Por Luiz Padilha
O governo brasileiro pretende privatizar pelo menos 120 empresas este ano, quase o dobro das 67 ocorridas no ano passado, segundo o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, buscando assim economizar algo em torno de R$ 150 bilhões.
Dentre as empresas que estão na mira do governo, incluídas no Plano Nacional de Desestatização (PND) e no Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), aparece a Equipamentos Pesados (Nuclep), empresa que fabrica os cascos resistentes dos submarinos da classe Riachuelo e que este ano começa a fabricar as primeiras partes do casco resistente do submarino nuclear brasileiro, o SNB Álvaro Alberto.
Com o objetivo de reduzir o tamanho do estado e reordenar o seu papel na economia, o governo implementou políticas de desestatização e desinvestimento, buscando economizar e reduzir o déficit público.
Prevista para ocorrer em janeiro de 2021, a desestatização da Nuclep poderá colocar em risco o andamento do PROSUB, programa que já possui um histórico de anos de pesquisas. A Nuclep graças ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos, se capacitou tanto em termos de mão de obra quanto em seu ferramental, fundamentais para a realização do programa.
Desestatizar/privatizar
A desestatização da Nuclep, passando seu controle para empresários ou empresas estrangeiras, poderá ter um efeito financeiro benéfico para o governo, afinal, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, busca tornar o estado brasileiro menos “gastador”, porém, seria um desastre estratégico para o país.
Mantendo-se a intenção do governo atual, mesmo que salvaguardas sejam inseridas quando da desestatização da Nuclep, esta não é uma opção estratégica para o Brasil. O governo precisa rever sua opção de desestatizar a Nuclep, afim de se preservar o “know how” tecnológico adquirido durante anos de alto investimento nesse programa estratégico brasileiro.
Falar em privatização num país como o Brasil tem que se ter muito cuidado.
Interesses de toda ordem rodeiam as empresas estatais superavitárias.
EMBRAER agora que levou fumo da BOEING recorre a dinheiro público através do BNDES para sua empresa privada.
Assim é mole fazer privatização.
Vende-se o filé e fica como osso.
Absolutamente divertido ler determinados aqui exalando um pseudopatriotismo mofado e um nacionalismo indigente! Todos se insurgindo violentamente contra uma eventual privatização da NUCLEP, destilando aquela mesma retórica dos centros acadêmicos e das assembleias dos sindicatos Brasil afora, todos eles supostamente preocupados com a “entrega das empresas estratégicas ao malvado capital dos americanos imperialistas e dos sionistas”……
Agora fica a pergunta, onde estavam os supostos arautos do brasilidade quando da assinatura do PROSUB quando não questionaram que a notória empreiteira recebeu sem licitação ou mesmo um procedimento de dispensa de licitação o contrato para construir a base de Itaguaí? Onde estavam que não questionaram a própria conveniência do PROSUB pois tudo o que ele fez até agora foi sangrar a MB, que vem minguando a cada dia? Onde estavam quando o governo “patriota, nacionalista e altivo”colocou no mercado de defesa as mesmas empreiteiras que já saqueavam a Petrobrás? onde estavam quando o ministro “megalonanico” da defesa quis financiar uma avioneta argentina para ser o avião de treinamento da FAB? e onde estavam quando o mesmo ministro quase botou o programa do Gripen BR a perder ao oferecer o avião à Argentina?
Pois bem! diante de um silêncio tão eloquente falta a essas pessoas qualquer legitimidade para reclamar agora…
E Onde estava vo celular quem não protestou em nenhum momento sobre esse assunto. Acho quê deve privatizar sim mantendo regras de salvaguardasaber e ações Golden Share
Outro inocente, igual a golden share que protegeu a Embraer nas mãos do Temer e do Bolsonaro…
HMS TIRELESS,
Li todo seu relato.
A pergunta é: onde estava você atento a todas as práticas danosas praticadas a época que não denunciou esses deslizes?
Renato, se você verificar todas as minhas postagens em sites de defesa desde 2007 irá verificar que tudo o que fiz foi denunciar e criticar, de forma sempre fundamentada, tudo isso que acabei de elencar, para desespero de “nacionalismo” indigente de uns e outros como é o caso do nosso trigroso colega
Tu até pode ter sido sindicalizado em algum ponto, mas de esquerda tu jamais foste em toda a tua vida. Vá mentir para outro.
