O Parque de Material Aeronáutico (PAMA-SP), em São Paulo (SP), com uma tripulação mista de militares do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB), entregou, no dia 10 de junho, a aeronave EB 5003 para o Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação de Exército (BMntSupAvEx). O helicóptero H225M (HM-4 Jaguar) passou pela Inspeção Alfa, na sede do Centro Integrado de Manutenção localizado no PAMA-SP. A aeronave será alocada no 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx).
O Subtenente Alexandre Andrade da Cruz, inspetor e operador da aeronave, que serve há 25 anos na Aviação do Exército, comentou acerca da inspeção. “A realização das inspeções de 36 a 96 meses deixa a aeronave em condições de realizar as mais variadas operações em nossa Força Terrestre, resultado da presença de uma equipe de militares dedicados e comprometidos com a missão”, disse.
Linha de revisão de helicópteros
O PAMA-SP abriga em suas instalações o Centro Integrado, que tem como missão atender inspeções programadas. Como exemplo, tem-se a inspeção A/T (Alfa Tango), que ocorre a cada 36 meses ou 1.200 horas de voo, o que ocorrer primeiro. A Linha de Revisão de Aeronaves é formada por militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, com o objetivo de integrar os esforços materiais e humanos no apoio logístico dos helicópteros das Forças Armadas. Ao todo, são 37 aeronaves distribuídas pelas três Forças no Brasil.
No Centro Integrado de Manutenção, a aeronave EB 5003 cumpriu inspeção programada que permitirá a disponibilidade de três anos de operação para o Comando de Aviação do Exército. No Exército Brasileiro, a aeronave H225M recebe a designação HM-4 Jaguar, sendo este um vetor multimissão, o qual pode ser empregado pelas diversas organizações do Comando de Aviação do Exército para cumprir missões de ataque, reconhecimento, segurança, Garantia da Lei e da Ordem (GLO), incursão, infiltração e ações de busca e salvamento.
A entrega
Após a conclusão da inspeção, os voos de ensaio foram realizados pela tripulação mista composta pelo Capitão Aviador Leonardo Gomes de Faria e pelo Capitão Aviador Rubens Vilela dos Santos Neto, ambos da FAB, e pelos mantenedores do Exército Brasileiro, Subtenente Neymes, Sargento Gervásio e Sargento Pablo. Estes voos de ensaio têm como objetivo verificar e corrigir os parâmetros de vibração da aeronave, além de checar o desempenho dos motores e o correto funcionamento dos demais sistemas embarcados da aeronave.
O Chefe da Linha de Revisão, Capitão Aviador Leonardo Gomes de Faria, ressaltou o comprometimento, a capacidade técnica e o profissionalismo por parte dos militares do Exército Brasileiro envolvidos na inspeção “A” da aeronave EB 5003, ocasião na qual os militares trabalharam destacados de sua unidade, principalmente em um período abalado pela pandemia causada pela COVID-19.
O Capitão Aviador Rubens Vilela dos Santos Neto enalteceu o trabalho realizado pela equipe responsável pela inspeção da aeronave EB 5003 e destacou a padronização dos tripulantes para a realização dos voos em tripulação mista.
O deslocamento
O helicóptero de matrícula EB 5003 decolou do Aeroporto de Campo de Marte, realizou procedimento de aproximação ILS (do inglês, Instrument Landing System) no Aeroporto de São José dos Campos e, logo após, seguiu para pouso final no Aeródromo de Taubaté, para entrega ao 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx).
Esta é a segunda aeronave entregue ao Comando de Aviação do Exército, o que reforça o compromisso de atender as necessidades das organizações militares em manter a disponibilidade de suas aeronaves e viabilizar o cumprimento das missões inerentes às Forças Armadas. “Ao concentrar esforços materiais e humanos em um Centro Integrado de Manutenção, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica buscam a configuração para cumprir o estabelecido na Política Nacional de Defesa e na Estratégia Nacional de Defesa, mantendo sempre o foco na interoperabilidade necessária ao atendimento do interesse da Sociedade Brasileira e da Defesa Nacional”, comentou o Diretor Interino do PAMA-SP, Coronel Aviador Anderson da Silva Nishio.
Pra quê um Blackhawk se nós temos um monstro desse????
É incrível como nós temos capacidades de nos tornarmos cada vez mais independentes no setor da defesa e no entanto não somos, lamentável!!!
Um helicóptero desse, H225M é tão bom quanto um Blackhawk e realiza as mesmas funções.
Vamos acordar Brasil!!!
Prezados Wiltgen e Padilha,
Uma pergunta que não quer calar: e as MGBs? Foram devidamente susbstituidas e/ou totalmwente sanados os graves problemas – que foram amplamente divulgados no início- os quais , inclusive, resultaram em várias mortes decorrentes dos problemas com o rotor principal? Por que esta revisão Alfa a cada 1200 horas de voo foi realizada no PAMA-SP? Tais revisões certamente foram executadas com o maior profissionalismo e competencia desta unidade, mas por que não faze-la na Helibras-Airbus? A montadora não foi preparada para pelo menos executar isso? Os investimentos de ToT foram aplicados na Helibras-Airbus e no PAMA-SP? As inspeções a cada parcas horas de voo das MGBs – que obrigavam a parar a aeronave para manutenção em períodos às vezes até inferiores à propria autonomia conferida com reabastecimento em voo – foram devidamente otimizadas? Houve ajgum evento de perda de MGTB nas FAA brasileiras? Obrigado!
Parece que este Projeto H-XBR está, há muito tempo, sem ou quase sem nenhuma verba, pois as forças estavam recebendo as aeronaves num ritmo normal até a 36ª unidade, de um total de 50 encomendadas / contratadas. No ano passado, foi entregue “apenas 01 aeronave”, o HM-4 JAGUAR EB-5012, ao 1º BAVEX e, desde então, as mídias mencionam: “as forças armadas brasileiras já receberam 37 aeronaves”. Eu trocaria a palavra “já por só”…isto mesmo, só 37 aeronaves entregues. Outro exemplo é que a 1ª aeronave AH-15B SUPER COUGAR (N-4101), para a Aviação Naval, já deveria ter sido entregue há, pelo menos, 02 anos atrás, mas é sempre postergada. A mesma tem-se a “previsão” de ser entregue até o final deste ano. É triste. Srs. Wiltgen e Padilha poderiam, por gentileza e pelo sério trabalho que desempenham, nos esclarecer mais sobre o status do referido Projeto H-XBR ?
Tenho a mesma curiosidade, na época esse projeto foi defendido pelo governo federal como a revolução da engenharia e mercado de asas rotativas militares pela helibras, se eu não estiver enganado, custou bem caro a TOT dessas aeronaves para os contribuntes brasileiros, passado tantos anos, não vendemos nenhum helicóptero e nem as 50 unidades foram entregues.
Será que o projeto foi cancelado e nós pobres contribuintes tivemos de arcar também com as multas contratuais?
Abs
O H-XBR não foi cancelado.