“Aviação Naval”
DAN – Qual o atual estágio da modernização dos caças A-4 Skyhawk (AF-1) na Embraer? Existe a possibilidade de mais aeronaves serem enviadas para modernização?
AE Leal Ferreira – O Programa de Modernização das aeronaves AF-1/1A significa um salto de qualidade da aviação naval brasileira. Os equipamentos que estão sendo instalados representam o estado da arte em termos de aviônica e sensores. As primeiras impressões, obtidas pela campanha de ensaio realizada pela Embraer, são as melhores possíveis. As capacidades incorporadas à aeronave têm se demonstrado promissoras, no que diz respeito ao incremento da operacionalidade do meio. Inclusive, a primeira aeronave deverá ser entregue à Marinha do Brasil (MB) no próximo dia 26 de maio.
A despeito do sucesso do programa, a Força não tem intenção, neste momento, de aumentar o número de aeronaves que estão em processo de modernização, em função de outros projetos que existem em andamento na Força.
DAN – Na arena aérea atual, o combate se faz com mísseis BVR. Está prevista a adoção de um míssil desta classe para nossos caças? Se afirmativo, qual seria?
AE Leal Ferreira – Essa possibilidade não foi descartada, mas a MB avalia a substituição dos atuais Sidewinder AIM-9H. Ressalta-se que os mísseis BVR, por serem de custo mais elevado, ainda não foram considerados.
DAN – Qual o míssil ar-ar será adotado? O A-Darter?
AE Leal Ferreira – O míssil Sidewinder AIM-9L/I-1 é avaliado, no momento, como sendo o de melhor custo-benefício, considerando as necessidades de integração com a aeronave. Entretanto, o míssil ainda não foi selecionado e, por essa razão, o A-Darter permanece com uma opção.
DAN – Está prevista a adoção da capacidade de lançar mísseis ar x superfície pelo VF-1?
AE Leal Ferreira – Essa possibilidade existe, mas ainda não há definição sobre um sistema que possa ser integrado à aeronave.
DAN – O programa das aeronaves COD/REVO está mantido? A criação do esquadrão VEC-1 está mantida?
AE Leal Ferreira – O Programa COD/AAR que visa à modernização, remotorização e reconfiguração de quatro células de aeronaves C-1 Trader, adquiridas da US Navy, para o padrão COD/AAR KC-2 Turbo Trader, está mantido. Em que pese as restrições financeiras impostas, as etapas contratuais estão sendo executadas conforme prevê o contrato em vigor. No entanto, não são descartados possíveis ajustes no cronograma físico-financeiro fruto do orçamento disponível para o Programa.
Vale ressaltar que a introdução da aeronave KC-2 é estrategicamente importante para a MB, por ser um dos meios necessários para viabilizar a operação da Força Naval em “Águas Azuis”. Seu alcance, suas capacidades de transporte de carga e de passageiros e de reabastecimento em voo permitirão um incremento considerável na dimensão logística da Esquadra.
Com a chegada desses novos meios, atualmente previstos para o período de 2018 a 2020, será criado o esquadrão VEC-1.
DAN – Para quando está prevista a decisão sobre as aeronaves AEW?
AE Leal Ferreira – A decisão para a implementação do Programa relativo às aeronaves AEW, avaliado como mais complexo e com necessidade de maior aporte de recursos dos que estão em curso, será tomada com base no resultado operacional do Programa COD/AAR, a fim de permitir uma avaliação mais precisa de sua viabilidade de implementação.
DAN – O Sr poderia falar sobre a proposta da SAAB para a MB, de desenvolver o caça naval Sea Gripen? Caso a MB opte pelo Sea Gripen, a operação se daria no NAe São Paulo ou apenas no futuro porta aviões do PRONAE?
AE Leal Ferreira – A empresa SAAB apresentou dados técnicos que indicam a possibilidade de uma futura versão naval da aeronave Gripen NG operar, com segurança, a bordo do NAe São Paulo.
Ainda de acordo com as estimativas iniciais, a atual expectativa de similaridade entre os modelos Gripen NG e o Sea Gripen está em torno de 90 a 95%, o que traria diversos benefícios quanto aos aspectos relativos à manutenção e ao treinamento. Devido à importância do Programa FX-2 da FAB, principalmente como instrumento de fomento da cadeia produtiva e aumento da autonomia do País na área de Defesa, considero que o desenvolvimento das aeronaves Sea Gripen seria uma importante oportunidade para consolidar o processo de transferência de tecnologia, confirmando a capacitação da Indústria de Defesa Nacional.