Meu caro Fabrício, como vimos em tempos recentes esquerda no poder aqui no Brasil foi sinônimo de Corrupção (vide os dois maiores escândalos da nossa história – Mensalão e Petrolão), patrimonialismo, incompetência (vide a maior recessão da nossa história) além do indefectível populismo……
Incansável és tão defasado como seu homônimo submarino inglês descomissionado em 2014…
Inservível, insensível e incansável…
Resumindo um bolsominion convicto de looonga data…
A profusão de adjetivos e a aridez no emprego de substantivos deixam claro meu caro Giba não apenas a sua completa falta de argumentos como também o seu risível sectarismo político travestido de um “nacionalismo” indigente. E nem vou falar do seu raciocínio binário e falhado em querer me associar ao miliciano que atualmente ocupa o Planalto.
Tem razão, o estado deve produzir suas roupas, calçados e comida porque a iniciativa privada não funciona. Veja o EUA e a Europa, tudo estatal.
Só o fundamentalismo político de Paulo Guedes pode conceber a privatização da NUCLEP.
Este é um jogo PREVISÍVEL na ascensão do MITO e que vai ser jogado uma hora ou outra, por um motivo ou por outro.
Uma guerra entre os militares (no caso a Marinha) e os privatistas de Chicago do Guedes…
A bola neste jogo é submarino nuclear…
A tecnologia desenvolvida estatalmente na MB e na NUCLEP é ESTRATÉGICA e por fundamento não se presta a um aproveitamento comercial pelo alto custo e baixo mercado de escala (muito dependente de investimento estatal) seja na construção de submarinos ou de centrais elétricas nucleares.
O Posto Ipiranga está se fazendo de bobo ao imaginar que se pode privatizar uma empresa como a NUCLEP…
PRINCIPALMENTE se pode transferir para controle estrangeiro ESTA EMPRESA.
Vamos ver se a Marinha do Brasil vai defender de FATO e com CORAGEM seu projeto estratégico de 40 anos ou vai capitular ao extemporâneo governo mitológico.
As futuras gerações navais vão jugar o atual Almirantado pela sua atuação na defesa e na realização do Submarino Nuclear Álvaro Alberto, a preservação de toda a cadeia industrial necessária a sua obtenção e a manutenção desta capacidade para futuros projetos na área.
Mas a sinalização de que este governo não medirá esforços para privatizar tudo o que puder, a perspectiva é muito negativa…
Não vai precisar nem do Trump dizer que o Brasil “não precisa” de um submarino nuclear…
Parabéns a todos que apoiaram o tal mito…. O futuro é isso aí…
Se for o preço a ser pago para ter um estado enxuto que seja infelizmente ninguém disse que seria fácil.
Atualizando o preço pago por comprar baratinho no exterior será pago no corona vírus onde o mais forte com dólar compra tudo e você não consegue as máscaras e respiradores que precisa porque matou as empresas nacionais que as produzia para comprar baratinho do chinês que se vende a quem paga mais na hora da necessidade…
O barato sai caro como bem diz a sabedoria popular…
Só um imbecil sem o mínimo conhecimento de GEOPOLÍTICA proporia privatizar a NUCLEP.
E só um imbecil que acha que estado tem que ser gestor seria contra.
Não me surpreende em nada a intenção do governo. O plano dessa gente é que não sobre nada, de modo que nenhuma aspiração de soberania sobreviva, colocando o país eternamente de joelhos. Quem sabe aí a classe média, os militares e funcionários públicos percebam o quanto foram feitos de bobos nessa aventura macartista dos últimos anos, e entendam que a direita brasileira não é patriota e está se lixando para o povo.
hoje todo mundo quer vender tudo porque a esquerda usou as estatais como cabide de empregos e toma lá da cá. Sem falar nos contratos superfaturados e escândalos de desvio de dinheiro publico. Corrupção mesmo amigo, eu sempre fui sindicalizado com viés de esquerda, mas depois do que vi, só um tolo ou alguém que se aproveita da situação que defende essa esquerda mentirosa. Não coloque a culpa na direita ou esquerda, o fato que a classe politica brasileira são sangue sugas da população. Não defendo ninguém.
