O Gripen é um sistema de caça exclusivo, que oferece um equilíbrio perfeito entre desempenho e economia. Ao longo de todo o projeto e construção, a Saab garantiu que o Gripen fosse de fácil reparo e manutenção, tornando possível oferecer custos operacionais e de manutenção moderados que nenhuma outra aeronave chega perto de igualar. A história da solução de suporte inteligente do Gripen remonta a mais de 80 anos.
Tudo começou em 1937, quando ficou claro que a Europa estava à beira de um grande conflito. Na Suécia, um pequeno país neutro com paz por mais de um século, o governo e a indústria decidiram se preparar para o pior. A Saab foi fundada com a missão de garantir o suprimento de aeronaves militares do país como parte de seu esforço para manter a segurança e a soberania nacionais.
Por ser um país com recursos pequenos e muito limitados, mas ao mesmo tempo localizado em um local estratégico e, portanto, vulnerável, logo ficou claro que algo muito especial era necessário para mitigar as ameaças dentro dos limites dos recursos disponíveis. O governo sueco, as forças de defesa e a Saab conseguiram chegar a um acordo sobre alguns requisitos básicos que se aplicariam a todas as aeronaves projetadas e produzidas; requisitos que são tão válidos hoje quanto eram em 1937.
Em suma, o acordo incluía o seguinte:
A aeronave deve ser capaz de operar a partir de uma estrada regular sueca com uma reta de pelo menos 1 km, em bases rodoviárias secretas. Isso significava que, em caso de guerra, era possível espalhar as operações para um grande número de pontos por todo o país, ao invés de ficar preso nas bases aéreas militares oficiais. Essa disseminação tornou quase impossível para qualquer inimigo tirar a Força Aérea da equação.
A aeronave também deve ser tão fácil de manter que a manutenção possa ser feita por uma pequena quantidade de mecânicos conscritos e apenas um técnico certificado.
A aeronave deve permitir uma rotação ar-ar muito rápida em uma base rodoviária, bem como uma substituição muito rápida do motor, se necessário.
Após a decisão final de implementar o sistema básico de estradas na década de 1950, a rede de estradas na Suécia foi adaptada para atender aos requisitos.
Solução de suporte eficiente
Durante a guerra fria, a Suécia se sentiu ameaçada pelos países do Pacto de Varsóvia. O país precisava de uma aeronave que pudesse superar e manobrar uma força maior de caças avançados.
O norte da Suécia é uma terra implacável com invernos longos e gelados e áreas em grande parte despovoadas. Apresenta um ambiente hostil para operar uma aeronave, mas foi neste local que nasceu o Gripen. A defesa dessas vastas áreas exigia um caça que pudesse realizar missões ar-ar, ar-superfície e de reconhecimento.
O orçamento de defesa relativamente pequeno da Suécia e as condições difíceis sob as quais o Gripen foi projetado, levaram a Saab a tornar o caça o mais eficiente possível. Um aspecto fundamental dessa abordagem é a arquitetura aviônica aberta e modular do Gripen e sua manutenção eficiente, que permite a integração de produtos prontos para uso sempre que possível, bem como o desenvolvimento contínuo de novas funções para atender às necessidades futuras.
A decisão de desenvolver o Gripen foi tomada em 1982, e o primeiro vôo foi realizado em 1988. Projeto instável e equipado com sistema fly-by wire, muitos compostos e outras tecnologias de ponta, era um pássaro completamente diferente em comparação aos seus predecessores. A manutenção básica e os requisitos básicos da estrada eram, no entanto, os mesmos, e a solução de suporte exclusiva foi, portanto, integrada ao projeto desde o início e eventualmente se tornou inerente ao sistema.
O Gripen requer um mínimo de recursos
O sistema de suporte do Gripen permite uma pegada logística muito baixa. Ele vem com ferramentas multifuncionais de tipo especial extremamente eficientes e outros equipamentos inteligentes para garantir que a disponibilidade seja maximizada o tempo todo. Todo o equipamento também é desdobrável.
Alguns exemplos:
- Um turnaround ar-ar, incluindo reabastecimento e rearmamento, é feito em menos de dez minutos usando apenas um técnico e cinco mecânicos conscritos (apenas dez semanas de treinamento necessárias).
- Duas aeronaves Gripen em uma missão de duas semanas requerem apenas o que cabe em um contêiner padrão de 20 pés.
- Equipamentos aviônicos complexos (por exemplo, o radar) ou a substituição do motor podem ser realizados em uma hora.
- Nenhuma instalação fixa é necessária.
- A unidade de alimentação auxiliar torna o Gripen autossuficiente em energia.
- Pode pousar ou decolar usando uma faixa de 800×16 m em vez de uma pista típica de 2.400×45 m.
- Totalmente compatível com a OTAN.
- A alta DISPONIBILIDADE do Gripen leva a um maior efeito operacional.
- A pegada logística reduzida do Gripen o torna extremamente adequado para operações IMPLANTADAS.
