A Procuradoria-Geral da Justiça Militar arquivou Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que apurava a suspeita de pagamento de propina no Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (Prosub) noticiada durante a Operação Lava Jato.
No último dia 19, o procurador-geral de Justiça Militar, Jaime Cassio de Miranda, determinou o arquivamento da apuração por “ausência de indícios concretos de envolvimento de militares da Marinha”.
A súmula da decisão foi publicada nesta terça-feira, 23, no Diário Oficial da União.
Segundo a decisão, o procedimento havia sido instaurado pela Procuradoria de Justiça Militar do Rio de Janeiro para apurar “supostas práticas corruptivas descortinadas no âmbito da Operação Lava Jato, a partir de declarações de colaboradores, sem menção expressa a influências concretas no âmbito do Comando da Marinha ou de suas unidades subordinadas responsáveis pelo programa”.
Ao determinar o arquivamento, Miranda registrou “o afastamento do sigilo bancário da empresa contratada”, “resultado que não trouxe elementos úteis à apuração”.
O procurador-geral concluiu que “o PIC não se presta a ‘auditar’ o Prosub, tarefa que é reservada constitucionalmente ao Tribunal de Contas da União”.
As suspeitas sobre possível esquema de corrupção envolvendo a construção dos submarinos brasileiros foram divulgadas em 2017 após revelações do chefe do setor de infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Júnior, nos depoimentos de sua delação premiada.
Fonte: Folha de São Paulo
Odebrecht e propina? Magina …
Ou seja não se identificou militares na corrupção nesse programa, mas creio que as investigações pela Força Tarefa da Lava Jato devam estar em curso p/ pegar os civis, porque não dá p/ acreditar que c/ tantos casos de propinas até em licitações de menores valores, a famosa empreiteira e os políticos que comandavam o país a época teriam deixado essa grande oportunidade passar.
É exatamente isso….
Embora não tenham sido descobertos indícios da participação de militares é extremamente provável que civis ligados ao partido que então ocupava o Governo Federal tenham se envolvido em atos ilícitos, especialmente em virtude do formato legal extremamente suspeito que foi feito para o programa (sequer foi feito um procedimento de dispensa e a notória empreiteira foi contratada diretamente pelos franceses e não pelo dono dos recursos, o governo federal brasileiro) e as altas cifras envolvidas (21 bilhões de reais)
Ou seja, o principal ñ é esclarecer fatos e responsáveis, mas usar as investigações pra atingir interesses políticos mostrando apenas a corrupção q convém e acobertando o resto. Cada vez mais vivemos em um mundo de cinismo e hipocrisia. No Brasil já não dá pra acreditar mais em nada. O bolsonarismo está acabando com esta país.
Tire a venda do radicalismo político e enxergue a realidade. Ninguém está fazendo perseguição política c/ investigações. O fato de não haver militares envolvidos em corrupção é simples de explicar: não seria inteligente nem necessário uma vez que quem controla o processo de um projeto desse vulto são os governantes civis, não foi verba da MB deslocada p/ isso, tem que ser verba extra devido ao montante, então que aprova e libera ( governo ) é que pode exigir propina. O mesmo mecanismo usado na Petrobras, por exemplo, podemos até fazer um paralelo que assim como os funcionários da estatal não se envolveram em corrupção, mas suas diretorias e presidência, os militares também estavam fora do esquema.
Depois da depredação institucional e saque generalizado aos cofres públicos havido de 2003 a 2016 o que vier na sequência é apenas continuidade…….
O fato é que todo esse programa foi idealizado e executado durante o governo que citei acima ou seja, eventuais fatos criminosos relativos ao mesmo vão invariavelmente envolver os agente políticos e administrativos que estavam ligados ao partido que estava então no poder. E isso sim é investigar fatos e condutas criminosas