PARIS – O estaleiro italiano Fincantieri é bem conhecido por mostrar uma grande variedade de modelos em exposições navais, e um modelo enorme do navio de treinamento Amerigo Vespucci da Marinha italiana, domina a sua exibição na exposição Euronaval nos arredores de Paris. Mas escondida no meio de mais de duas dezenas de modelos de navios, um projeto da fragata FREMM com algo completamente diferente para a empresa – quatro painéis do radar Aegis SPY1-D sobre a superestrutura, junto com um sistema de lançamento de Mark 41 vertical.
Parece ser a primeira vez que uma empresa de construção naval está mostrando o sistema Aegis em um navio que não seja um projeto dos EUA e seus derivados japoneses / sul-coreanos ou em fragatas construídas e projetadas pelo estaleiro espanhol Navantia, que construiu navios com esse sistema para as Marinhas norueguesa e australiana.
Este projeto da Fincantieri é um projeto de conceito”theater ballistic missile defense surface combatant”, e tem a intenção de mostrar que o sistema Aegis, atualmente o único sistema de defesa com mísseis balísticos a bordo (DMO), pode ser instalado em um navio com um casco semelhante às fragatas multimissão FREMM construídas pela Itália e pela França.
Nenhum governo Europeu sinalizou a necessidade para construir um navio DMO, mas uma fonte da indústria disse que o projeto serve para mostrar que a Fincantieri já está pensando nesse sentido e tem um design facilmente adaptado para o papel DMO.
Nenhuma relação formal com a Lockheed Martin está por trás do projeto, disse a fonte da indústria.
Um porta-voz da Lockheed Martin na Euronaval não quis comentar sobre a concepção da Fincantieri, além de dizer que não houve acordo formal entre a Lockheed e a Fincantieri para desenvolver uma fragata Aegis.
“Eles estão claramente ligados com a Navantia em suas fragatas Aegis”, disse a fonte da Lockheed. “Mas isso pode ser uma solução vencedora também”, referindo-se ao projeto Fincantieri.
A fragata Aegis da Fincantieri usa o casco de 144 metros de uma variante FREMM com 6.500 toneladas, projetada para o Brasil, impulssionada por um motor diesel combinado com turbina a gás.
O estaleiro Fincantieri no entanto, tem uma forte relação com a Lockheed em um programa não-Aegis. A empresa possui o Fincantieri Marinette Marine, onde constrói o Littoral Combat Ship da Lockheed em Marinette, Wisconsin.
Enquanto a Lockheed produz vários projetos potenciais de exportação de seus LCS equipados com um sistema Aegis, não existem planos ativos para construir outros navios.
FONTE: defensenews.com
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
Enquanto a euronaval acaba. Ficamos parados e olha que nem tartaruga marinha fica parada. Acho interessante o U209 trident que Portugal adquiriu da Alemanha, 400 mts de profundidade? Incomodou até os gringos (EUA) pela invisibilidade! Talvez como subs não atômicos, fossem mais interessantes que os Marlins ou Escorpenes. E deixa os nucleares com o acordo Brasil/França.