São José dos Campos, 26 de dezembro de 2019 – A aeronave de transporte multimissão de nova geração KC-390 Millennium concluiu com sucesso a campanha de testes de lançamento de cargas por gravidade e de cargas pesadas por extração com emprego dos métodos CDS (do inglês Container Delivery System) e LVAD (Low Velocity Air Drop), respectivamente.
O KC-390 Millennium possui um sistema de manuseio e lançamento de carga em voo no compartimento de carga totalmente automatizado, em que um único mestre de carga (loadmaster) pode executar todas as atividades, reduzindo a carga de trabalho e incrementando a consciência situacional. Para os pilotos, um sistema chamado CCDP (Continuously Computed Drop Point) calcula automaticamente o ponto ideal de lançamento de carga para melhor precisão no cumprimento da missão. Ambos os sistemas foram desenvolvidos pela Embraer.
Os testes, conduzidos pela Embraer em cooperação com a Força Aérea Brasileira e o Exército Brasileiro, foram realizados nas instalações do Exército dos Estados Unidos, em Yuma Proving Ground, no Arizona (EUA). As principais realizações da campanha de testes foram o lançamento em voo de uma plataforma com peso máximo de 19 toneladas (42.000 libras), bem como o lançamento sequencial em voo de duas plataformas com peso total de 24 toneladas. Com base nesses resultados, o KC-390 Millennium torna-se o único avião de transporte de médio porte capaz de realizar tal operação.
Durante a campanha de lançamento de cargas em voo em 2019, o KC-390 Millennium lançou diversos contêineres por gravidade, com até 24 contêineres em uma única passagem, assim como diversas plataformas Tipo V utilizando paraquedas de extração, totalizando 330 toneladas de cargas lançadas.
Destaques adicionais da campanha de testes:
- Lançamento aéreo sequencial por extração com até quatro plataformas em uma única passagem;
- Lançamento por extração utilizando dois paraquedas de extração de 28 pés (8,5 metros) de diâmetro com o piloto automático acoplado;
- Sistema CCDP (Continuously Computed Drop Point) testado com sucesso para lançamentos por gravidade e extração em voo, demonstrando excelente precisão.
O manuseio da aeronave foi excelente em todas as condições de lançamento em voo, com os comandos de voo fly-by-wire extremamente eficazes no controle das mudanças de atitude de inclinação da aeronave durante e após cada liberação de carga. As situações mais exigentes de lançamento foram realizadas sem intervenção do piloto (sidesticks fly-by-wire na posição neutra). Os comentários extremamente positivos dos pilotos da Embraer e da Força Aérea Brasileira confirmam o desempenho superior desta aeronave durante as operações de lançamento de cargas em voo.
Muito agradecido pela atençào. Parabéns ao DAN pelas excelentes matérias.
O lançamento sequencial de conteineres deve ser bem crítico pois as variaçoes no centro de gravidade exige certamente a ajustagem das superfícies de controle ( Aceleraçao/desaceleração dos motores, acionamento de flaps e profundores, possibilidade de executar curvas e variações de altitude em condições de combate,etc) não só para conferir estabilidade ao avião como também garantir precisão no lançamento da carga e executar manobras de fuga em caso de ser atacado. Imagino que se este sistema estivesse presente (e ativado) no incidente do primeiro prototipo (logicamente nem era o caso de que estivesse sequer desenvolvido naquela data) poderia talvez ter sido evitada aquela fatídica manobra brusca. o que vcs acham?
Abraços a todos, com O desejo de que tenhamos um novo ano muito especial. Espero que ao final de 2020 a FAB já esteja operando pelo menos uns seis KC390 e que a Embraer tenha em carteira mais uns dez pedidos firmes.
Alguém pode explicar por que estes testes foram realizados em instalações do exército dos EUA no Arizona? No Brasil não existem condições para tanto? Francamente, é duro ler uma notícia como essa.
Acredito que esse post possa ajudar a te responder:
https://www.defesaaereanaval.com.br/aviacao/kc-390-realiza-testes-em-centro-do-us-army
Caramba hein, pallet de 19 t hein, eita bichão ,tem que respeitar. O pessoal lá ,acostumado com C-130 deve estar babando no Millennium.
Se a Marinha deve investir tudo wue tem na classe Riachuelo e na Classe Tamandaré, a FAB dev investir tudo que tem no desenvolvimento do KC-390 e no Gripen F39. O EB deve focar no desenvolvimento da família Guarani, talvez uma versão 8×8, defesa antiárea, Astros 2020, um missil de cruzeiro eficiente, e em um novo fuzil de assalto pois o Imbel IA2 parece estar apresentando vários problemas.