DAN – A aviação de asas rotativas na MB foi a que sofreu uma modernização impressionante nos últimos anos. O que o Sr poderia adiantar sobre a novas aeronaves de instrução para o HI-1, de novas aeronaves para o HU-1, da modernização dos Super Lynx, de novos Sea Hawk e dos novos helicópteros UH-15A?
AE Leal Ferreira – Quanto aos Bell Jet Ranger da MB, encontra-se em fase final o Projeto do Novo Helicóptero de Instrução (IH), que visa à obtenção de 30 aeronaves em dois lotes distintos: o primeiro de 21 aeronaves, até dezembro de 2015, e o segundo de 9 aeronaves, até 2030. No projeto estão participando as seguintes empresas/modelos de aeronaves: BELL Textron – BELL 407 GT; Agusta Westland – AW119KX e SW-4; e Eurocopter/Helibras – AS550 C3E (Fennec) e AS350 B3E (Esquilo).
Já para substituição dos UH-12/13 Esquilo, empregado em quatro Esquadrões de Helicóptero de Emprego Geral (HU-1, HU-3, HU-4 e HU-5) da Força, o PAEMB vislumbra a aquisição de 60 aeronaves divididas em três lotes (24, 24 e 12) até 2030. Para tanto, foi elaborado e está em trâmite para aprovação o Projeto do Novo Helicóptero de Emprego de Geral de Pequeno Porte (UHP).
Com relação à modernização dos Super Lynx, o contrato assinado com a Agusta Westland, em 30 de junho de 2014, para atualização de meia-vida de oito helicópteros Super Lynx AH-11A (Mk21A) prevê a substituição dos atuais motores pelo LHTEC CTS800-4N (os mesmos que equipam o AW159 Wildcat), do sistema de navegação, a inclusão do Full Glass Cockpit e novos sistemas de aviônica, além do pacote de suporte e treinamento.
As atividades de atualização terão início em meados de 2015 na fábrica da Agusta Westland, em Yeovil- Inglaterra, com o primeiro helicóptero programado para ser entregue ao Esquadrão HA-1 no segundo semestre de 2017 e a conclusão dos oito helicópteros prevista para o ano de 2019.
Com relação às aeronaves SH-16 Sea Hawk, destaco a sua capacidade emprego múltiplo sendo equipadas com um sonar de baixa frequência, um radar de múltiplas capacidades, um sistema MAGE e equipamento eletro-óptico (FLIR). Possuem ainda a possibilidade de lançamento do míssil Penguin, torpedo MK46 e, em breve, metralhadora lateral 7.62 mm. Em agosto de 2012 a MB recebeu as quatro aeronaves inicialmente contratadas, que foram transferidas para o setor operativo, sob a subordinação do HS-1, na mesma época.
As duas aeronaves restantes estão no seu final de construção na Planta de West Palm Beach-FL da empresa Sikorsky Aircraft Corporation, com a entrega prevista para ocorrer no início do segundo semestre de 2015.
Dos novos helicópteros UH-15/15A, até o presente momento, foram recebidas quatro aeronaves das 16 previstas para a MB no Projeto H-XBR. Esses meios aeronavais são de última geração e trazem consigo sofisticados e modernos equipamentos aeronáuticos.
Não sei se ha alguma restrição o AF-1 operar o míssil harpoon se sim poderia integrar o penguin nele como arma asw junto com o mar-1, seria uma interessante configuração. Uma pergunta sobre os sea hawk, eles vieram com MAD ?
O AF-1B/C vai operar MANAER (MANSUP versão ar-mar), previsão de ficar pronto em 2020. Segundo fontes da MB.
