O vice-presidente do Centro de Pesquisa e Tecnologia da Boeing no Brasil, Al Bryant, disse que os acordos não têm conexão com o programa de aquisição dos caças F-X2, da Força Aérea Brasileira (FAB), pois o objetivo da empresa é o de estabelecer uma parceria de longo prazo com o Brasil.
“A criação de um centro de pesquisa e tecnologia vai ser o começo deste projeto com o Brasil, onde teremos a oportunidade de trabalhar com os melhores cientistas do mundo no desenvolvimento conjunto de capacidades em áreas inovadoras”, afirmou.
Há 35 anos na Boeing, Bryant, já coordenou a implantação dos centros de pesquisa e tecnologia da companhia na Austrália e na China, sendo responsável por todas as decisões que envolvem o direcionamento das pesquisas da empresa no Brasil, colaborações com universidades e parcerias estratégicas com institutos de pesquisa e com a indústria.
Antes mesmo de inaugurar seu centro no Brasil, a Boeing já assinou, este ano, três acordos com a Embraer, na área de biocombustível e cooperação para o desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390 e para o fornecimento de sistemas para a aeronave Super Tucano.
Com previsão de investimentos da ordem de US$ 5 milhões, o novo centro de pesquisa da Boeing, que será o sexto fora dos Estados Unidos, ficará instalado, provavelmente, em São José dos Campos. As pesquisas terão foco em desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis de aviação, gestão avançada de tráfego aéreo e biomateriais, entre outras.
O Valor apurou que a empresa já teria reservado uma grande área dentro do Parque Tecnológico da cidade, onde estão instaladas empresas e instituições de pesquisa do setor aeroespacial e de defesa.
“O ideal é estarmos próximos dos nossos principais parceiros e São José dos Campos oferece esta oportunidade, onde estão a Embraer, o Inpe, o DCTA e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica)”, disse o executivo.
O diretor do Inpe, Leonel Perondi, disse que a cooperação com a Boeing, líder mundial no desenvolvimento de satélites geoestacionários para telecomunicações, poderá agregar valor para o Instituto, tanto em termos de conhecimento quanto de fixação de novas tecnologias, especialmente na área de monitoramento ambiental e de sensores com aplicação em sensoriamento ambiental.
O Inpe, segundo Perondi, faz parte do comitê executivo do projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que o Brasil pretende lançar até o fim de 2014. O satélite vai atender o Plano Nacional de Banda Larga e também as necessidades de comunicações estratégicas do governo e das Forças Armadas.
O investimento previsto pelo governo brasileiro no projeto é de R$ 720 milhões. A Embraer e a Telebrás criaram a empresa Visiona Tecnologia Espacial S.A para fazer o gerenciamento dos contratos com os fornecedores do satélite. A previsão da Agência Espacial Brasileira (AEB) é que a escolha do fornecedor seja anunciada no começo de 2013.
Com o DCTA, segundo Al Bryant, a Boeing pretende desenvolver uma colaboração com todos os seus institutos de pesquisa nas áreas de ciências de voo, energia e meio ambiente, materiais e sistemas de lançamento para satélites de órbita baixa.
Virgínia Silveira
Para o Valor, de São José dos Campos
E pq não bater logo o martelo com os vespões, quem sabe poderiamos tb trazer na embalagem o grande Big E, com mais uma ala aérea de 24 honet usados e mais 12 pro opalão. Gente não precesão me xingar, foi só exercicio de imaginação.