Por Luiz Padilha
A notícia sobre a nova fragata Damen SIGMA 11515 oferecida para a Marinha Grécia, trouxe uma informação que poderá interessar a Marinha do Brasil. As duas fragatas classe Karel Doorman, HNLMS Van Amstel (F 831) e HNLMS Van Speijk (F 828), foram oferecidas para a Marinha da Grécia, dando a entender que em breve poderão dar baixa. Veja aqui a notícia!
Algumas fragatas holandesas da mesma classe já foram vendidas para o Chile, Portugal e Bélgica, e se encontram operacionais, demonstrando serem boas plataformas.
Apesar de serem bons navios, eles não possuem muita comunalidade com os navios atuais da Marinha do Brasil, e isso pode ser um fator impeditivo, caso a MB deseje realmente adquirir fragatas usadas. O mercado de escoltas usados em boas condições é escasso, e as duas fragatas classe Karel Doorman são mais uma opção para cobrir a lacuna que a MB terá com a baixa de suas fragatas mais desgastadas.
Características da classe Karel Dorman
Construção:
Koninklijke Schelde Groep, Vlissingen (HNLMS Van Amstel)
Koninklijke Maatschappij De Schelde (HNLMS Van Speijk)
Comissionadas: 1993 (Van Amstel) e 1995 (Van Speijk)
Características gerais
Deslocamento: 3.300 toneladas
Comprimento: 122 m (400 pés)
Boca: 14,4 m (47 pés)
Calado: 6,2 m (20 pés)
Propulsão:
2 turbinas a gás Rolls Royce (Spey 1A) 16700 hp (12,45 MW)
2 motores a diesel Stork-Werkspoor 4895 hp (3.650 MW)
Velocidade:
29 kn (54 km / h; 33 mph) (turbinas a gás)
21 kn (39 km / h; 24 mph) (diesel)
Alcance: 5.000 nmi (9.300 km; 5.800 mi) a 18 kn (33 km / h; 21 mph)
Tripulação: 154
Sensores e sistemas:
Radar de alerta antecipado Thales Nederland LW-08
Thales Nederland SMART-S 3D de busca aérea
SeaWatcher 100 detecção de superfície de phased array ativo
Radar de rastreamento Thales Gatekeeper
Radar de busca de superfície Thales Scout
2 × radar de controle de fogo Thales STIR-18
Radar de navegação Decca 1609/9
Sonar de casco PHS-36
Guerra eletronica e decoys: Medidas de suporte eletrônico do radar Thales Vigile APX
Armamento:
1 × canhão Oto Melara 76 mm anti-aérea / anti-superfície
Sistema de lançamento vertical Mark 48 de 16 células (VLS) míssil Sea Sparrow
8 × mísseis anti-navio Harpoon
1 × CIWS Goalkeeper
4 x Tubos de torpedo Mk 32 324 mm, torpedos Mark 46
Hangar com capacidade para helicóptero NH90 (a partir de 2013)
Se a marinha não fizer nada corre o risco de ficar praticamente sem escoltas e infelizmente no momento não tem no mercado muita opção, eu preferia as 4 classe Brandenburg da Alemanha, com a construção de novos navios quem sabe a marinha alemã disponibilize esses navios para venda..
Pega a grana e investe em mais patrulhas oceânicos.
Sobre fragatas, fazer o quê? a MB dormiu durante décadas e agora não tem solução mágica.
Hoje os navios usados disponíveis no mercado já possuem praticamente 30 anos de uso.
Muito bem!
Também defendo a aquisição de navios de patrulha oceânicos e a concentração da força de combate em submarinos.
Quem não tem dinheiro precisa escolher prioridades e, infelizmente, é o nosso caso. A não ser isso, que se aumente a quantidade de Tamandarés e passamos perrengue até elas ficarem prontas.
Mas, conforta pensar em seis Tamandarés e seis Riachuelos, não?
Melhor que comprar caros navios de meia idade.
Mercado de usados: as quatro Ulsan que ainda estão na ativa da Coréia do Sul. São pequenas, bem armadas, relativamente novas, seu único mas não tem hangar e deck para helicópteros.
Vamos aos fatos.
Os dois na ops são excelentes, bem mantidos e com sistemas EW atualizados.
Propulsão conhecida e relativamente simples.
Duas modificações seriam necessarias:
O Ciws Goalkeeper e os mísseis Harpoon. O primeiro substituído por um dos Boffors das FCN e o outro pelo Exocet.
