Por Gustavo Marques
Munições de canhão foram localizadas, em Tijucas do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Oito munições de artilharia foram encontradas em um terreno a 1 km do Cemitério Tabatinga por uma pessoa que usava um aparelho detector de metais.
O Esquadrão Antibomba do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar (PM) esteve no local e chegou a detonar o material em uma área descampada. Em fevereiro, dois outros artefatos explosivos também foram encontrados em Tijucas do Sul.
Segundo a PM, um rapaz entrou em contato avisando das munições. A equipe localizou oito munições, sendo seis de 105 mm e duas de 60 mm. Sem saber se o projetil estaria ativo, o Esquadrão Antibombas foi chamado.
A equipe recolheu os explosivos e procurou uma região aberta para realizar a detonação. Segundo o sargento Antônio Carlos Lopes, do Esquadrão Antibomba, a detonação foi feita devido às características da munição de artilharia que estavam preservadas. “Usamos um outro explosivo ativo para realizar a explosão. Fazemos um buraco em uma área bem remota e o barulho tão foi forte que pôde ser ouvido a 6 km de distância”, comenta o sargento.
De onde são os artefatos
No dia 14 de fevereiro deste ano, duas munições de canhão foram encontradas por moradores da área rural de Tijucas de Sul. Segundo os moradores, na região já teve um campo de treinamento do Exército e, por isso, estes materiais ainda são achados.
Além disto, comenta-se que as origens das munições podem ser de tropas contidas no cerco da Lapa durante a Revolução Federalista. Antes de serem impedidas de avançar na Lapa, tropas revolucionárias atacaram Tijucas do Sul em janeiro de 1894.
Para tentar conter o avanço das tropas, dois canhões Krupp foram utilizados por combatentes de Tijucas do Sul. Outra hipótese é de que as balas sejam da Guerra do Contestado, batalha que ocorreu no Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina entre 1912 e 1916. Antes da batalha, Tijucas do Sul teria recebidos tropas do Exército para treinamento antes de serem enviadas para o conflito.
FONTE: Tribuna PR
COLABOROU: GILBERT
Ao menos fez a coisa certa, chamou a poliícia.