O Defesa Aérea e Naval perguntou ao CCSM quanto a possibilidade da possivel preparação dos navios da Esquadra como o PHM Atlântico e NDM Bahia como apoio ao esforço da Operação Covid-19.
A Marinha respondeu.
Prezado jornalista,
Em atendimento aos seus questionamentos, esclarecemos que:
A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando de Operações Navais, esclarece que permanece em condições de disponibilizar recursos operacionais e logísticos, conforme necessidade do Ministério da Defesa. Até o momento, não há demanda para o emprego de seus navios.
Cabe ressaltar que as Forças Armadas atuam na Operação COVID-19 sob coordenação do Ministério da Defesa, e que estão alinhadas aos esforços dos órgãos de saúde, no combate ao COVID-19, desde o dia 20 de março, quando foram ativados o Centro de Operações Conjuntas e os dez Comandos Conjuntos, cobrindo todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial, de funcionamento permanente.
Dentre as diversas ações desenvolvidas pela Operação, estão a atuação de militares e agentes civis na Defesa Biológica, Nuclear, Química e Radiológica, principalmente na descontaminação de ambientes e materiais; a instalação de pontos para triagem de pacientes nos acessos a hospitais e postos de saúde, oferecendo suporte às secretarias de saúde; as ações de controle de segurança nas fronteiras e em embarcações; e o emprego de laboratórios químicos para o aumento da produção e distribuição de álcool em gel e de cloroquina.
A MB empregou mais de 5.500 militares na Operação, incluindo a ligação com os órgãos competentes para a coordenação das ações nos portos e terminais marítimos, de forma a contribuir com o controle de entrada de passageiros e tripulantes, acrescentando informações sobre o trânsito de navios na costa brasileira e quanto à previsão de atracação de navios de cruzeiro.
Atenciosamente,
Departamento de Imprensa
Centro de Comunicação Social da Marinha
Prezado Padilha,
A pandemia do COVID-19 está tornando mais patente para a Sociedade a importância dos Navios da Marinha do Brasil (MB). Eles podem ser Navios Hospitais, construídos especificamente para esta função. Podem ser Porta Helicópteros, como o Atlântico, ou Multipropósitos, como o Bahia, ou Navio Escola, como o Brasil adaptados para esta função. Podem transportar Hospitais de Campanha para diversas localidades, como já foi feito em outras ocasiões. Esta é a característica de FLEXIBILIDADE da MB. Já vislumbraram a importância de se operar com helicópteros nesses navios neste momento crítico?
Isto também demonstra a peculiaridade de nossa Marinha ser de DUPLO EMPREGO (atender tanto a Defesa como a Segurança).
A CONVID-19 vem nos alertar, mais uma vez, a importância de se ter uma Marinha “moderna, aprestada e motivada, com alto grau de independência tecnológica, de dimensão compatível com a estatura político-estratégica do Brasil no cenário internacional, capaz de contribuir para a defesa da Pátria e salvaguarda dos interesses nacionais, no mar e em águas interiores, em sintonia com os anseios da sociedade”, como prevê sua Visão de Futuro.
Esperamos que isto seja reconhecido após esta crise que agrava o País. Nossa economia será afetada? Sim. Mas é preciso não deixar que aqueles sempre acodem a Sociedade nos momentos mais graves e críticos, vejam seus recursos materiais se extinguirem sem reposição. Isso não é responsabilidade apenas do Executivo.
É a responsabilidade de toda uma Nação.
Prezado Padilha:
Teria uma sugestão de enorme monta sobre o tema !
Nós “ainda” possuímos um gigantesco meio Naval para emprego imediato
como um Navio Hospital, visto que haverá grande necessidade de alocação
de leitos para a cidade do Rio de Janeiro.
– Por que não usar o enorme Hangar do Navio Aeródromo São Paulo (A-12) para isso ?
A ala da enfermaria certamnete não foi desmontada e poderia ser alocada como central médica,
e pelas informações que temos, no Leilão que foi realizado no ano passado do seu casco,
não houve interessados, e diante disso a Marinha pode “suspender esse leilão”,
e dar uma última e digna destinação a esse Ex- Navio da Armada.
Depois que isso tudo passar, fariam o leilão normalmente.
O fato de NAe São Paulo ter passado por descomissionamento, não impede o uso
de suas instalações “ancorado” como Navio Hospital, num caso como esse de saúde pública.
Mas é uma ideia, dificilmente alguém do Comando Naval apoiaria isso.
Há pouco tempo atrás, pensei nessa alternativa também, haja vista que além da Ala Médica existente no navio, também, na minha opinião, poderia se aproveitar os hangares para instalação dos leitos dos “hospitais de campanha”, apenas uma possibilidade.
Nesse momento a MB teria que dispor de verba para torna-lo um hospital. Não vale a pena pelo fato dele estar inoperante faz tempo. Os meios que citei estão operacionais e sua utilização caso seja necessária se dará justamente por sua mobilidade. Locais para implantação de hospitais de campanha em terra não falta no Rio de Janeiro.
Seria uma oportunidade para colocar as instalações médicas do Bahia em ação.