Segundo o site MaxDefense Philippines em sua página do Facebook, houve uma mudança radical no processo para a aquisição de novos caças. Abaixo a notícia publicada:
Após recebermos várias confirmações de que o Departamento de Defesa Nacional tem realmente levado a sério a promoção para a Aquisição de Caças Multifuncionais para a Força Aérea Filipina (PAF), com nada menos que o Secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, pessoalmente pressionando para que o projeto avance, parece que a recomendação mudou.
Com base em várias confirmações que obtivemos de fontes da PAF, o DND apresentaria a proposta para adquirir a aeronave de caça Saab JAS-39 C/D MS20 Gripen, em vez do Lockheed Martin F-16C / D Block 70 Viper.
Até o início deste ano, a PAF estava pressionando pela aquisição do F-16 Block 70 Viper, no qual 12 unidades novas foram oferecidas pelos EUA a PAF. Com base na avaliação do Technical Working Group (TWG), as capacidades da aeronave excederam as do JAS-39 C/D Gripen, com maior alcance e resistência, incluindo tanques de combustível conformais, aviônicos muito modernos, motores mais potentes, radar AESA, uso de ampla gama de munições dos EUA, interoperabilidade com Forças armadas dos Estados Unidos e total apoio das Forças Armadas dos Estados Unidos, incluindo fácil integração durante as operações da força combinada.
Negociações e várias reuniões foram realizadas com a Lockheed Martin e funcionários do governo dos EUA para obter o caça, mas, por razões financeiras, a PAF teve que escolher entre mover sua aquisição para a próxima fase do programa Horizon 3 ou selecionar uma alternativa mais barata. Alternativas mais baratas incluem adquirir um segundo esquadrão de KAI FA-50 ou ir com o Saab Gripen. Levar o projeto para o Horizon 3 significa atrasar a aquisição planejada nessa fase.
Embora o Viper fosse a melhor escolha, ele é mais caro. Há alguns meses, o MaxDefense PH confirmou que apesar de ser mais caro do que a oferta da Saab, a Lockheed Martin aumentou ainda mais o preço do pacote para o F-16 Viper, o que pode ter matado as perspectivas do Viper de ser selecionado para o projeto. A diferença entre as duas ofertas foi estimada em quase US $ 400 milhões (o que é doloroso para o governo das Filipinas).
De acordo com nossas fontes, a oferta da Saab não era apenas mais barata do que a da Lockheed Martin, mas também menor do que o orçamento aprovado do projeto. A data de entrega também foi um problema. A Saab se comprometeu com a PAF e o DND de entregar o primeiro lote de caças até 2024 se um contrato pudesse ser assinado e o NTP lançado neste ano. Em comparação, a Lockheed Martin pode apenas ser capaz de entregar novos Vipers a partir de 2026, e apenas fornecer Fighting Falcons mais antigos antes disso.
Além disso, a Saab se comprometeu de entregar não 12, mas 14 novos caças. Em comparação, a Lockheed Martin, por meio do governo dos EUA, comprometeu-se com a transferência “a quente” entre 2 a 4 caças F-16D Block 30 usados pela Guarda Aérea Nacional dos EUA.
A proposta está marcada para ser submetida a Malacanang. E espera-se que um Acordo de Cooperação de Defesa seja assinado entre as Filipinas e a Suécia nos próximos meses, caso o acordo prossiga. Isso é necessário porque não há mecanismo atualmente disponível para que as Filipinas e a Suécia conduzam acordos de defesa de governo para governo.
Até agora, isso é o que coletamos, embora mais informações estejam sendo coletadas do maior número possível de fontes. De certa forma, ainda é uma boa notícia, pois significa que as Filipinas continuarão com a compra de caças. Mas teremos que nos contentar com um caça menos capaz, mas mais barato de voar e operar, em vez de esperar que outro governo prossiga com este projeto.
Vejamos também se os EUA farão esforços de última hora para virar a maré a seu favor.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: MaxDefense Philippines V2
COLABOROU: Felipe Maia
O processo licitatório chamado Programa F-X2 foi decidido , através de tráfico de influência , segundo denúncia do MPF… Assim o caça Gripen NG foi jogado no colo da FAB! Se fosse para a escolha somente ser decidida por fatores técnicos , o vencedor teria sido outro!
E o mesmo lobby que atuou no Programa F-X2 continua trabalhando forte nas redes sociais , no Brasil , para influenciar a opinião pública no país de que a “escolha” do Gripen foi uma “boa solução” para a FAB.
Este lobby ainda tem a esperança de que serão adquiridos mais caças Gripen para a FAB.
Pura ilusão!
Uau! Você realmente acredita no que escreveu? Está querendo desinformar quem?
Interessante o comentário do colega acima. Onde no Brasil a ” prioridade ” fica com 90 % em despesas e em equipamentos bélicos por último. Está errado ! E preciso uma reforma urgente nas forças, menos despesas e mais investimento ou fecha tudo e privatizados as forças quando precisarmos .Porq e um gasto desnecessário.
Feliz em poder colaborar.
A notícia é reveladora pelo seguinte aspecto: de fato, o Gripen deixa a desejar no aspecto estritamente bélico, isto é, quando são consideradas apenas suas capacidades operacionais (alcance, playload, etc). Todavia, quando são colocadas na balança questões de ordem orçamentária, o Gripen acaba sendo o escolhido pelas nações de orçamento militar mais modesto ou com pouco de histórico de projeção de força sobre outras nações.
