O Instituto de Estudos Avançados (IEAv), unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) em São José dos Campos (SP), recebeu a documentação do Projeto Detalhado do Demonstrador Tecnológico SCRamjet 14-X S, entregue pela empresa Orbital. Essa é a última fase contratual do projeto, que visa ao desenvolvimento de um motor hipersônico aspirado – ou seja, capaz de fazer veículos voarem a mais de 6.000 km/h, utilizando o próprio oxigênio atmosférico para a queima de combustível.
O SCRamjet (do inglês, Supersonic Combustion Ramjet) é o nome dado ao motor, cuja tecnologia apresenta vantagens como ganho de espaço de carga útil, redução de peso total de decolagem e da quantidade de combustível necessária para a operação.
Neste mês, a empresa contratada está realizando uma série de reuniões com especialistas do próprio IEAv, do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), para revisão do projeto detalhado, avaliando e ratificando as informações lá existentes.
“Finalmente estamos a ponto de dizer que alcançamos o estado esperado, como projetado, de todos os subsistemas do demonstrador Scramjet 14-X S, os quais ainda vão ser revisados, a fim de que então possamos iniciar a fabricação, qualificação e integração, o que ocorrerá ainda neste ano de 2019”, comenta o gerente do projeto 14-X, Israel Rêgo.
Para o Diretor do IEAv, Coronel Aviador Lester de Abreu Faria, o projeto 14-X, batizado desta forma em homenagem ao centenário, em 2016, do primeiro voo do 14-Bis, vai colocar o Brasil em um grupo seleto de países. “Estamos cada vez mais perto de romper essa barreira tecnológica da propulsão hipersônica, que hoje é diferencial no mundo. Com a superação dessa etapa, o Brasil se coloca entre as maiores e mais desenvolvidas potências mundiais, dando a demonstração de que o domínio de alta tecnologia e de tecnologias disruptivas fazem parte de nossas capacidades e competências”, avalia o oficial.
Em 2020, a FAB realizará o primeiro ensaio em voo para demonstração e operacionalização da tecnologia de propulsão hipersônica aspirada, que terá aplicação tanto civil quanto militar.
Maurício, seu comentário foi perfeito e merece muita reflexão.
Acho fantástico a capacidade de superação de nossos cientistas, porém, enquanto entendimento de mundo, um pouco infantil. Como cientistas envolvidos em um experimento tão estratégico e com capacidade de ameaçar a segurança de várias nações, inclusive a da maior potência bélica atual se expõe a tirar fotos como essa? Lembro de fato histórico ocorrido em 1960 quando o Egito recrutou mais de 100 cientistas alemães e estava prestes a desenvolver mísseis de longo alcance. Israel percebeu o perigo a sua segurança iminente e repentinamente os cientistas foram morrendo de diversas causas a ponto de inviabilizar o projeto bélico do Egito. Esse mundo não tem espaço para inocentes. O ocorrido com o VLS que o diga.