Talvez a NUCLEP, caso privatizada, acabe nas mãos da EMBRAER Defesa e Segurança. Lembrar que eles estão no Programa Classe Tamandaré e isso ampliaria o leque de atuação da mesma na indústria militar naval. Agora, caberia ao governo manter encomendas para que se sustente e crie demanda no setor, caso contrário o know-how de fabricação se perderia. Lembrar que nos EUA o governo não é dono de nada parecido. Os estaleiros que constroem navios militares e submarinos são todos privados (e.g. Bath Iron Works, NASCCO – General Dynamics, Huntington Ingalls Industries – Northrop-Grumman para citar alguns). Entretanto, existe planejamento de longo prazo, e existe demanda do próprio governo.
Você, realmente, não entende nada sobre a construção de submarinos!
A Marinha não possui o quadro técnico diversificado e complexo exigido para a construção desse tipo de embarcação.
Exatamente por essa razão, a Marinha, sabiamente, estabeleceu parceria com a Nuclep há muitos anos para a construção de submarinos e outros projetos. Já na década de 90, a Nuclep fabricou os submarinos da classe IKL, de tecnologia alema. São 40 anos atendendo aos desafios tecnológicos do país na fabricação de equipamentos pesados de caldeiraria nas áreas de defesa, energia, Off Shore, mineração e etc…
Sou definitivamente contra a privatização da Nuclep!
A política neoliberal iniciada no governo FHC e mantida nos governos LULA (henrique meirelles), Dilma (levy) e infelizmente Bolsonaro (guedes) acabaram com nossa indústria. Há menos de 40 anos nós eramos maiores do que a China. Assistam os vídeos do Enéas ao menos uma vez, ele sempre ressaltou que nosso maior inimigo era o neoliberalismo. Estamos pagando o preço, seremos sempre lembrandos por uma país de potencial, mas que nunca desenvolveu sua indústria nacional. Somente um plano nacional de desenvolvimento pode nos tirar desse buraco. Somos hoje um país sem soberania, onde o interesse principal é atender ao dito “mercado” constantemente manipulado ao bel interesse do capital estrangeiro. Triste.
Entre essa soberania fajuta nossa e a segurança de se ter um emprego que preste no mercado eu fico do lado do mercado.
Andre, voce me lembrou daquela piada: Quando Deus Criou as terras do Brasil , não botou terremotos, neves, vulcoes, tsunames, mas botou 70% das terras com o poder comercial agricultável do mundo, com a possibilidade de poder ter ate 3 safras anuais, botou a maior distribuição de rios do mundo, botou muitas chuvas, botou reservas maravilhosas de minerios, ouro, bauxita, nióbio, petróleo, temos as maiores reservas de aquiferos do mundono sub solo, madeiras de todas as possiveis em abundancia nas nossas florestas, clima agradável o ano todo, mas o anjo Gabriel perguntou a Deus: Porque tanta coisa boa num só lugar?? Ai Deus disse: Você vai ver o povinho de merda que vou colocar la…….
Nós nunca seremos um país sério. Repito, nunca seremos um país sério. Desde o FHC todos os últimos ministros da fazenda foram de escolas liberais. Olha no que deu. Enquanto os EUA protegem suas empresas e recursos estratégicos, enquanto UK toma decisões polêmicas como o brexit, indo contra toda a onda liberal para proteger suas empresas e território, nós estamos nos entregando ao interesse financeiro mundial sem ao menos se importar com a nossa soberania. Neoliberalismo é o colonialismo moderno, só não enxerga quem não vê. É fácil vender liberalismo pros outros quando a sua indústria e suas empresas já estão desenvolvidas para competir com o mundo. Nossas empresas ainda não têm a mínima condição de fazer frente ao interesse estrangeiro. Nossa indústria foi abandonada. Seremos eternos exportadores de bens de baixo valor agregado. Enéas era nossa única esperança, alertou que os neoliberais tomariam o poder. Aí está.
E você acha que o Enéas faria diferente? Na eleição é as mil e uma maravilhas na hora que a realidade bate o discurso muda.
