A Saab firmou um contrato para adquirir a empresa brasileira de defesa Atmos Sistemas Ltda. Os documentos da aquisição foram assinados em 06 de abril de 2020. Os procedimentos normais de fechamento se aplicam, e a conclusão é esperada para 30 de abril de 2020.
No dia 06 de abril de 2020, a Saab celebrou contrato para adquirir 100% da Atmos Sistemas, que tem operações em São Paulo. A Atmos é uma empresa de serviços especializados que fornece equipamentos eletrônicos, como radares climáticos e serviços avançados de manutenção e suporte aos mercados civil e de defesa brasileiros. A empresa foi criada em 2004 e possui 16 funcionários.
“Essa aquisição está alinhada ao objetivo de longo prazo da Saab de crescer no Brasil. A Atmos Sistemas é uma empresa inovadora com habilidade de desenvolver novas capacidades de suporte nos mercados civil e de defesa. Esta foi uma excelente oportunidade para estabelecer a área de negócios de Suporte e Serviços da Saab no Brasil e significa que agora podemos oferecer um escopo mais amplo de produtos e serviços no domínio civil e de defesa no Brasil”, diz Ellen Molin, vice-presidente senior e head da área de negócios de Support and Services.
A Atmos Sistemas também é uma das beneficiárias do Programa Gripen brasileiro, responsável pela manutenção de componentes dos sistemas de sensores da Gripen, como radar e equipamentos de guerra eletrônica.
“Esse é um forte compromisso com a capacidade de suporte do Gripen durante seu ciclo de vida. Reduz os riscos no âmbito do Programa Gripen brasileiro, aumentando a disponibilidade de peças de reposição e diminuindo os prazos de entrega. Isso ajudará a garantir uma solução de manutenção econômica para o Gripen no Brasil, bem como um excelente nível de disponibilidade para o sistema completo de armas ”, acrescenta Molin.
O nome legal da empresa mudará de Atmos Sistemas para Saab Sensores e Serviços do Brasil (Saab Sensors and Services Brazil) e permanecerá como uma entidade legal separada, integrada aos serviços e suporte da área de negócios da Saab.
“Do ponto de vista da Atmos, estamos muito felizes em fazer parte da família Saab. Nossas capacidades e equipe altamente qualificada, combinada à sólida e extensa experiência da Saab, permitirão a Atmos expandir e crescer “, diz o atual CEO da Atmos, Fabio Fukuda.
Fukuda permanecerá na empresa como consultor sênior, mas deixará o cargo de CEO. Ele será substituído pelo novo Diretor, Fabricio Saito, atualmente Gerente de Contas Principais no Brasil, dentro da unidade de negócios Gripen Support.
A aquisição está prevista para 30 de abril de 2020. A transação não terá efeito material ou financeiro relevante nos resultados da Saab em 2020.
FONTE: Saab
A questão crucial é como a MB e a própria FAB verão e acompanharão daqui a diante as antigas atividades relacionadas as obrigações da empresa negociada em outros programas e desenvolvimentos a cargo da ATMOS não ligadas aos programa Gripen. E que a princípio não serão os prioritários para a agora subsidiária da SAAB.
E TAMBÉM cobrar o porquê da Fundação EZUTE resolver se desfazer da ATMOS.
Foi só lucro momentâneo ou poderão haver desdobramentos futuros, contrapartidas e sinergias (aqui no Brasil ou mesmo na Suécia) de atuação conjunta entre a Fundação Ezute a vendedora e a SAAB como compradora da ATMOS em outros projetos.
Uma relação SAAB-EZUTE que teremos que passar a monitorar…
Quando analisamos o tópico da transferência de tecnologias nos contratos aceitos, começamos a perceber o movimento que as empresas acabam por garantir que essa “Transferência”, não seja efetivamente tal, e de certa forma, garantindo que o know-how obtido não seja absorvido em sua integridade e ao mesmo tempo, satisfazendo seus investidores e a manutenção do valor das ações da empresa. Citando alguns exemplos bem nítidos:
Os franceses com a Thales / Sufran / Airbus Helicopters, e aqui sabemos quais empresas nacionais foram absorvidas. Os suecos mais recentemente com a Saab e antes com a Eletrolux, e nós também, porque não, sendo a Embraer detentora de “participações” em Portugual, EUA e China, assim como a Petrobrás também.
Ninguém larga o osso, mesmo sendo só o osso!