Formosa (GO), 14/07/2019 – A cerca de 80 quilômetros de Brasília, 1,9 mil fuzileiros navais vivem, durante dez dias, situações reais de conflito.
Nomeada de Operação Formosa, a atividade prepara os militares para condições de pronto emprego em um terreno de mais 60 de quilômetros de extensão. Considerado o maior exercício realizado pela Marinha no Planalto Central, a ação dos militares envolvidos ocorre de 8 a 18 de julho, no Campo de Instrução de Formosa, em Goiás. O período de montagem até a desmontagem de todo aparato dura, em média, três meses.
A operação, que ocorre uma vez por ano, é dividida em três partes. Na primeira, os fuzileiros recebem orientações táticas. Já na segunda, iniciam a fase prática quando vão a campo realizar atividades como descontaminação de agentes nucleares, biológicos, químicos e radiológicos, efetuar procedimentos no Hospital de Campanha e desativar artefatos explosivos, por exemplo.
Eles também simulam manobra tática com carros blindados e sistemas de armas. Por último, simulam o que chamam de cabeça de praia, como se a tropa tivesse desembarcado dos navios transportes para ocupar o território inimigo e assegurar possíveis acessos ou avanços.
Durante o exercício, pela primeira vez uma mulher comandou um pelotão de infantaria. À frente de um grupo de cerca de 50 militares, a Tenente Liana de Magalhães avaliou a experiência como gratificante. “Estou vibrando bastante. Realmente era isso que eu queria e a Marinha me deu esse espaço”, disse. Ela ingressou no Corpo de Fuzileiros Navais há 18 anos como musicista. Depois passou para o quadro de oficiais e, recentemente, fez o curso de Aperfeiçoamento em guerra anfíbia.
Com entusiasmo semelhante ao de Liana, o Tenente Gabriel da Rocha vê a operação como oportunidade enriquecedora para a vida pessoal e militar. Desde 2010 na Marinha, durante o exércício ele vive a difícil experiência de chefiar um pelotão de blindados. Em Formosa, o Segundo Tenente é comandante dos Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf). “É um desafio, mas essa é uma operação conjunta em que podemos realizar com todos os meios do corpo de fuzileiros navais para manter a melhor coordenação e maior controle. Isso contribui para o maior aprestamento da tropa”, diz o Tenente lotado no Batalhão de Viaturas Anfíbias, no Rio de Janeiro.
Além dos Carros Lagarta, no exercício são empregadas aeronaves, veículos blindados, mísseis superfície-ar (MSA), aeronaves remotamente pilotadas (ARP), obuseiros de artilharia e lançadores múltiplos de foguetes ASTROS.
Todos os armamentos e sistemas de armas utilizam munição real. “É uma operação extremamente complexa. O emprego de todos esses meios faz a diferenciação desse exercício, há toda uma estrutura”, ressalta o chefe do Estado Maior da Armada, Almirante de Esquadra Celso Luis Nazareth.
Na edição deste ano da Operação Formosa, foi utilizado pela primeira vez o recém-adquirido Sistema Integrado de Comando e Controle do Corpo de Fuzileiros Navais (SIC2CFN). A entrega do sistema está prevista para novembro deste ano e o emprego durante o exercício foi como teste. O equipamento facilita o gerenciamento das ações no campo de batalha, possibilita a obtenção de dados, viabiliza a comunicação entre os elementos de combate e realiza ações de guerra eletrônica contra forças adversas. “Por ser eletrônico é importante para termos a informação em tempo real, utilizando, inclusive, imagens de satélites onde temos os acompanhamento das nossas tropas”, destaca o Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Leonardo Puntel.
Na sexta-feira (12), autoridades do Alto Comando Militar, deputados e senadores, assistiram à demonstração dos fuzileiros navais no campo de instrução.
Para representar o Ministério da Defesa, estiveram presentes o chefe de Assuntos Estratégicos, Almirante Cláudio Portugal de Viveiros, o secretário de Produtos de Defesa, Marcos Degaut, o assessor militar do Ministro da Defesa, Contra-Almirante Carlos Chagas, além de demais integrantes do gabinete do ministro Fernando Azevedo.
A demonstração foi coordenada pela Força de Fuzileiros de Esquadra (FFE), que é a responsável pela área operativa dos Fuzileiros Navais.
Com intuito é preparar seus militares para atuar em diferentes tipos de conflito, desde os de alta intensidade, tais como as guerras convencionais, até em operações de caráter humanitário e de paz, as atividades prosseguem até a quinta-feira (18).
FONTE: MD
FOTOS: MB
dan vocês possuem planos de visitar o tonelero para fazer uma entrevista e seção de fotos?
Sim. Em breve faremos.
Tenho uma dúvida em relação a estes exercícios, não sei se já são feitos ou não mas será que não seria interessante promover um exercício com comandos agressores onde em vez de simular um ataque nós teríamos um ataque real (claro que não usando munição de verdade) onde poderíamos ter áreas tomadas a serem recuperadas, áreas inimigas a ser tomadas, planejamentos de ataques e defesa tudo pra fazer adestramento dos soldados e dos comandos que teriam uma guerra a ser respondida e/ou planejada, enfim, eu acredito que seria um exercício que deveria ser realizado constantemente e em todas as forças mas como eu disse não sei se é feito ou não e se for feito então gostaria que fosse divulgado aqui pra gente poder saber também tanto pelos moderadores do site como pelos usuários que tem melhores conhecimentos do meio militar. Abraços a todos.
Beto,
Eles são feitos rotineiramente.
Abr,
Sim..sempre a nos exercícios o chamado ” figurativo inimigo “..
Sim…gosto e leio muito sobre assuntos militares…aqui de longe fico pensando… segundo a matéria…uma fuzileiro do sexo feminino, que entrou para ser aproveitada na área de música…comandando um pelotão de fuzileiros!? Num exercício dessa envergadura… Gostaria de ver esse padrão…até dos outros que foram sobrepujados por ela…gostaria mesmo…afinal trata-se de uma tropa de elite! Deve ser inédito esse fato.
Fuzileiros com Sk105 , e canhão do Tempo do Zagaia , essa Marinha do Brasil está de Brincadeira , Armamentos Obsoletos ,isso é uma Gozação
Pergunta de leigo: na primeira foto aparece um soldado com carregadores (ou seriam “pentes”) alojados em compartimento da farda na altura do seu peito. Esse é o procedimento corriqueiro? Não seria perigoso, no caso de munição real, haja vista que ao ser alvejado no peito eventualmente detonaria alguma das balas? Como disse, essa é uma pergunta de um leigo… Obrigado!
Na primeira foto se trata de um Comandos Anfíbios, com carregadores de 5.56 alocados em sua placa balística (Plate). E não, não existe esse perigo. Além do mais são homens com treinamentos especiais para guerra não convencional, o emprego deles é para ocasiões diferentes dos empregados pelos demais fuzileiros navais.
Zero problemas!! 🙂 é o pessoal do Tonelero, eles sabem o que estão fazendo…
Tiro nenhum detonaria a munição e ainda serve como blindagem extra.
Isso jamais ocorreria amigo e devo ressaltar que na imagem é um comanf… logo, se trata de um homem bem adestrado e consciente do que faz.
Entregar estratégia de defesa. ?
A quem interessa saber?