Por Guilherme Wiltgen
Você já se perguntou o que 215 dias consecutivos no mar fazem com um navio?
A resposta estava visível no USS Stout (DDG 55), da Classe Arleigh Burke, quando do seu retorno de um deployment recorde na semana passada para o seu porto Base na Naval Station Norfolk.
O navio ostentava o resultado de sete meses consecutivos no mar, sem uma escala no porto.
Nesse período, o USS Stout operou nas áreas de responsabilidade (AoR) das 2ª, 5ª e 6ª Frota.
FOTOS: US Navy
Concordo com o amigo Sergio Correia. O “aspecto marinheiro”, ainda que não se deva ser ignorado, não tem qualquer prioridade perto da manutenção dos sistemas do navio, não apenas para o combate, como para detecção, inteligência, contra-inteligência, necessidades básicas (um sistema de dessalinização que funcione, por exemplo) e conforto. O mais interessante de tudo, é o planejamento logístico da USN, visto que, se o meio não aportou em lugar algum para reabastecimento, é porque teve em toda a sua derrota o apoio de diversos outros meios, da USN e marinha aliadas, sem contar as necessidades extraordinárias, por exemplo, da necessidade de peças de reposição de determinados equipamentos ou a permuta de tripulantes enfermos ou em necessidade específicas. Não vejo um navio enferrujado, vejo homens do mar de verdade.
Penso na capacidade mental da tripulação em termo de desgaste. 7 meses com os mesmo 🙂
Claro que olhar uma foto não é como assistir a um filme e, muito menos, conhecer todos os aspectos envolvidos na trama do tal filme. Porém, arrisco dizer que, provavelmente, todos os sistemas e armamentos desse navio estão PRONTOS para operar: o Vulcan Phalanx está lá, com certeza, mortalmente, funcionado e pronto… os mísseis também, os canhões, metralhadoras, torpedos, sonar, radares, Sistema Aegis, máquinas…TUDO! O “aspecto marinheiro” é uma m…, mas temos que aprender a regular nosso senso crítico de “estética”, em tempo de paz, com as reais necessidades e prioridades do tempo de guerra (que é o caso de um navio em combate real). Bem… claro que poderia ter chegado em casa com uma estética um pouco melhor, o que custa muito pouco. Porém, não dá para “julgar” nenhum comandante sem saber detalhadamente qual é a sua MISSÃO. Conhecendo a USNavy, meu palpite é que ele cumpriu a missão dele e liderou sua tripulação adequadamente e sem esgarçar exageradamente seu pessoal.
PARABÉNS À USNAVY e ao povo dos EUA, pela seriedade com a qual considera suas Forças Armadas, com racionalidade e com patriotismo.
Ta provada a qualidade do equipamento e levando ainda a idade do navio , comissionado em 1994, isso pesa mais um pouco no sucesso de 7 meses batendo na agua salgada direto. e os 25 anos dentro corrosão da agua salgada….
Tem que tomar antitetânica pra ficar neste navio! 7 meses e parece que o navio tem 100 anos.
Água salgada o nome disso, jovem.