Os contratos de suporte são populares e bem conhecidos no setor da aviação civil e agora ganham espaço também no setor militar.
Não podemos esquecer que os primeiros contratos RBH (Repair by the Hour) e PBH (Parts by the Hour) foram assinados há mais de 35 anos com as Forças Armadas francesas. O sucesso desses contratos sempre aumentou e hoje, mais da metade de todos os helicópteros Airbus inscritos com contratos de suporte global vêm de frotas militares.
As previsões prevêem até um aumento no número de contratos nos próximos anos, o que é lógico: tudo o que os contratos de suporte global são conhecidos no setor civil, a começar pela alta disponibilidade da frota e o aumento do valor dos ativos que fornecem, também é válido para setor militar.
Maior disponibilidade
Todas as ofertas da Airbus Helicopters têm algo em comum: são adaptadas às necessidades dos usuários, sejam eles civis ou militares, pequenos ou grandes, próximos ou distantes.
Eles cobrem o fornecimento de peças de reposição, gerenciamento de estoque, manutenção, suporte técnico e treinamento. Resumindo, todos os aspectos de como um helicóptero é utilizado.
Os usuários finais podem se beneficiar muito com esses contratos, transferindo vários níveis de responsabilidade para a Airbus Helicopters. Em troca, o fabricante aceita objetivos de desempenho específicos e obrigações de produzir resultados. “No longo prazo, a mudança de contratos múltiplos, às vezes não coordenados, com várias entidades para um contrato com um único integrador também representa uma vantagem considerável para o cliente. Eles ganham visibilidade em termos de gerenciamento de orçamento e melhor disponibilidade das aeronaves”, afirma Christoph Zammert, vice-presidente executivo de suporte e serviços ao cliente da Airbus Helicopters.
As Forças Armadas brasileiras, por exemplo, contam com um contrato da PBH assinado em 2018 para os H225M usados pelas três forças do país (37 aeronaves entregues de 50).
O contrato garante o fornecimento pontual de peças (novas ou reparadas), utilizando estoques da Airbus Helicopters e de sua subsidiária Helibras.
A segurança de ter peças disponíveis sem a preocupação com o gerenciamento de estoques facilita o agendamento de períodos de manutenção e otimiza a disponibilidade das aeronaves. Os usuários também se beneficiam financeiramente, pois não precisam pagar por seus estoques.
“Esse tipo de contrato de suporte oferece muitas vantagens, tanto do ponto de vista operacional quanto logístico, e ajuda a aumentar a disponibilidade das aeronaves”, afirmou o Vice Almirante Paulo Renato Rohwer Santos (a época Comandante da Força Aeronaval) e acrescentou que “A aquisição de peças com este tipo de contrato é mais eficiente do que qualquer abordagem tradicional”.
O contrato RBH pode substituir ou mesmo complementar o contrato PBH. Ele permite ao usuário final contar com suas próprias reservas de peças e não depender de peças anteriormente utilizadas por outras forças armadas. Com a RBH, a Airbus Helicopters garante o gerenciamento ideal de estoque, bem como o reparo e manutenção de peças e sua disponibilidade quando necessário.
No mundo todo
As ofertas foram diversificadas em resposta às necessidades dos clientes, resultando na oferta global HCare que reúne hoje os seguintes suportes: o referido fornecimento de peças sobressalentes, mas também a manutenção integral de aeronaves, formação, soluções técnicas e acompanhamento de operações de voo. Tudo isso é gerenciado por uma gama de serviços conectados e apoiados pela rede mundial organizada da Airbus Helicopters, com quatro centros de logística e seis armazéns regionais.
A Força de Autodefesa Marítima do Japão (Japan Maritime Self-Defense Force – JMSDF), está utilizando quinze H135 para instrução de voo de pilotos de helicópteros navais desde 2010. Em outubro de 2016, optou por um contrato HCare Smart. Desde então “conseguimos reduzir custos e simplificar nossa gestão”, explicou o capitão Goto, que também acrescentou que “As peças sobressalentes são entregues regularmente; a disponibilidade das aeronaves melhorou e nossa situação realmente mudou para melhor desde a implementação do HCare”.
O H135 da Airbus é conhecido por sua resistência, construção compacta, baixos níveis de ruído, confiabilidade, versatilidade e competitividade de custo.
A divisão de helicópteros do UK Military Flying Training System (UKMFTS) também é um grande exemplo. A frota de 29 helicópteros H135 (Juno) e sete H145 (Júpiter) usados pela Ascent Flight Training para treinar pilotos militares é coberta por um contrato combinado de RPH e PBH com serviços adicionais, como gerenciamento de obsolescência. O gerente geral da Ascent, Harry Palmer disse que “Durante os estágios iniciais do contrato UKMFTS, o suporte da AHUK tem sido excelente e com boa disponibilidade das aeronaves. A medida que o projeto atinge sua capacidade total, estamos confiantes de que a confiabilidade dessa plataforma será um componente-chave de nosso sucesso”.
Todos esses exemplos estão se tornando regra, já que cerca de 1.250 aeronaves militares estão atualmente cobertas por contratos de suporte global em várias capacidades. Além disso, 95% dos usuários por hora optam por renovar o contrato quando ele expira, um sinal claro de que a fórmula atende a uma necessidade real.