Os funcionários da Nuclep possuem os maiores salários das Estatais. Um soldador lá ganha R$12.000,00. Possui o maior número de absenteísmo e afastamento por psiquiatria. Os funcionários na grande maioria não produz nem pra pagar o almoço. Sem contar a corja de sindicalistas pendurados na empresa ganhando de graça todos os dias pois defender trabalhador não defendem.
Soldador especializado em casco de submarino ganha bem em qualquer lugar do mundo. Não seja ignorante! Você quer justificar a privatização de uma empresa estratégica com esse tipo de argumento?
Qual a sua noção da atividade ESTRATÉGICA que a NUCLEP tem no Brasil? Aparentemente, por tudo que escreveu até agora, zero, nenhuma!
É a típica pessoa “liberal” que não enxerga além do umbigo! Quer jogar a criança fora junto com a água suja da banheira. Quer matar os carrapatos de uma vaca matando a vaca, não os carrapatos!
Perfeito Pedro, as pessoas têm um discurso pronto que provavelmente escutou em algum canal de um adolescente Youtuber do MBL. Triste. Nossa soberania está em risco diante deste movimento irresponsável neoliberal, assim como Enéas avisou.
Barbara, como você teve acesso ao prontuário medico dos colaboradores? Você tem ideia quanto ganha um soldador com esse nível de treinamento? Você sabe quanto ganha um soldador nível 2 que presta serviço para a Petrobras na iniciativa privada? Quero acreditar que você não acredita em estatais devido os desmandos dos últimos governos e a falta de competitividade das mesmas. Mas acredite, existe estatais bem geridas e isentas. Depois de todo o investimento feito em qualifica e aquisições, vamos nos desfazer assim do nada? Quantos países produzem seus sub’s? Entenda, quando não há interesse da iniciativa privada ou não é produzido no país e o item é de interesse nacional, todo governo forma uma estatal para atender a demanda.
O pessoal aceita certinho a cartinha da “direita brasileira”, nem ao menos questionar eles são mais capazes, pessoal, empresa estrategica não se vende, conhecimento se adquire com investimentos, e depois de tanto investimento vamos vender assim simplesmente como foi feito com a Embraer ou mesmo a fabrica nacional de combustíveis sólidos que nosso colega acabou de comentar?…Pensa pessoal certas empresas não são mesmo para dar lucros pois tem o seu papel dentro do país , como país em si! soberano …ou acaso vcs acham que a NASA é lucrativa? pô!Agora me diz, a empresa que comprar a Nuclep vai ter lucros como?Vai simplesmente fechar por falta de interesse como sempre tem sido feito! Acorda povo!!!
Tiro no pé, infelizmente o que vai acontecer é na primeira crise vão demitir a mão de obra.
O conhecimento tecnológico será perdido, vai virar um estaleiro como outro qualquer e seguir o curso de muitos outros.O investimento feito em maquinário, tecnologia, conhecimento será dado de bandeja.
O projeto de privatização atual é baseado em diminuir custos e não repassar as empresas pelo seu valor de mercado.Capitalista brasileiro só compra com risco zero e com garantia de no minimo 10 anos de proteção.
Vamos vender pelo que a empresa arrecada em um ano, para depois se tornar refém do empresário que comprar.
O plano deles é vender tudo a qualquer preço, sem restrições ou planejamento.
Hoje em muitos países há a re-estatização de serviços, depois do problema do Edward Snowden e até alguns serviços terceirizados foram reconsiderados.
Há alguns exemplos aqui mesmo no Brasil de privatização desastrosa.
Como o caso do DATAMEC, ver os links.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc24069906.htm
https://www.capitaldigital.com.br/?p=26997
Pessoalmente não gosto de nenhuma das fontes que vou colocar aqui, porém não há ilações ou mentiras publicadas.
O governo virou refém da empresa que ele vendeu, sendo extorquido para continuidade de serviços.
Há muito o que privatizar, subsidiárias, coligadas e empresas sem função.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,governo-descobre-ter-fatia-em-637-empresas,70003036336
Mas o que levaria a praticamente doar uma empresa estratégica para a iniciativa privada e fazer com que produtos que tenham levado anos de pesquisa sejam boicotados, pois essa empresa poderá o capital controlado por uma estatal estrangeira ou por uma empresa amiga de governo estrangeiro.
