver como foi!
Desta vez, o nível de complexidade foi aumentado, com os pilotos do HU-2 realizando vários voos com os pilotos da FAB e do EB nos H225M da Marinha (UH-15). Passada essa etapa, os pilotos passaram a voar com as suas aeronaves, mas sempre com um piloto do HU-2 a bordo no assento do 3P.
O que se viu foi uma rápida adaptação dos pilotos da FAB e do EB, que realizaram diversos pousos e decolagens no navio. A qualificação dos pilotos para o pouso a bordo tem validade de 6 meses, e com os próximos exercícios programados, UANFEX e DRAGÃO, espera-se que não só mais pilotos das Forças Singulares se qualifiquem, como ocorra a manutenção dos qualificados nessa Poseidon.
Entre os diversos exercícios operativos executados pelas três Forças ressaltamos:
Dobragem de pás
Rolagem e hangaragem de aeronaves
Fast-Rope com o GRUMEC
Fragata Liberal (F 43)
A fragata Liberal (F 43), esteve presente na Operação Poseidon 2021 realizando a escolta do NAM Atlântico (A 140), com sua aeronave orgânica AH-11B WildLynx N-4003 a bordo, a qual realizou um “cross deck” no Atlântico.
Belo trabalho senhores! É sempre bom contar com empenho do DAN nessas coberturas.
Essa bandeira do Atlântico me fez lembrar aquelas bandeiras piratas que eram içadas para “mostrar bandeira”. Achei que esse costume não existisse mais. Gostei da bandeira e do dragão mas não desse lema, poderia ser um pouco mais criativo.
As hélices desses helicópteros do Exército e Força aérea sendo recolhida foi uma novidade que mais me chamou atenção: como ocorreu isso, a Marinha teve que emprestar esse tipo de hélice? Outras considerações sobre esse novo emprego dos helicópteros hangarados: em termos de manutenção essa novidade é muito importante, isso significa que o Bahia também poderá abriga-los no hangar, o ineditismo dessa possibilidade como forma de dissuasão e muitas outras vantagens que essa novidade acarreta para o Exército e Força aérea em relação a nova doutrina de emprego e operação embarcado.
A operação na chuva e outras intemperes são importantes para um grupo embarcado já que pode haver ocorrências com esse clima que exigirão muito dos envolvidos nessa operação. Outro exercício de interoperabilidade que espero ver é com o Gripen junto com o Atlântico com o uso de data link, iff, o uso do navio para vetorar o caça em uma interceptação etc. Em fevereiro o Queen Mary 2 virá para o Brasil mas dessa vez em Santos, seria uma boa oportunidade para o Atlântico mostrar bandeira e recepcioná-lo inclusive como ex nau capitânia britânico. Fica a dica. VALEU!
André,
Se chama Bandeira de Faina, ela é hasteada no mastro principal e representa faina bem executada.
Com relação às pás do rotor principal, todos os H225M das FFAA tem a capacidade de serem dobrados ou no linguajar Naval, penteados. O único equipamento da MB utilizado é o kit de dobragem das pás, que o EB/FAB não possuem por não precisarem pentear o rotor principal para hangarar os helicópteros em suas bases.
Tanto a dobragem das pás quanto a capacidade de hangarar no navio, serão utilizados em uma próxima fase, quando os H225M das Forças Singulares embarcarem no NDM Bahia.
Abs,
Belíssimas fotos, parabéns!
Legal, gostei
Fico pensando um Sikorsky CH-53 Sea Stallion pousando no Atlântico.
Será que aguenta?
Sim!