O que aconteceu: A Marinha dos EUA, em 19 de maio, alertou os navios no Golfo Pérsico a ficarem a 100 metros dos navios de guerra dos EUA, para que não fossem interpretados como uma ameaça e “sujeitos a medidas defensivas legais”. Segundo a agência de notícias semi-oficial ISNA do Irã em 20 de maio, a marinha iraniana “manterá missões regulares no Golfo”.
Por que é importante: O aviso dos EUA é notável, pois acrescenta alguma precisão às regras de envolvimento dos EUA no Golfo Pérsico, sem revogá-las ou alterá-las. (Uma fonte militar dos EUA falando à Reuters em 19 de maio disse especificamente que o aviso não é uma alteração nas regras de combate existentes.) Como os navios de guerra dos EUA podem agir em legítima defesa em caso de ataque armado ou em antecipação a um ataque iminente. O Irã está realizando um ato delicado de pressionar os Estados Unidos por meio de assédio naval ocasional, sem provocar conflitos.
Contexto Estratégico: O atual nível de tensões entre os Estados Unidos e o Irã aumenta as chances de um conflito surgir após o assédio naval no Golfo Pérsico. No mês passado, 11 navios iranianos chegaram muito perto dos navios da Marinha e da Guarda Costeira dos EUA, um a cerca de 9 metros, provocando uma ameaça no Twitter do presidente dos EUA, Donald Trump.
FONTE: Stratfor
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
A USN faz muito bem em advertir em alto e bom som pois em que pese o nome do acidente geográfico e a despeito da retórica de uns e outros as águas do Golfo Pérsico são internacionais, portanto é plenamente permitido o trânsito dos navios militares norte-americanos que ali estão para garantir a liberdade de navegação naquela via estratégica assim como exercitar-se com unidades navais de países aliados.
Apenas como curiosidade a conta do líder religioso do Irã colocou uma charge em que faz alusão à “solução final” para a questão palestina. Ou seja, deixou muito claro o cunho fascista do regime iraniano.