Por Guilherme Wiltgen
Em 26 de novembro de 2010, ocorreu o primeiro voo do UH-15 Super Cougar N-7101, então denominado EC725 e hoje H225M, no Brasil.
Convidado pelo 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2), cobri este importante momento para a Aviação Naval, iniciando esse dia embarcando no UH-14 Super Puma N-7070, na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), me deslocando junto com os tripulantes do HU-2 para a Base Aérea do Galeão (BAGL), onde se encontrava a nova aeronave da Marinha.
Após um briefing, fomos convidados pela Helibras para conhecer o EC725, tendo a oportunidade de conversar com os técnicos da Eurocopter (hoje Airbus Helicopters), que acompanhavam a aeronave, bem como os pilotos que a levariam para a Itajubá/MG.
O primeiro voo foi feito até a fábrica da Helibras, enquanto isso, aproveitamos o deslocamento dos helicópteros para realizar a primeira “FOTEX”, tendo como pano de fundo, as belas praias da zona sul e oeste da cidade do Rio de Janeiro.
O primeiro voo também foi registrado por Luiz Padilha, que se encontrava a bordo do NAe São Paulo, atracado ao Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), que participava da cerimônia de transmissão de cargo de Comandante de Operações Navais (CON), quando foi realizada uma passagem baixa das aeronaves UH-14 Super Puma e UH-15 Super Cougar.
Passados 10 anos desse voo, acompanhamos a evolução operativa do UH-15 na Marinha, como o primeiro pouso a bordo do NAe São Paulo, diversos exercícios operando a partir de terra ou dos meios da Esquadra, o apoio às Operações do Corpo de Fuzileiros Navais.
O H225M foi empregado em recentes operações de apoio a desastres naturais e de ajuda humanitária, combate a incêndio florestais (Amazônia, Pantanal e SP/MG) e na Operação Poseidon, quando o H225M das três Forças operaram a bordo do PHM Atlântico.
Hoje a Marinha opera o UH-15 em duas versões, o de Emprego Geral (UH-15) e o de Combat-SAR (UH-15A), no 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2), em São Pedro da Aldeia/RJ, e no 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte (HU-41), em Belém/PA, que possui três UH-15.
Espera-se para o ano que vem, a entrega do primeiro H225M Naval. Dedicado à Guerra Antissuperfície (ASuW), com capacidade de transportar dois mísseis antinavio AM-39 Exocet, o AH-15B vai se tornar o “Ship killer” da Marinha do Brasil, podendo operar a partir do NAM Atlântico e do NDM Bahia.
Mais do que registrar a chegada do UH-15 ao Brasil, e a sua evolução dentro da Força, para nós é um honra participar destes capítulos da história recente da nossa Aviação Naval. Agradecimentos especiais ao hoje AE R1 Liseo (ComForAerNav na época), ao hoje CAlte Rohwer (ex-Comte. do HU-2 e atual ComForAerNav) e aos tripulantes do EsqdHU-2.
Prezado Guilherme, vc saberia confirmar quantas horas de voo acumulou ?
E a pergunta que não quer calar: trocaram a MGB sem custos para a MB?
ABs
Helicóptero magnifico, a suíte defensiva dele é o que mais me impressiona, uma pena não estar instalada em todos
Sr. Guilherme, se não me engano a primeira aeronave AH-15B era para ser entregue até fim deste ano. Está se arrastando à, pelo menos, 02 anos. O que o sr. diz ?
Eu estava nesse voo! Me lembro muito bem do translado para Itajubá! Parabéns pela matéria!
Grande Marcão!
Você estava a bordo do UH-15, que foi pilotado pelo Comte Khalil.
Abs meu amigo!
Eu imaginava que o Exocet já estava integrado em todos esses helicópteros. A integração ocorrerá em todos os vetores ou em alguns apenas ?
Wellington,
Negativo, a integração do Exocet é apenas na versão ASuW (AH-15B).
Abs
Estas máquinas, mesmo com o mimimi da galera especialista de internet, fez a diferença em vários momentos difíceis no Brasil,principalmente no desastre de Brumadinho. Teve ,ou tem ainda (não sei se resolveram), a questão da gear box mas seguem cumprindo, e com louvor ao que parece, as missões.
O helicóptero é bom, disso não há qualquer dúvida, mas é obrigação do fabricante corrigir os problemas.