Isso aí, Juarez. Pega essas duas fragatas, que estão em boas condições, troca os armamentos citados como vc colocou, e teremos 2 navios bastante úteis e válidos por mais uns 15 anos. E se não forem essas, precisamos de outras, como as Brandemburg alemãs ou alguma outra….o certo é que precisaremos de compras de oportunidade. As Tamandarés estão muito longe ainda, sabe-se lá quando estarão prontas….até lá, as escoltas da MB terão se extinguido se alguma compra de usados não for feita.
Caro Padilha, o DAN poderia fazer um comparativo destas compras de oportunidades, lembrando das duas fragatas que estarão disponíveis da classe francesa La Fayette.
Disponíveis elas não estão exatamente… 3 iriam passar por extensa modernização e essas 2 aí receberiam menos atenção na modernização, para empurrar água até o fim desse década, quando as primeiras FTI chegariam. Mas francês é bom de negocio. Pagando bem, leva até o CdG…
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Os gregos querem comprar navios novos e podem dar vantagem pra quem oferecer fragatas usadas, pq estão com a corda no pescoço. Por isso a oferta dos holandeses. E os gregos já operam navios dessa classe oferecida. Os americanos ofereceram LCS. Boatos falam em Type-23 da RN + construção de Type-31 versão grega e por aí vai…
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Em pleno 2021, a única coisa que poderia dar algum “negócio” no mercado de usados, no meu entendimento e levando em conta modernização para transformar em “Corveta” e operar por +15 anos : 02 Patrulhas Classe Sirio e os 04 Patrulhas Classe Comandanti, da Marina Militare. Só teriam que ajeitar o pacotão com a Marina Militare e dar um “tapa”, pra deixar um pouco mais parecidos com a classe “Abu Dhabi”.
Bardinii, de uma vez por todas:
Estes navios por você citados são Napaocs desde o seu projeto, por tanto não tem compartimentos extanques, não tem previsão para paiol de armamentos pesados, não tem sonar de casco, não tem radar de busca aérea combinado, não t.nafa compatível com a AAE. Não tem capacidade de geração elétrica para alimentar todos os sistemas de combate. Nas as classes dão navios de policiamento naval e não de combate.
Os “Comandante” são voltados a operar em cenário de combate de baixa intensidade.
Esses navios tem compartimentação e sistema de combate a incêndio como em um navio de combate, já que são considerados combatentes pela Marina Militare.
Esses navios tem Radar de busca combinada, que pode ser utilizado para orientar mísseis Sup-Sup e a defesa aérea. Os quatro “Comandante” tem radar diretor de tiro e alça EO/IR. Sistemas SELEX, que seguem o braço logístico das atuais escolta…
Os “Comandante” tem capacidade de geração de energia, tanto é que, foram utilizados como plataforma de testes para o sistema STRALES. Propulsão CODAD, barata…
Existe espaço e capacidade para o recebimento de mísseis Sup-Sup, sendo que o Exocet já foi empregado na Classe Abu Dhabi. Advinha quem tem um míssil que poderia ser integrado a esses navios e que casa perfeitamente com suas capacidades?
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A defesa aérea destes navios, se equipados com o sistema STRALES, é superior a capacidade de Barroso e armada com 40mm. ASW é problema? É. Mas esses navios estão certificados para operar NH90 ASW, logo, esse navio poderia embarcar o SH-16, ao contrário da Barroso.
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O que esses navios não tem é ESM/EW e chaff e afins no tocante a contramedidas. Umas das poucas coisas que fabricamos no Brasil para a MB ou que poderia ser transplantado do que está dando baixa aqui…
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Os “Comandante” poderiam ser excelentes Corvetas para a MB, dando capacidade a esta de realizar Patrulha Ultramar. Os “Sirio” poderiam ficar como estão e operar como NPaOc aqui dentro da nossa ZEE.
Bardinii, nenhum deles tem compartimentos extanques. Foram construídos para serem Napaocs. Não foram pensados com cargas de energização pesada e constante lata alimentar radares, EWs, sonar em fim toda a energia que demanda. E possível aumentar a potência elétrica instalada???
S, mais e necessário espaço para grupos geradores maiores, que vão consumir mais diesel e que se fará necessários tanques de armazenamento maiores. Não adianta colocar um SH no convido se o navio não tem sonar para fazer uma detecção praia de alvo. Outra coisa: Eles não t.paios para armazenar, torpedos, mísseis AA e museus ASM.