Por que não começar com as empresas que não tem sentido serem controladas pelo estado?
O maior problema é o salário do funcionalismo publico, da justiça, etc…
http://blogs.correiobraziliense.com.br/servidor/servico-publico-comparacao-internacional/
Há outros casos mais problemáticos, os dados do estado estão para serem privatizados, será extremamente ruim que toda a vida do cidadão seja exposta para empresas que vão vender os dados indiscriminadamente, como querem fazer com a venda do Serpro e a Dataprev.
Um exemplo bem legal, no Rio de Janeiro vá tirar um nada consta criminal, são 4 cartórios distribuidores que não são públicos, você vai gastar quase R$500,00. Em quanto isso em outros estados você acessa um link no TJ estadual e tira de graça.
Em alguns casos vamos pagar pelo serviço duas vezes. uma para o estado criar ou manter o serviço e outra vez para ter o acesso a informação ou ao serviço.
Simples assim
Privatizar sim, tudo não.
Acho que é a decisão mais acertada do Governo. Pois a Marinha do Brasil possui um quadro técnico pujante capaz de realizar TODAS as atividades dos servidores da Nuclep por um custo muito menor. Parabéns pela iniciativa.
Por certo, você não está entendendo absolutamente NADA do que está acontecendo!
Olá Bárbara, você poderia explicar melhor seu ponto de vista? Pois sabemos que construir o casco dos sub é uma atividade extremamente complexa, os trabalhadores tiveram treinamento na França para fazer isso (parte do TOT). Como assim os nossos marinheiro sabem fazer isso agora? E pagamos por uma transferência e vamos jogar fora?
Sem mencionar que indústria estratégica é algo bem diferente de indústria de mercado.
Gostaria de saber mais sobre seu ponto de vista, e como isso iria funcionar e os custos implicados.
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA, to passando mal, sério, essa foi boa; apenas ironias para nos alegrar depois de um notícia triste dessa
Tá mais por fora do que casca de ovo.
Eu duvido que a Nuclep será privatizada, principalmente porque o nosso presidente é um militar e anteriormente já previu a manutenção de empresas estatais ditas como estratégicas. Acho isso uma subestimação da capacidade de administração por parte dos atuais governantes e também como uma forma de ignorar que haja contato entre as partes interessadas (Marinha + Governo Federal). Com toda certeza o governo quer privatizar o máximo possível de empresas, mas as nossas forças armadas não deixariam isso acontecer com uma empresa de tal valor estratégico, com tanto potencial e ainda no seu nascimento como potencia industrial militar.
Ainda assim, caso ocorresse, a privatização deveria ser feita para entes nacionais.
A ”Nova” Embraer vai cair babando em cima da Nuclep.
Eu sou leiga e todos os assuntos citados pelos nossos comentaristas acima.
Porém:Eu gostaria de saber como vai ficar a situação dos funcionários que vão ficar sem emprego?
Se privatizar é tão bom e eficiente pq ñ privatizamos de vez as forças armadas? Ao invés de gastar uma fortuna com pensões de “filhas de marajas” por exemplo, pagamos uma potência militar estrangeira pra proteger o Brasil! Que acham? Se enquadra perfeitamente na lógica neoliberaloide do ministro dos bancos, quer dizer da economia, Paulo BTG Guedes!
Privatizar a Nuclep é o mesmo que entregar de bandeja o país aos estrangeiros! Deixar a Amazônia Azul desprovida de defesa é algo irresponsável com o povo brasileiro! Já passou da hora de termos uma defesa consistente em nosso país. O Brasil precisa e merece um submarino nuclear. Aliás, um para começo! Nação nenhuma no mundo compartilha ou vende esse tipo de tecnologia. Ademais, como se falar em privatizar a Nuclep, que é a única empresa no Brasil com certificação ASME III (necessária para a construção de equipamentos nucleares) e não extinguir a Amazul, estatal criada recentemente para atender ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos, principalmente, e que emprega mais de três vezes o número de funcionários da Nuclep?
Não me parece algo, minimamente, inteligente!
Este governo não irá construir o Submarino Nuclear para o Brasil simplesmente porque isso contraria os interesses dos Estados Unidos no Brasil. O plano de construir o SubNuc nacional foi resultado da politica de defesa do governo Lula. Na época o então ministro Nelson Jobim afirmava o Bradil tem que ter condição de dizer NÃO aos intersses das potencias… Lembram? De lá pra cá infelizmente isso mudou.
