• H225M Naval é a mais complexa do Programa H-XBR
São Paulo, 29 de junho de 2021 – O helicóptero multimissão H225M em sua Versão Naval completou importante etapa para conclusão da sua certificação. A campanha de tiro com os mísseis Exocet AM39 B2M2 foi realizada com o apoio logístico e operacional da Marinha do Brasil, a partir da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia.
A entrega da primeira unidade desta versão à Marinha do Brasil, está prevista para o final de 2021, sendo parte do contrato assinado em 2008 entre o Consórcio Helibras-Airbus e o governo brasileiro, que prevê a entrega às 3 Forças Armadas Brasileiras de 50 aeronaves do modelo, incluindo 7 versões diferentes, e produzidas na fábrica da Helibras em Itajubá.
Especialmente desenvolvido para a Marinha do Brasil, a versão Naval da aeronave H225M é a mais complexa desse modelo já desenvolvida e produzida. O desenvolvimento desta versão específica foi liderado pelo Centro de Engenharia da Helibras e da Airbus Helicopters.
Esse helicóptero representará um grande incremento na capacidade operacional da instituição, que poderá realizar as missões de SAR, CSAR, Controle de Área e Ataque ar Superfície, ganhando agilidade, força e capacidades técnica e operacional para defender as fronteiras, mares e povo brasileiros e atuar pela autonomia e soberania nacional. A aeronave possui sistemas embarcados no “estado da arte”, incluindo o EWS IDAS-3 (sistema de contramedida), a capacidade de atirar mísseis Exocet AM39 B2M2, o radar tático APS143 e o sistema de missão naval (N-TDMS), entre outros.
“É uma honra para a Helibras ver como o Programa H-XBR contribui para a capacitação da indústria aeronáutica brasileira e soberania na fabricação de helicópteros, tendo um papel importante no aperfeiçoamento da capacidade operativa das Forças Armadas Brasileiras, acrescenta Jean-Luc Alfonsi, Presidente da Helibras.
Sequência do lançamento do AM39 Exocet B2M2 do AH-15 N-4101 (Fotocaptura: DAN)
O sistema permite a ampliação expressiva da força de combate da Marinha, além de viabilizar um grande salto tecnológico para o Brasil em sistemas de armamento e proteção e, portanto, o fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança do país.
Essa missão com o H225M também ressaltou a eficiência do míssil Exocet AM39 B2M2, da MBDA. “Temos uma parceria de mais de 40 anos com a Marinha do Brasil, com a presença do míssil antinavio Exocet no país, sistema inteligente e eficaz, que ganhou diversas versões e atualizações ao longo dos anos. Temos satisfação em poder contribuir para autonomia tecnológica do país e apoiar as Forças Armadas em sua missão de garantir a proteção da Amazônia Azul e a soberania do país”, destacou Patrick de La Revelière, Vice-presidente da MBDA para América Latina e Canadá.
O Exocet AM39 B2M2 é uma versão aerotransportada moderna da família de mísseis antinavio de longo alcance Exocet. O Sistema de Mísseis foi totalmente integrado ao Sistema de Missão Naval (N-TDMS), o qual foi especialmente desenvolvido para a Marinha do Brasil e integrado no H225M.
O sistema tático de missão da versão operacional naval, o N-TDMS (Naval Tactical Data Management System), é responsável por fazer o comando e controle de todos os sistemas embarcados, incluindo o sistema de armas. Por meio da compilação dos dados dos sensores e dos dados de voo, o N-TDMS é capaz de apresentar ao operador, em uma única tela, toda a situação tática em torno da aeronave, facilitando a tomada de decisão da tripulação. A Atech, empresa do Grupo Embraer participou ativamente deste desenvolvimento.
“Fazer parte deste projeto é razão de grande orgulho para a Atech, pois estamos ao lado de grandes parceiros, atuando para a soberania do nosso país. Tivemos participação ativa no desenvolvimento e concepção do sistema NTDMS. Para nós, é a consolidação de um trabalho, que mostra o nosso DNA em integração e desenvolvimento na busca constante pela autonomia tecnológica brasileira”, ressalta o diretor da Atech, Giacomo Staniscia.
O recebimento dessa aeronave, com alta capacidade e desenvolvimento tecnológico aumentará, sobremaneira, a capacidade operacional da Marinha do Brasil, proporcionando um meio aeronaval capaz de colaborar com o cumprimento de sua missão, como por exemplo a defesa e a vigilância de nossa Amazônia Azul.
FOTOCAPTURAS: DAN
Obrigado, sr. Wiltgen.
👍🏻🚁🇧🇷
Sr. Wiltgen, sabemos que envolvem custos, mas não seria mais interessante a Marinha manter esta encomenda original de 05 aeronaves AH-15B SUPER COUGAR e criar um esquadrão específico para os mesmos, devido suas características e emprego ? Algo do tipo Esquadrão HA-2 ?
Koprowski,
Esse assunto está sendo estudado no MD, junto com as Forças. Aparentemente, parece que não vai adiante.
Quanto ao Esquadrão, isso já foi resolvido e o AH-15B ficará no HU-2, cujo novo hangar já está sendo construído na Macega.
Por enquanto, não vai ser criado um HA-2.
Abs,
Só uma pergunta para dirimir uma dúvida, esta aeronave está configurada para apenas lançar um Exocet como foi feito no teste ou teria a capacidade de operar simultaneamente com um Exocet de cada lado???
Um de cada lado.
Gilberto,
Um de cada lado!
Bom dia …então não encomendaram nenuma versão ASW?
Rudinei,
Não existe uma versão ASW do H225M. Para essa missão, a MB já possui no EsqdHS-1 o S-70B Seahawk (SH-16) equipado com sonar de imersão ELRAS.
Sr. Wiltgen, não seria, ou será, uma destas 05 aeronaves AH-15B que a Marinha estaria tentando negociar / trocar com unidades de UH-12 Esquilo / Fennec ?
Sim!
E uma versão de alerta antecipado como tem na Marinha Real
Quem sabe quantas unidades com essa equipagem a MB vai receber???
5!
Aproveito para fazer uma pergunta sobre o MANSUP. Como está o desenvolvimento do mesmo?
Deveriam chama lo de H-225M Tubarão Tigre ou Cobra D’água .
Cobra d’água é inofensiva…então, o mais correto, seria “Serpente Marinha” ou “Enguia Elétrica”.
Ao meu ver seria muito interessante uma versão ASW do H225M visando padronização dos meios pela Marinha, o SH-16 é um excelente helicóptero sem duvidas porém 0% nacional e ter um modelo a menos poderia economizar bastante a longo prazo…
Com aquela MGB bichada? Nem em sonhos (pesadelo na realidade) o caracal faz asw. Ele tem restrições quanto a tempo de vôo pairado. Sem vôo pairado não dá para se fazer asw.
MGB – Main Gear Box
A caixa de engrenagens do acoplamento dos hélices do rotor principal que acusaram um desgaste prematuro em acidentes em versões civis da aeronave e que requeriu um re-projeto do componente.
Que por isso se PRESUME que não seja um ponto forte da aeronave e um componente que sofre severo stress no voo pairado…
E se PRESUME seja POSSA ser um impeditivo (ou risco) para o desenvolvimento de uma versão ASW desta aeronave…