Donald Trump fez a promessa eleitoral de pôr fim às “guerras intermináveis” e, em fevereiro, sua administração acordou com o Talibã a saída de tropas norte-americanas do Afeganistão.
O Comando Central dos EUA enviou bombardeiros B-52 para o Oriente Médio, fortalecendo a presença estratégica da sua Força Aérea na região como meio de “deter a agressão e tranquilizar os parceiros e aliados dos EUA”, anunciou o exército em um comunicado no sábado (22).
Greg Guillot, tenente-general e comandante da 9ª Força Aérea dos EUA, informou na declaração que a missão foi realizada por tripulações “em cima da hora”.
“A capacidade de deslocar rapidamente forças para o interior, para fora e ao redor do teatro de operações, a fim de apreender, reter e explorar a iniciativa, é fundamental para dissuadir uma possível agressão”, disse ele.
“Estas missões ajudam as tripulações de bombardeiros a se familiarizarem com o espaço aéreo e as funções de comando e controle da região, e permitem que elas se integrem com os recursos aéreos do teatro de operações americano e dos parceiros, aumentando a prontidão geral da força combinada”.
Esta missão coincidiu com a presença no sábado (22) de Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, em uma nova rodada de negociações de paz entre o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em muitos outros países) e o governo do Afeganistão, realizada no Qatar.
Na terça-feira (17), foi noticiado que Trump planeja retirar mais tropas norte-americanas da região até 15 de janeiro de 2021, reduzindo ainda mais o contingente presente no Afeganistão. No momento, o número de militares norte-americanos é de aproximadamente 3.000 no Iraque e 4.500 no Afeganistão.
Durante sua campanha presidencial de 2016, Trump fez a promessa de pôr fim às “guerras intermináveis” travadas pelos americanos no exterior, prometendo retirar ao menos parte das tropas americanas estacionadas no Iraque e no Afeganistão. Trump fez um acordo com o Talibã afegão em fevereiro de 2020, iniciando logo em seguida a retirada das tropas dos EUA do território.
De acordo com a declaração do Pentágono, a última vez que os bombardeiros B-52 voaram para o Oriente Médio foi no início de 2020.
FONTE: Sputnik