Poisé, mas parece que infelizmente a cegueira ideológica das pessoas não permite que elas vejam 2 palmos na frente; é simplesmente inacreditável como os simpatizantes do atual presidente defendem QUALQUER coisa dita/prometida/feita por ele, mesmo quando é absurdo como esse caso em questão. É, amigo, assustador.
Eu já discordo desse pessimismo Padilha a julgar pela experiência da Embraer, que agora está em uma nova fase de sua história. Se a Nuclep continuar estatizada ela corre o risco de ter um governante que contigencie os recursos colocando-a em risco de falência prejudicando todo esse conhecimento que você menciona. Em outras palavras, ela ficará a mercê de políticos que desconsidere essa área. O estaleiro de submarinos por exemplo precisa de receber encomendas para manter toda aquela estrutura em atividade, se não é bilhões de dinheiro público jogados no ralo do desperdício.
Esse setor exige muito investimento para se manter: é como um carro caro onde o dono tem que lhe dar não apenas com o custo de aquisição, mas sobretudo de manutenção. As ferrovias (na verdade a falta delas) estão aí como exemplo do que acontece quando o estado resolve monopolizar um modal concentrado apenas em rodovias: abandono total tornando os deslocamentos demorados, caros, gerando desperdício de carga e desgaste do passageiro portanto ineficiente, diminui a competitividade do país gerando pouco ou nenhum interesse em investimentos já que não é rentável etc. Não entendo desse assunto, mas entendo o que ele causa na prática.
Os Estados Unidos não tem “desastres estratégicos” por ter um mercado privado de defesa. Pelo contrário! Eles se dão ao luxo de doar seu excedente. Destaque para essa palavra “excedente”: um país que excede seu poderio tamanha demanda que as empresas tem em investimento em novas tecnologias. O “lixo” (ou sobra) deles é luxo para nós e quem mais necessitar dessa reserva de material.
A “golden share” deve ser um mecanismo inviolável nesse tipo de negociação por se tratar de um ramo estratégico.
Então vou lhe contar uma história, Andre. Preste atenção para os paralelos que se pode fazer com a Nuclep. Veja só.
Em meados dos anos 90 ou 2000 (a memória me falha), foi vendida a única fábrica de Polibutadieno Hidroxilado que pertencia à Petrobrás. O comprador foi um grupo multinacional alemão.
O Polibutadieno Hidroxilado, caso você não saiba, é usado para combustível de foguetes e mísseis de propulsão sólida.
Sabe o que o novo “investidor” fez após a compra de uma fábrica absolutamente estratégica para o país? Fechou a fábrica do produto por “desinteresse comercial”. E deixou a FAB (programa Espacial e de mísseis) a ver navios.
É isso que acontece quando se vende empresas estratégicas de um país que pretende ser NAÇÃO!
Essa situação só será resolvida porque a AVIBRAS decidiu construir, do zero, uma nova fábrica deste produto químico totalmente estratégico.
Para pensar.
Complementando:
Como a venda da Embraer provou, “Golden Share” não vale absolutamente nada quando a intenção de um governo (ou desgoverno) é solapar os interesses estratégicos e a soberania de um país.
A NUCLEP será vendida e, posteriormente, que a comprar pode justificar “falta de interesse comercial” em seguir fabricando cascos de submarino, daí todo o investimento em pessoal e máquinas feitas para o PROSUB vai se tornar uma velha lembrança para os que um dia embalaram sonhos de ver uma Marinha forte.
Os “liberais” como sempre colocam o “deus mercado” acima de tudo e de todos!
Prezado André, a Embraer não está em nova fase, ela foi comprada e aos poucos deixará de existir, pra não faz sentido para a Boeing manter a empresa. Isso ocorreu porque o Brasil não tem capacidade para manter a esse setor estratégico, mas que consome muitos recursos.
Pensar que o livre mercado é fato é no mínimo ingênuo da tua parte, pois governos de países líderes não permitirão que outros os ultrapassem.
Muitas dessas empresas são cabides de emprego algumas dão prejuízo para o Estado tem muitos cargos de chefia e altos salários.
