A Independência do Brasil e a atuação do Exército

Brasília (DF) – 7 de setembro: uma data de destaque na história nacional e que desperta, em cada brasileiro, o orgulho comum aos povos livres. Mas o dia que celebra a independência do nosso país é também uma oportunidade para relembrarmos que todo o processo de libertação foi uma conquista árdua, com a participação decisiva do Exército Brasileiro. São vários os fatos que confirmam que a abnegação, a liderança e a coesão dos integrantes da Força foram determinantes para a consolidação da autonomia do País.

A independência brasileira foi o resultado de diversas ações políticas, sociais e econômicas, que culminaram com o retorno de Dom João VI a Portugal e com a regência de Dom Pedro no Brasil. Com apoio das elites políticas locais, o príncipe regente permaneceu no Brasil, rompeu os laços com as Cortes de Lisboa e liderou o Exército na conquista da soberania brasileira. O processo de independência, porém, vai muito além do 7 de setembro. Tropas e cidadãos portugueses presentes no Brasil continuaram a lutar por Portugal. Assim, foram prolongados os conflitos, com dissidências, batalhas e perda de vidas.

Apesar de o momento histórico ser simbolizado pela data de 7 de setembro de 1822, diferentes batalhas ocorreram em solo pátrio até 1823. A coesão, a liderança, os valores e a ética dos militares do Exército Brasileiro colaboraram para a vitória nas batalhas pela Independência. Com essa mesma determinação, o Exército segue no enfrentamento aos desafios da atualidade.

Foi em conflitos como a Batalha do Jenipapo, no Piauí, e as guerras de independência da Bahia que surgiram grandes heróis, como Joana Angélica, José Joaquim de Lima e Silva, Major Ladislau dos Santos Titara, Tenente João Francisco de Oliveira e Maria Quitéria de Jesus, entre tantos outros.

Os conflitos pela independência também foram o batismo de fogo do então alferes Luis Alves de Lima e Silva, futuro Duque de Caxias e Patrono do Exército Brasileiro. Em 1823, o jovem militar integrava o Batalhão do Imperador, que foi destacado para a Bahia, onde seria pacificado o movimento contra a independência comandado pelo General Madeira de Melo. No retorno da campanha, recebeu o título que mais prezou durante a sua vida: o de Veterano da Independência. A atuação de Caxias em campanhas internas apaziguou as insatisfações das províncias rebeldes e contribuíram para a manutenção da unidade nacional. As características de chefe militar evidenciadas por ele nessas campanhas colaboraram para a sua escolha como Patrono do Exército Brasileiro.

Sem o Exército e sem a recém-constituída Marinha, o Brasil não teria conquistado sua independência. A ostentação da força e a mobilização armada permitiram a consolidação da autonomia, da unidade e da integridade nacionais. A atuação militar dos brasileiros é algo visível através dos séculos de história da Nação – de forma que o verde-oliva confunde-se com o verde da Bandeira Nacional.

A participação da Força Terrestre no processo de emancipação do Brasil é prova do compromisso histórico do Exército com os interesses nacionais e de sua atuação em prol dos brasileiros.

Ao longo desses 201 anos de Independência, o profissionalismo, a eficiência operacional e o permanente estado de prontidão do Exército Brasileiro, como instituição de Estado, têm sido decisivos para o fortalecimento da nossa soberania.

FONTE: EB

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