- A solução de suporte do Gripen é eficiente, econômica e sob medida para os requisitos operacionais do cliente.
- O CUSTO DO CICLO DE VIDA do Gripen é o mais baixo de todos os caças comparáveis.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Gripen Blog
Ainda que tenha a possibilidade de operar em rodovias, é importante espalhar os caças pelas bases existentes (Anápolis, Santa Cruz, Canoas, Belém, Natal e Campo Grande) o tempo de resposta caso haja invasão por qualquer um dos lados do grande território brasileiro diminui consideravelmente, em cada região pode-se encontrar outras pistas de pouso com o mínimo de infraestrutura para desdobrar as ações (O Brasil tem 99 aeroportos, sendo 18 internacionais e 81 para voos regionais. Incluindo os aeroportos, o país possui 2.499 aeródromos, sendo 1.911 privados e 588. O Brasil possui segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos)… Por isso acredito em pelo menos 72 unidades de Gripen NG (108 seria o ideal), fazendo um Hi-Low com o A-29 e quem sabe com o que restar de A-1 (ou quem sabe um futuro substituto para esse, um caça subsônico, para usar também como treinador avançado).
Terás 72 NG ( a FAB diz 70) e 90 EMB 314 (38 de Ataque e 52 de instrução) prontos para defender o Espaço Aereo Brasileiro , mas caso a MB avance para os 24 Sea Gripens embarcados no seu futuro NAE o numéro de Gripens crescerá para os 96 aparelhos.
NAe na Marinha só daqui uns 30 anos.
O que precisamos entender é que os pontos para reabastecimento e rearmamento, além de ter importância logística para as operações devem ter também um fator de importância estratégica, uma vez que os aeroportos são tidos como alvos catalogáveis pelo eventual inimigo, portanto devemos ter alguns pontos espalhados em algumas rodovias perto de algum posto rodoviário, balança ou algum aquartelamento que possa dar apoio logístico ao local, (mesmo que por convênio), para que esteja sempre em condições de ser utilizado pelas equipes do “pit-stop”
aeronáutico.
Mais uma vez parabéns à FAB por acertar em cheio com o F-39 Gripen E, e Thank you Mr. Snowden, you saved us of a bad choice!
Fora a questão de levar menos carga, algo secundário para um país que não vive promovendo operações de ataque em outros países, o F-39 é superior em tudo à já ultrapassada plataforma do F-18. Mais veloz, mais manobrável, com softwares e sensores mais modernos (principalmente em relação a versão do F-18 que seria adquirida), com IRST integrado a fuselagem, e não num enorme tanque de combustível externo ventral, aumentando drasticamente o arrasto aerodinâmico e a assinatura de radar, e prejudicando a manobrabilidade, podendo usar uma gama muito maior de armamentos de fábricantes diversos, por metade do custo operacional, sem ter que pedir autorização dos EUA para usá-lo como, quando e contra quem quiser.
Em relação ao Rafale, carrega menos mas equivale em velocidade, softwares e sensores, supera em manobrabilidade, em custo operacional, em gama de armamentos.
E como demonstra esta matéria, oferece uma logística very light e extremamente versátil. Imbatível também neste aspecto. E como o Brasil carece de infraestrutura aeronáutica em grande parte do território, esta capacidade de operar em rodovias e pistas despreparadas exigindo tão pouco pessoal de apoio e um conteiner de equipamentos para suprir dois caças por uma semana, isto o torna um verdadeiro coringa do baralho em qualquer conflito, aumentando sua tremendamente sua disponibilidade e capacidade de sobrevivência.
Às intransigentes viúvas tupinicats do F-18 e do Rafale, que acham que caça bom só presta se for estadunidense ou francês e com dois motores resta o eterno lamuriar-se…
O Gripen é tão estratégico para os suecos que as estradas tiveram que se adequar ás exigências táticas do avião. No nosso caso as ferrovias também deveriam ser analisadas de forma estratégica para deslocamentos prolongados de material. Essas táticas do governo sueco cabem como uma luva para o Brasil já que manter um meio ativo o mais rápido possível serve de saturação para o inimigo, ou seja, é como se fosse ondas de avião (no caso) atormentando a ofensiva inimiga a ponto deles não terem mais munição disponível devido ás “ondas” de caças que sempre se mantém em combate.
É só imaginar sucessivas invasões de aviões japoneses em Pearl Harbor causando mortes e estragos quase que incessantemente. Isso pode ser uma dissuasão importante já que o custo para conter essas avalanches de ataques não compensa (sem falar das perdas da infantaria).
70 Gripens NG + 2 A330 MRTT = 72 Super Aviões com alcance quase que ilimitado ( bem acima dos 800 Km, talvez um raio de ação de 4000 Km) , para operações no território Nacional ,
teremos 70 Gripens NG + 24 KC 390 + 5 E99M = 99 Super Aviões com capacidade de defender o espaço aéreo brasileiro.
Luiz
Boa tarde
Já há data prevista para entrega, neste ano, das 4 primeiras unidades?