Dono de extensa costa marítima, o Brasil conta com cerca de 95% do comércio exterior movimentado por hidrovias. Além de rotas comerciais estratégicas, jazidas minerais altamente valiosas estão localizadas em territórios marítimos.
Segundo o almirante de esquadra Almir Garnier, comandante da Marinha, o patrulhamento e a defesa das fronteiras aquáticas brasileiras estão prestes a receber o reforço de quatro novos submarinos e de fragatas classe Tamandaré.
Segundo o comandante, o primeiro submarino será recebido pela esquadra brasileira até o final deste ano, enquanto as três outras embarcações serão finalizadas no decorrer de 2022. A construção de submarinos é tida como indústria estratégica pelo governo brasileiro, já que impulsiona o desenvolvimento industrial e tecnológico, além de prover treinamento e patrulhamento ostensivo na imensa costa brasileira.
“Esse é o sistema de gerenciamento da Amazônia Azul. Todo esse patrimônio brasileiro precisa de um sistema de gerenciamento e coordenação que enxergue tudo do alto, de lado, de baixo”, afirmou o comandante da Marinha em entrevista ao programa A Voz do Brasil.
Almir Garnier informou que um dos papéis da Marinha é definir as fronteiras marítimas brasileiras pela presença de navios e contingente em vigília constante, que monitoram e defendem interesses nacionais de acordo com a legislação vigente.
Forças Armadas na pandemia
Sobre o trabalho da Marinha durante a pandemia, Garnier ressaltou o apoio logístico à distribuição de medicamentos, alimentos, roupas, vacinas e insumos para famílias em locais isolados do território nacional. “Estamos envolvidos completamente nisso [combate à pandemia]. O nosso centro tecnológico, juntamente com a Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu e produziu respiradores, que no início da pandemia eram muito críticos. Fizemos desinfecções de lugares públicos com a nossa equipe de capacidade de guerra bacteriológica, fizemos atividades de vacinação em todo o país, onde é mais difícil o acesso”, afirmou.
O almirante de esquadra lembrou ainda que a Marinha atuou na distribuição de alimentos para caminhoneiros no início da pandemia, quando a maior parte dos estabelecimentos comerciais de rodovias federais foram fechados.
Navios da esperança
Sobre a ação dos chamados navios da esperança – embarcações da Marinha que levam ações sociais a comunidades remotas -, Garnier informou que um dos papéis da Marinha é levar cidadania e assistência social à população.
“Muitas vezes essas famílias remotas, em localidades muito longínquas do nosso território, o único médico, o único dentista que eles veem na vida inteira é um médico da Marinha, possivelmente.”
Segundo o militar, os navios da esperança fazem 35 mil atendimentos ao ano, em cerca de 600 comunidades. “Indígenas, brasileiros de várias descendências – todos são atendidos com o mesmo carinho”, complementou.
Batalha de Riachuelo
O comandante lembrou, ainda, da chamada data magna da Marinha do Brasil, 11 de junho, dia da Batalha Naval de Riachuelo. Travada em Corrientes, no Paraguai, a batalha foi um dos conflitos decisivos da A Guerra da Tríplice Aliança, ocorrida entre 1864 e 1870.
“É importante que se diga que não celebramos a batalha em si, que é sempre dolorosa. Perdemos muitas vidas. O que celebramos são os valores morais que surgem nos momentos de adversidade. São os heróis que cultuamos: o almirante Barroso, o marinheiro Marcílio Dias, o guarda-marinha Greenhalgh. Jovens cheios de sonhos que deixaram suas vidas para defender a nossa bandeira, a nossa soberania”, afirmou o almirante de esquadra Garnier.
“Esses valores morais que aqueles brasileiros patriotas emprestaram para nós estão presentes até os dias de hoje. São marinheiros que, em momentos de adversidade, se superam e vão adiante. É isso que celebramos, são esses exemplos que não queremos que morram nos nossos marinheiros e no povo brasileiro”, concluiu.
FONTE: Correio do Povo /Agência Brasil
Nossa!! Ninguem tem a coragem de fazer as perguntas necessárias? Ou será que a midia é escolhida a dedo para estas entrevistas? Falam e não dizem nada. Entrevista para o povo ver. Diz o que se acha que o povo quer ouvir.
Até esses dias, o PROSUB estava sofrendo com atraso nos pagamentos. Agora, o comandante da MB diz que o Riachuelo vai ser entregue ao setor operativo até o final de 2021….mais do que na hora, não é! Porém, ele fala que teremos os outros 3 até o final de 2022?? Vão adiantar o cronograma??? Ora, Por favor!!! Em que mundo vivem essas pessoas?!?!?!
Com PIB de US$ 2,616 em 2011, de US$ 2,476 em 2014, de US$ 1,445 1m 2020 e desvalorização do Real estamos colocando o Brasil no rumo, paralizando todos projetos estratégicos.
Nada mais foi falado sobre o incidente com o Riachuelo
Oficialmente foi divulgado mais alguma informação?
Que otimista. Nem começaram a cortar o aço das Tamandaré.
O problema maior do Brasil, é o depois! Como se manterá a industria depois do fim deste contrato!
Nós, amantes do nosso Brasil, temos sonhos grandes para nossa Marinha. Se nossa frota de escoltas chegar a 12 fragatas Tamandarés, ficaremos muito bem servidos. Penso ser importante também, um porta-aviões ligeiro estilo ao “Cavour”, essa seria a cereja do bolo.
