Quando o NPaOc ‘Amazonas’- P 120 chegou ao Rio de Janeiro, Defesa Aérea & Naval optou por fazer uma abordagem voltada para a chegada do navio em si, mostrando a coletiva a bordo com o Ministro da Defesa e com o Comandante da Marinha, dando espaço para a chegada da tripulação após 5 meses fora de casa e o reencontro com as famílias. Agora abordaremos o navio.
Navio Patrulha Oceânico Classe ‘Amazonas’
O NPaOc ‘Amazonas’ – P 120, foi construído pela BAE Systems na Inglaterra e dá o seu nome a nova classe de navios de Patrulha Oceânico da Marinha do Brasil. Além do ‘Amazonas’, a MB adquiriu mais 2 navios da mesma classe, batizando-os com importantes nomes de rios brasileiros. São eles, o NPaOc ‘Apa’ – P 121 (com chegada ao Brasil prevista para fevereiro de 2013) e o NPaOc ‘Araguari’ – P 122 (com chegada prevista para o 2º semestre de 2013). É possível que o NPaOC ‘Apa’, quando chegar ao Brasil, já tenha o hangar telescópico instalado ( à confirmar), o que irá aumentar muito a capacidade operacional do navio.
Emprego
Em caso de conflito, os navios de patrulha destinam-se ao patrulhamento das águas jurisdicionais brasileiras, efetuando patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração de petróleo e defesa dos portos.
Em tempos de paz, fiscalizar os recursos do nosso mar territorial, da zona contígua e da zona econômica exclusiva(ZEE), fiscalizar as plataformas de petróleo impedindo ações de sabotagem, realizar operações de Busca e Salvamento (SAR), ao longo da extensa área marítima sob a responsabilidade do Brasil e reprimir as atividades ilícitas tais como: pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho contando com 2 lanchas Pacific 24 para auxiliar essas operações.
Devido à sua grande autonomia, o navio poderá fiscalizar grandes áreas marítimas, tendo, com o uso da aeronave orgânica (helicóptero), essa capacidade ampliada de forma contundente.
Propulsão
Com 2 Motores de Combustão Principal ( MCP), MAN 16V28/33D de 7.350HP, acoplados cada um a uma linha de eixo com hélice de passo variável, por meio de engrenagem redutora. As variações de velocidade para otimizar desempenho/economia, são efetuadas com combinações de rotação do eixo com o passo dos hélices que podem ser executadas remotamente do passadiço ou do Centro de Controle de Máquinas (CCM), havendo ainda a possibilidade de controle local na praça de máquinas. O navio conta ainda com um “Bow Thruster” para auxílio nas manobras de atracação.
Geração de Energia
O sistema de geração de energia do navio possui 3 Motores de Combustão Auxiliares (MCA), Caterpillar de 550Kw e 1 Diesel gerador de emergência Caterpillar de 200Kw.
Máquinas Auxiliares
O navio conta com 2 sistemas de Osmose Reversa com capacidade de produzir até 14 ton/dia de água doce cada um. Um sistema de combate à incêndio composto de 3 canhões d’água e um Guindaste com capacidade para 16 toneladas, que dentre várias atribuições, também é usado para içar uma mini balsa orgânica, quando houver a necessidade de receber uma embarcação menor a contra-bordo.
Armamento
Como armamento principal o navio conta com 1 canhão MSI DS30M – MK 44 de 30mm, 2 canhões MSI DS25M – M242 de 25mm e 2 metralhadoras 12,7mm (.50) FN Herstal removíveis com suportes da AEI Land Sistems.
Tripulação – Acomodações
Além do Comandante, o navio tem uma tripulação de 80 militares, sendo 11 oficiais e 69 praças. Segundo o Comandante, uma das muitas características que impressionam no navio é que ele possui capacidade para acomodar uma tropa de Operações Especiais de até 50 soldados, caso seja necessário o envio dos mesmos para operações longe da costa.
COC – Centro de Operações de Combate
O COC do navio possui espaço suficiente para acomodar o sistema de dados táticos OSIRIS, que integra os sensores e o armamento do navio. A partir das informações do radar de busca combinada e da alça optrônica com câmera de vídeo, pode-se operar tanto o canhão de 30mm quanto os 2 de 25mm. Cada canhão de 25mm possui um console dentro do COC. O COC conta ainda com a ajuda de uma câmera de imagem térmica e de um telêmetro a laser.
Características Gerais
– Comprimento total: 90,5 m;
– Boca: 13,5 m;
– Calado de navegação: 6,0 m
– Deslocamento máximo: 2.060 ton;
– Velocidade Máxima: 25 nós;
– Raio de Ação: 4.000 MN à 12 nós;
– Autonomia: 35 dias
– Capacidade de Carga: 06 conteineres de 15 ton acomodados no convoo.
– Capacidade de combustível: 320 mil litros de óleo diesel, com consumo de 10 mil litros por dia e 15 mil litros de JP-5 para as operações aéreas.
– Convoo: Capacidade de operar com helicópteros: IH-6B Jet Ranger (HI-1), UH-12/13 Esquilo (HU-1), AH-11A Super Lynx (HA-1) e segundo informação do comandante, também com o MH-16 Seahawk (HS-1).
Boa noite
Obrigado.
Tomara que o governo não atrapalhe como no finado FX2.
Caro Padilha
Boa noite
Excelente reportagem e belas fotos.
O navio parece muito bom. A MB pretende construir mais navios desta classe no âmbito do PROSUPER ou haverá nova concorrência.
Grato
Sim Cassio, deveremos ter mais NPaOcs, mas ainda não está definido se seguiremos a linha da classe Amazonas ou se a MB/MD decidirá por outro modelo.
A tendência é que optemos pela classe Amazonas, porque recebemos as plantas.
Mas em se tratando de política, quem pode saber?
Amigo PADILHA, não deixe de postar as fotos que sobraram.Um abração do MENDES.
Muito legal a solução do hangar telescópico, estou curioso para visualizar a instalação e o funcionamento.
Roberto, o Hangar será instalado sobre o convoo. Não temos detalhes ainda. A operação do guindaste com ele estendido deverá ser restrita, mas os benefícios serão enormes com o convoo.
Parabéns Padilha, ficou muito bom e detalhado.
Grande abraço
Ótima matéria , parabéns .
Tenho uma curiosidade .
Como seria e onde seria instalado o hangar telescópico ?
Neste caso , ele não limitaria a operação do guindaste ?
Obrigado Roberto e Mendes.
Fico feliz por terem apreciado.
Ainda sobraram muitas fotos. hehehehehe
Caríssimo PADILHA, falar da cobertura, dizer que ela é SHOW, é chover no molhado, o mínimo que eu posso dizer é MUITO OBRIGADO.Um abração do MENDES.
Muito boa matéria. Parabéns, Padilha.