São Napaocs, não são navios de combate.
Cara, tu não pesquisou nada dessa classe…
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Na Marina Militare, esses navios são tratados como Nuove Unità Minori Combattenti. São mais parrudos que os Pattugliatori d’altura classe “Cassiopeta” e incluindo a parte de geração de energia.
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Os “Comandante” TEM compartimentação e sistema de controle de avarias e incêndio. Esses navios operam radares que existem em uma FREMM. São equipamentos SELEX que tem o mesmo braço logístico que usamos na Barroso, por exemplo. Tem CMS ali. Tem 3 geradores de 900 kW. Os “Cassiopeta” tem 3 geradores de 500 kW. Chaff não demanda gerador parrudão. Não precisa torar um EW nesses navios para derreter um caça em voo. É viagem tua… Tu já viu os sistemas EW da Barroso e comparou com os “Comandante”? Tu já viu o sistema de geração de energia da Barroso?
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Míssil Sup-Sup não é reabastecido no mar. Tem local para armazenar munição de 76mm e 25mm. Tem local para armazenar torpedo, já que em conflito, estes navios iriam operar os AB 212 ASW.
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A Corveta Abu Dhabi é derivada do projeto do “Cigala Fulgosi”. Tem EW, Radar 3D, Exocet Block 3, canhões 30mm controlados remotamente, torpedo, Sonar e VDS… É pegar os italianos e dar uma levantada pra usar como Corveta para fazer Patrulha Ultramar se precisar, não para usar como um Contratorpedeiro para peitar Burke e SNA.
Que venham logo, seria uma ótima aquisição. Só uma dúvida, teríamos autorização dos EUA para manter os CIWS?
Não existe isso de pedir autorização para operar canhão antiaéreo de tiro rápido controlado por computador aos americanos.
O Goalkeeper CIWS é um sistema holandês e não americano, porém usa o canhão GAU-8.
A questão seria o custo de manutenção. Até recentemente este sistema custava quase o dobro do Phalanx, e como apontou o Padilha recentemente, a MB não conseguiu manter os altos custos do Phalanx que tinha.
Inclusive sobre a eficácia dos CIWS contra mísseis os americanos estão preferindo o míssil RAM que tem mais alcance do que o Phalanx e com capacidade de manobra contra alvos velozes e manobráveis.
Não será possível aguardar as Tamandarés sem compras de oportunidade, a MB terá um misto entre novas e usadas!
Mestre Padilha, não da idéia pra MB….primeiro as inglesas e agora holandesas….. hehehehehe
Falando sério agora, só nessa brincadeira são 4 fragatas usadas que, se modernizadas corretamente, dariam uns 10, 12 anos de navegação; mais a Barroso e passaríamos os anos 20 com 5 escoltas em condições. Se tivéssemos grana pra isso.
Na minha opinião sou contra estas compras, junta todo o dinheiro de compra+revitalização e pede mais 2 Tamandarés e fica esta década a míngua mesmo.
Agora, se a Damem oferecesse estas 11515 na nosa concorrência acho que levaria fácil.
Boa tarde Padilha alguma é possivel a vinda desses navios para MB ou é inviavel?
obrigado.
Estas sim são uma excelente opção pra MB pois devem estar muito melhor conservadas e menos surradas que as fragatas inglesas.
Concordo, mas a MB costuma ser muito ortodoxa nas decisões. Pelo andar da carruagem, está mais para ficar sem escoltas mesmo até a chegada, dentro de uns bons anos, das Tamandaré.
O que, convenhamos, será trágico !!!
Bom dia pessoal. Infelimente eu discordo da sua afirmação senhor Tomcat não acho que seriam melhores e tampouco exelentes porem ajudaria a tampar um buraco que esta cada vez maior e logico que quando sonho só o que vem a minha cabeça seriam navios da Classe Murassame mesmo sabendo que o japao vai mantelos mais alguns anos e o que eles na teoria tinham oferecido sao navios mais antigos mas em relação a compra dessas korel dormman ou tipo 23 prefiro as 23 mesmo achando que precisamos bem mais do que duas para tapar buraco.
No mínimo 4, e olhe lá.
Sim com 4 unidades por mais uns 12 a 15 anos daria tempo de receber 6 Tamandares e iniciar uma nova subclasse maiores uma evolução das penso eu algo do porte das proprias tipo 23.