Até concordo com a opinião sobre a privatização vê o que se deu no governo petista
O roubo foi imenso.agora o submarino nuclear e de máxima importância para nossa soberania se tivéssemos uns 06 submarinos atômicos quero ver a França ter essa folga sobre a Amazônia.
Eu sou a favor das privatizações, se for possível privatizava tudo! Agora o caso da Nuclep é uma situação complexa. As indústrias de máquinas e equipamentos pesados, são as primeiras a entrarem em crise e as últimas a saírem. Por esta razão, a grande maioria das nossas indústrias pesadas não sobreviveu as sucessivas crises desde a década de 80.
Acho muito difícil que a Nuclep sobreviva se for privatizada. Infelizmente, a carga tributária no país torna alguns setores completamente inviáveis. Um bom exemplo é a industria naval.
O presidente Bolsonaro está indo no caminho certo, todos os países modernos diminuíram a presença do estado na economia, privatizando empresas e serviços , liberando o mercado para as empresas atuarem no livre mercado , falta uma reforma tributária que realize uma drástica redução da carga tributária do país, permitindo que empresas cresçam e se tornem competitivas…quanto ao submarino atômico, esse empreendimento não é uma prioridade do país na atual conjuntura econômica.
Agora te pergunto Marcelo, quando se dará essa conjuntura econômica? Se antes a desculpa era da inflação e crise política hoje o que impede a concretização desse projeto é uma conjuntura econômica desfavorável. Desse ponto de vista o submarino nuclear acaba não sendo viável nem quando o país está com deficiências de toda ordem nem em um momento de ascendência internacional. Qual será a próxima desculpa para desconsiderar esse tipo de navio em nosso arsenal?
Você usou apenas uma linha e meia para justificar sua opinião que não convence, mesmo se aprofundasse suas razões. Na prática ela não se sustenta nem se você fizesse um texto tentando justificar o injustificável! É por isso que o brasileiro, meu caro Marcelo, tem a cultura de achar que o Brasil é um país subdesenvolvido já para atrasar o Brasil dificultando o acesso a tecnologias vitais como um submarino nuclear. É desencorajar o brasileiro a ser patriótico: “para quê um submarino nuclear (?), vamos soltar balões ou pombas como país pacífico que somos”, “o Brasil não tem inimigos, o dinheiro que se investe em arsenais poderia ser usado em escolas e hospitais”. Frases como essas Marcelo são como lobos em pele de cordeiro! Camufla-se com um argumento eticamente aceitável para desencorajar algo importante para qualquer país: seu poderio, que é sua blindagem frente a ameaças vindas até mesmo de onde menos se espera. A Polônia é o maior exemplo do que estou escrevendo.
Desculpe o desabafo Marcelo mas o brasileiro precisaria perder o Brasil para um país invasor para dar valor a casa que possui. Mas aí pode ser tarde de mais. Caso você responda minha opinião (na verdade constatação), darei a minha justificativa especificamente sobre o submarino nuclear que o brasileiro não quer. Compartilho de sua opinião nos demais trechos da postagem, um abraço.
Amigo, apenas uma pergunta: você já estudou algo acerca da Tarifa Alves Branco? Bom, eu tenho 22 anos, mas graças a Deus tive uma formação na melhor escola de brasília, onde a história do Brasil era levada a sério, antes de falar em liberalismo, estude um pouco mais sobre os efeitos que isso teve para a gente quando implementado.
Caso tenha preguiça/desinteresse adianto-lhe que nossa industrialização foi atrasada em mais de 90 anos por causa da extinção da proteção à industria nacional, hoje seríamos bem diferentes e quase pioneiros se os “liberais do agronegócio”(os mesmos que estão no poder hoje) tivessem interesse na nação.
E como disse o senador Vergueira Campos à época da extinção da tarifa: “O Brasil é um país agrário e deve permanecer assim”, frase parecida com o ministro da economia do liberal Eurico Gaspar Dutra: ” O mundo é assim, vendemos o que produzimos melhor (agro) e importamos o que eles produzem de melhor (indústria)”. Gostaria que esse ministro estivesse vivo hoje para compreender que não há país desenvolvido sem forte indústria nacional.
Quem