O Brasil precisaria de uma subclasse com mais 2 escorpene nova versão com atualizações tipo AIP entre outras tecnologias e assim teríamos tranquilidade até em torno de 2030 e mais o submarino nuclear e assim até mesmo uma modernização dos tupis entre outros de outros países fazendo com que a mão de obra especializada permaneça no Brasil talvez desenvolver novas tecnologias e ou absorve las tipo drones subaquático ou até mini submarinos de salvamento e tecnologias de contra montagem.
Um navio como o “Cavour” custaria no mínimo U$ 1,5 bilhões. Ao menos 15 F-35B, como adquiriu a Marina Militare, custariam por baixo e somando um grande pacote logístico, no mínimo U$ 3,0 bilhões. Modificar o Cavour para operar outra aeronave que não o F-35B, incorre em gastos. A soma não foge muito disso.
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Realidade dos fatos: a Marinha não conseguiu comprar um mísero Navio Patrulha novo construído no Brasil, nos últimos 10 ANOS! Nada significativo mudou de lá pra cá. Os único meios incorporados, foram refugos de outras Marinhas, conforme nossa tradição bananeira. A incompetência em realizar a missão fim dentro de nossa ZEE é ultrajante. E a MB teve recebeu dezenas de bilhões nos últimos 10 anos.
Desde 2015, não conseguimos pagar o PROSUB como deveríamos, pq esse programa está completamente fora da nossa realidade orçamentaria e totalmente mal dimensionado, sendo que passará depois de 2022 a incorrer em um prejuízo criminoso, no tocante a perca de capacidades adquiridas a custos absurdos. Só esse programa já absorveu mais de 27 bilhões de reais. E vai absorver mais uma cifra dessa ordem…
Desde o começo do ano de 2021, aguardamos a assinatura de um contrato de aquisição de 04 Fragatas da oferta vencedora. Oferta essa que é oriunda de um projeto tocado a base de desespero e incompetência administrativa, para tentar sanar o descaso que virou a situação dos Navios Escolta. Todo esse programa das FCT, é completamente desprovido de fundamento de estratégia de longo prazo.
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Qualquer coisa é um “sonho grande demais” para a Marinha do Brasil, que planeja muito mal o que fazer com o dinheiro que o Brasil tem para investir em defesa.
“aguardamos a assinatura de um contrato de aquisição de 04 fragatas”
O contrato já foi assinado há muito. O que aguardamos é o início da construção!
A assinatura do contrato com a TKMS realmente já foi feito. O processo, seguindo as últimas informações, agora está na assinatura dos contratos com os diferentes e diversos fornecedores da embarcação. Lembrando que contrato foi assinado ainda em 2019 e até hoje ele não foi fechado, uma vez que a embarcação proposta era tinha uma configuração base que não representa o produto final.
Então explique como é possível chegarmos a 12 fragatas Tamandarés?
Em toda a história da MB, nunca houve tal quantidade para embarcações deste porte.
Atualmente, o PROSUB consome boa parte do orçamento e vai aumentar com o início do SNBR.
Futuramente, será necessário manter as embarcações do projeto e a manutenção, principalmente do equipamento nuclear, é bastante alta. Teremos ainda um maior custo, com a contratação continua (de modo desacelerado) de novos submarinos, fomentando assim a ICN e NUCLEP. De preferência com equipamentos convencionais.
A MB está submergindo, sonhando com o SNBR e esquecendo os demais meios de superfície que, no cenário atual, são mais importantes. Trocar um sonho pelo outro, de um navio aeródromo para um submarino nuclear.
Sinceramente, se tivermos quatro antes de 2030, se dê por satisfeito. Claro, novamente com base no nosso histórico.
Até os anos 90 a MB operou 6 Niterói, 2 Gearing FRAMM I e 4 Allen M. Summers FRAMM II, todos navios com deslocamento superior as 3 mil toneladas e bem próximos das 3.455 toneladas das futuras Tamandaré.
O que a MB sempre teve dificuldade foi adquirir, operar e manter o número de 18 escoltas, mas 12 escoltas a MB conseguiu manter e operar por boa parte de sua história.
O cobertor é curto,ou seja,não se pode aplicar recursos escassos em todas as direções.Os submarinos são os navios adequados para exercer poder de deterrência,ao contrário de navios de superfície,os quais podem se tornar alvos relativamente vulneráveis, pois são facilmente detectáveis.
Quanto ao submarino nuclear,no qual já embarquei,ele possui mobilidade tal que o capacita a exercer a defesa de nossas águas com total discrição.Não é à toa, que as Marinhas do 1o mundo investem pesadamente neste tipo de navio.
Finalmente,o desenvolvimento de um submarino nuclear contribui para o avanço tecnológico do país,visto que poucas são as nações capazes de construí-los e estas não transferem o know-how para ninguém.
Meu caro, este papo de 12 escoltas é mais velho que andar para frente! Em 1980, a antiga revisão fez um belíssima reportagem sobre o programa de reaparelhamento da MB. O programa incluía os submarinos alemães para substituir os antigos Oberon e 12 corvetas (Inhaúmas) para substituírem os antigos contratorpedeiros. Lá se vão 40 anos e a ladainha continua a mesma. Jamais teremos 12 escoltas novamente. A menos que voltemos a velha fórmula de comprar navios de segunda mão.
Terá 4 novos submarinos e um “buraco”, que vai jogar no lixo boa parte do investimento de dezenas de bilhões já feito no PROSUB, pq não se tem dinheiro para comprar novos submarinos para manter a estrutura mal dimensionada rodando.
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Brasil sendo Brasil…
Boa tarde amigo Padilha,pelo que foi dito pelo Alte. Garnier o Prosub está dentro do cronograma previsto,
resta saber se o submarino nuclear sofreu cortes de verba em 2021?
obrigado.
abraço.