Por Bruno Rosa
RIO – Um navio contratado pela Vale está a deriva no litoral do Maranhão desde a noite da última segunda-feira. A embarcação, operada pela empresa sul-coreana Polaris, sofreu uma avaria na proa após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, na capital do Maranhão. O problema ocorreu fora do canal de acesso ao porto, a 100 quilômetros do litoral.
O navio, chamado de MV Stellar Banner, transportava minério de ferro para a Vale e saiu do porto privado da mineradora. O destino da embarcação era Quingdao, na China, principal comprador da commodity da Vale. O navio é um mineraleiro do tipo Valemax, chamado de supernavio. A embarcação contratada pela Vale tem capacidade para transportar até 300 mil toneladas de carga, segundo o site da Polaris.
Com vazamento, Marinha abre inquérito
Segundo nota da Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos do Maranhão, foram identificados dois vazamentos na frente da embarcação. Quatro rebocadores se deslocaram em direção ao navio para coletar mais informações.A Marinha instaurou inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do incidente.
Segundo a Marinha, um rebocador com material para conter possíveis danos ambientais foi enviado pela Vale ao local a fim de prevenir futuras possibilidades de vazamento.
“A Capitania dos Portos do Maranhão estimula a população a auxiliar na fiscalização para a segurança da navegação, salvaguarda da vida humana no mar e nas águas interiores e a prevenção da poluição hídrica a partir de embarcações”, disse a Marinha em nota.
Segundo fontes, o problema gerou forte preocupação entre funcionários da Marinha, da Vale e dos governos do Nordeste vizinhos ao Maranhão.
– A embarcação está a deriva desde segunda-feira. Há um grande medo de que haja algum tipo de impacto ao meio ambiente. Há um esforço para evitar o pior já que havia uma fissura na proa. Há entrada de água nos compartimentos de carga – disse uma fonte que participa da operação
Segundo essa mesma fonte, o comandante do navio optou por encalhar o navio em um banco de areia.
– Tão logo o problema foi detectado, a Marinha e a Capitania dos Portos, além da Vale, foram acionados – disse essa mesma fonte. – Há um risco de que o navio afunde. Esse é o medo.
Navio esta lotado de minério
Uma outra fonte do setor lembrou que “o navio adernou mais ao longo da noite e foram observadas manchas de óleo”. Segundo ele, em um sobrevoo na tarde desta quarta-feira com representantes da Vale e Capitania dos Portos “foi informado inicialmente que o vazamento não é extenso”. Especula-se que o navio esteja com 300 mil toneladas de minério de ferro e 4 mil toneladas de óleo combustível (bunker).
Procurada, a Vale confirmou que foi comunicada pelo operador do navio MV Stellar Banner que a embarcação sofreu avaria na proa após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira na noite de segunda-feira.
A mineradora destacou ainda que, por medida de precaução, os 20 tripulantes foram retirados do navio. “O comandante do navio adotou manobra de encalhe a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís”, disse a Vale.
A embarcação, construída em 2016, é de propriedade e operada pela empresa sul-coreana Polaris. A Vale, que também é operadora portuária, “está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas”.
A Vale disse que a “operação do porto segue em normalidade, não impactando embarques”.
FONTE: O Globo
A Globo sendo Globo: primeiro se preocupa com o meio ambiente se só depois da tripulação (“destacou ainda”, ou seja, o destaque primordial é o meio ambiente e não pessoas!). Algo como o “rabo que abana o cachorro”. A que ponto chegou a humanidade.
Esse navio deve ter casco duplo.
Me lembrou de um acidente aqui em Angra, de um navio cargueiro Mineral Star, carregado de carvão mineral, também afundou até encalhar no fundo do oceano, mas sem adernar ( acho que aqui era mais raso), ficou por dias encalhado, até que os mergulhadores fizessem o reparo na avaria do casco, assim feito, foi realizado esgotamento da água, com flutuação normalizada, seguiu para um estaleiro para o reparo, sem danos ambientais.
Espero que nesse caso, também posso ser feito esse procedimento, o quanto antes, sem maiores danos!
O transporte é terceirizado, o navio é novo, temos de esperar as investigações para saber as causas, nesse caso o co-responsabilidade é da vale e da polaris.
Coisas da Vale. 😉
Vale mais uma vez.. essa empresa é uma fabrica de tragedia.