Por Luiz Padilha
Recentemente o DAN publicou um artigo sobre a modernização dos submarinos da classe Gotland da Suécia. Clique aqui para ler. No artigo foi colocado que foram instalados nos submarinos modernizados, equipamentos que serão utilizados na futura classe Blekinge (anteriormente denominada A26), justamente para colocar em prática o que foi desenvolvido para a nova classe de submarinos suecos.
Tecnologia GHOST
Genuistic HOlistic STealth, é assim que a Saab denominou a nova tecniologia desenvolvida para a futura classe Blekinge, Essa nova tecnologia inclui a evolução do sistema AIP (Air Independent Propulsion), já utilizada na classe Gotland com os motores Stirling. Cabe aqui destacar que o submarino sueco foi o 1º no mundo a utilizar a tecnologia AIP.
O uso desse sistema sueco, fez com que a US Navy atravéz de um contrato, solicitasse a Marinha da Suécia o enviao do submarino Gotland aos EUA, e assim, conhecer e se preparar para enfrentar essa nova tecnologia. O Gotland foi enviado para operar junto aos navios e submarinos americanos da 3ª Frota no Pacífico, onde logrou êxito em diversas oportunidades, demonstrando que a furtividade desenvolvida, dava ao submarino sueco uma estrondosa vantagem. O Gotland operou por 2 anos junto a 3ª Frota quando o contrato com os americanos terminou e ele retornou à Suécia.
De A26 para Blekinge
Voltando para a tecnologia Ghost, ela proporciona um avanço na já excelente assinatura acústica utilizada na classe Gotland. O estaleiro Saab Kockums desenvolveu diferentes formas de reduzir ainda mais os ruídos internos (motores e tripulação), produzidos pelo submarino, ao utilizar suportes e defletores emborrachados e placas de amortecimento acústicas, que absorvem o som interno, mangueiras flexíveis, redução da velocidade máxima de fluxo de ar nos dutos reduzindo a curvatura das tubulações e o design de furos e cavidades externos, fazendo com que o submarino fique ainda mais silencioso.
Mas só isso não basta para se classificar como Stealth ou furtivo. Seu casco recebeu um novo Shape (formato), com melhorias hidrodinâmicas com a água fluindo pela superfície do casco. A vela do submarino também recebeu uma atenção especial, sendo otimizada para melhoria da hidrodinâmica do submarino, não havendo a necessidade de se aplicar placas emborrachadas em seu casco para redução da emissão de ruídos.
Devido a quantidade enorme de minas ainda existentes e não catalogadas no mar Báltico, os suecos ao desenvolver novos meios, sempre efetuam testes de resistência de casco, para caso ocorra alguma explosão próxima, os mesmos suportem o impacto que as mesmas produzem. Vide os MCMV (caça minas) suecos que possuem cascos produzidos em compósitos e resistem a esse tipo de explosão de proximidade.
A classe Blekinge não é diferente, pois toda a expertise do Saab Kockums oriunda dos testes feitos com a classe Gotland, foi utilizada. Os testes foram realizados atravéz de cargas de profundidade (a US Navy realiza o mesmo tipo de teste para todos os seus navios), e todos os sistemas eletrônicos resistiram.
Concorrência Internacional
O estaleiro Saab Kockums se uniu ao estaleiro holandês DAMEN para competir no programa da Marinha da Holanda com o submarino classe Blekinge. Sem dúvidas o Blekinge é um competidor de peso na competição, onde 3 competidores aguardam a decisão final para a substituição dos submarinos da classe Walrus.
Com 2 submarinos sendo construídos, HMS Blekinge e HMS Skåne, caso seja declarado vencedor, o Saab Kockums e o Damen irão construir mais 4 submarinos, porém, eles serão construídos segundo as necessidades da Marinha da Holanda, gerando uma nova classe de submarinos baseada na classe Blekinge.
Devido a pademia do COVID-19, diversos programas acabaram sofrendo atrasos, porém, é esperado que o anúncio saia ainda este ano. É aguardar para ver.
No campo da especulação, o Blekinge é semelhante ou melhor que o Scorpene de ultima geração?
Belo submarino, AIP traz vantagens enormes sobre convencional e custos proibitivos do nuclear ( construção e desmobilização ) . Saída Brasil passa no exemplo das Nações citadas acima, educação qualidade e para todos, conforme citada colegas acima.
Este é um país que devíamos nos espelhar e fazer várias parcerias pois acho todos os produtos militares deles muito bons e com pensamentos baseados na prática e agilidade porque eles são um país pequeno mas devem lutar contra grandes potências então a simplicidade e agilidade de rearmar e recolocar seus meios em ação é um conceito básico sem falar que pra evitar custos maiores estes meios tem que obrigatoriamente ter a possibilidade de receber várias atualizações para ficar sempre na vanguarda e ser meios perigosos para os inimigos, enfim um país que pensa correto e ache de forma mais correta ainda, um exemplo para o povo brasileiro.
Suécia, Japão e Israel não possuem a abundância de matéria-prima que nosso país tem e, ainda assim, são pequeno países que fazem muito com muito pouco.
O brasileiro (tanto pais quanto governos) deveriandar muito mais valor a educação. Nestes três países (e tantos outros), podemos ver os resultados e benefícios.