No caso do Brasil, onde ocorre (a meu ver) uma distorção com a utilização dos recursos destinados ao MD, o qual destina aprox. 90% do seu orçamento para pagamento de salários, é compreensível que o Gripen tenha sido escolhido sobre o Rafale e o F/A-18, caças mais capazes, porém mais caros de se adquirir, operar e manter. Se um desses bimotores concorrentes tivesse sido escolhido, certamente representaria um verdadeiro ralo para os recursos destinados à operação da aviação de caça, tornando-se as verdadeiras rainhas dos hangares da FAB, que acredito não suportaria manter todas as unidades em condições de voo.
Deixa a desejar para quem Felipe? No caso dos filipinos eles parecem ter optado para a versão de segunda mão do Gripen. O Gripen que você está se referindo é o de última geração chamado Gripen NG. Esse caça é superior a todos os vetores de interceptação aqui da América Latina, mesmo se comparando com os Sukhoi venezuelanos. Os nossos caças tem painel de última geração de toque direto sendo eficiente em apresentar ao piloto um panorama situacional em se tratando de guerra eletrônica, portanto é uma caça tecnologicamente avançado. Isso contraria sua visão de “deixar a desejar”. Talvez você não conheça esses aspectos do novo caça brasileiro.
Seus mísseis (principalmente o Meteor) não deixam a desejar para outros caças já que o avião poderá dispor de uma vasta gama de armamentos, ele é um caça multimissão que substituirá os A1 como ataque ao solo, é um caça de última geração contrariando sua opinião de orçamento modesto onde houve até um reajuste no preço dos aviões, sobre o alcance ele terá o apoio dos KC390, Hércules e principalmente dos novos cargueiros estratégicos (acredito que sejam os A330 MRTT) não sendo de fato viável a escolhas dos concorrentes do FX em relação ao consumo de combustível já que contará com esse apoio logístico inclusive para fora do país (com a ajuda do A330), ele pode pousar em pistas curtas o que favorece as estratégias da FAB sobre essa necessidade o que os concorrentes do avião não poderiam atender sendo portanto menos capazes que o Gripen, velocidade supercruise, radar de última geração, apoio do R99 avião de alerta aéreo antecipado que faz diferença, treinamento do pessoal, acesso á código-fonte etc. Esse conjunto de fatores Felipe é o que faz do Gripen NG não deixar a desejar. Lembrando que sou bem leigo em avião de combate, ou seja, isso tudo que falei pode ser o mínimo em se tratando da real capacidade operacional do caça.
Resumindo , Felipe nao sabe de nada…
Veja o que diz essa reportagem sobre a escolha das Filipinas. Eles só não optaram por ir de F-16V por causa dos custos e prazos, mas está claro no texto que o F-16V era superior, segundo a avaliação deles. E aí Ricardo, eles não sabem de nada também? Você é uma piada.
André, acredito que você não tenha entendido o que eu disse.
É claro que eu sei que o nosso se trata da versão E, e eu jamais disse que o Gripen é um caça incapaz. Longe disso. Qualquer uma das versões do caça entrega um desempenho bastante razoável para a categoria (monomotor leve). O que eu disse foi que, do ponto de vista estritamente bélico, ele deixa a desejar, sim, pois os concorrentes eram (e são) mais ostensivos do ponto de vista do alcance e da carga de combate.
E não sou eu quem está dizendo isso. São os fatos. Basta buscar na internet as características de cada aeronave para verem que o Gripen E é inferior nesses quesitos. Isso pesa muito para nações de dimensões continentais e que precisam de maior alcance para, por exemplo, interceptar e acompanhar um bombardeiro russo próximo ao ADIZ, ou nações que têm vizinhos pentelhos como a China. Um exemplo disso é essa reportagem sobre a escolha das Filipinas. Eles só não optaram por ir de F-16V por causa dos custos e prazos, mas está claro no texto que o F-16V era superior, segundo a avaliação deles.
Claro, no caso do FX-2, a qualidade dos armamentos e dos sensores embargados era equivalente entre os caças. Aliás, qualquer um dos concorrentes do FX-2 atenderia bem aos requisitos FAB. Só que o Gripen não levou por ser o mais poderoso, e sim pela relação custo-benefício, além de um lobby suspeito objeto de ação penal em BSA.
Me recordo bem que lá em 2013 os EUA tinham ofertado um pacote excelente de armas e etc. junto com o F-18, inclusive havia expectativa fundamentada de que a escolha recairia sobre o F-18, mas isso não ocorreu devido ao escândalo de espionagem. Ter um caça grande, poderoso, de longo alcance, era o sonho da FAB desde a década de 70, quando tentaram adquirir o F-4 e isso foi negado pelos EUA, que ofertaram o F-5.
Atualmente estão abertas as concorrências da Finlândia, Canadá, e reaberta a concorrência da Índia. Em todas elas a Saab ofertou o Gripen E. Veremos se o Gripen sairá vencedor em alguma delas, mas eu duvido. São nações que não tem muitos problemas com custos, e sim muitas preocupações com desempenho e entrega, e em relação aos concorrentes, exceto pela questão dos sensores e radar, o Gripen deixa a desejar nesses quesitos.
Felipe, há um porém: os Gripen em questão são os C/D. Os da FAB são E/F, muito mais capazes e, aí sim, concorrentes diretos do Rafale, SH, embora mais baratos de adquirir, voar e manter.