A todos amigos que queiram saber mais sobre as capacidades e o que está sendo feito na modernização do AF-1M recomendo a leitura aqui mesmo no DAN, pequise por :
“Exclusivo – Programa de modernização dos caças AF-1/1A da Marinha do Brasil”
Da mesma forma os que duvidam da capacidade do KC-2 Turbo Trader (C1-A na MB) de se manter operacional por muitos anos após a modernização peço que leiam também aqui no DAN :
“United Aeronautical Corporation, mantendo os AF-1 e KC-2 da Marinha voando por muitos anos”
As duas leituras são reportagens bem esclarecedoras do Padilha e do Wiltgen “in loco” e tiram bastante dúvidas em relação a esses dois programas da Marinha, \m/…
em vez do kc-2 porque nao o v-22 que li que a marinha demostrou entenrece creio a sua capacidade sao muito superiores ao kc-2 além de que poderia a ser utilizando em o futuro navio assalto anfíbio
É bem difícil especificar quais as prioridades da MB hoje, pois ela carece de praticamente todos os meios e o pior , com urgência, e pior ainda tudo é muito caro, e pior ainda não temos dinheiro nem capacidade instalada para fazê-los e para ajudar me vem uma crise, tudo que os políticos precisam para justificar a tesourada…
Precisamos das escoltas = Caríssimo e demorado
Precisamos dar continuidade nos submarinos = Caríssimo, demorado e difícil
Queremos a reforma do PA e da sua ala aérea = Caríssimo, demorado, difícil e trabalhoso
Deus ajude a Marinha do Brasil …
Olá Topol,
Justamente por isso, acredito ( como defendi em um post anterior ) que a MB deveria adotar um regime de construção de emergência, dando prioridade a meios de menor tonelagem, mas que ainda assim fossem capazes de manter a MB como força efetiva de combate. E os demais programas, que também são absolutamente necessários, seriam colocados em “banho maria” e tocados apenas quando e se sobrar algum. Faria apenas exceção para a construção de submarinos convencionais e a modernização dos Super Lynx…
Assim sendo, acertar-se-ia imediatamente ( ainda esse ano ) a construção de vasos dentro das 2000 toneladas, o que iria compreender mais navios da classe Amazonas, e uma nova classe de corvetas. Para estas ultimas, pegaria um projeto já pronto, o que poderia ser algo como a Gowind, uma variante das SIGMA ( 9113 e adiante ), ou mesmo MEKO A-100 ( Gawron ). A Braunschweig também é interessante, se receber um hangar.
Vou citar as minha razões:
Sim, compensa investir no A-12 porque foi pago muito barato nele e claro que o estado hoje é de quase sucateamento no entanto compensa sim investir o dinheiro que economizamos na aquisição em dele em sua reforma… O casco e a superestrutura que é o principal foram vistoriados e deduziu-se mais 20 anos de operação…
O projeto conceitual será finalizado esse ano e nos dirá todos os reparos que serão necessários e quais as empresas podem ser contratadas e quanto custará essa reforma… De qualquer forma ainda vejo que será vantajoso frente aos 15 a 20 anos de operação com capacidade full, com os principais equipamentos do navio novinhos…
Agora um fator crucial que dirá se compensa ou não reformar o porta aviões é se no mesmo rítmo será feita a reforma das aeronaves AF-1M e dar a elas além da capacidade de auto defesa com o A-Darter, a capacidade de ataque a superfície com um míssil Harpoon ou Exocet por exemplo… Não adianta nada investir pesado na reforma do PA para colocar aviões desarmados em cima dele… O A-12 operando full e com uma ala aérea de pelo menos 9 a 12 Sky Hawks modernizados com mísseis anti navio e míssies WVR de 5ª geração já são uma ameaça e tanto… e como disse o Padilha, dane-se a aerodinamica o que manda é poder afundar o maior numero de navios possível com eles e o mais longe possível da costa…
Da mesma forma se torna imprescindível a revitalização do KC-2 COD para manter PA em atividade no mar e aumentar as canelas do Falcões com reabastecimento aéreo… O S2T MASC pode esperar e ser adaptado um UH-14 para a função EW&C para economizar…
Além dessas capacidade ainda teremos uma plataforma mais capaz para aumentar os Sea Hawk anti submarino que não conseguem operar a partir de nossas fragatas
E principalmente durante esses 15 ou 20 anos de operação a marinha ganhará capacidades nunca antes experimentadas no Brasil e formará tripulações com experiencia com equipamentos apresar de antigos mas modernos com os up-grades que serão feitos e assim ganhará mais força para pressionar o GF a aprovar o PRONAE e os Sea Gripens para o novo PA no futuro…
Sorry Tio Lula…
O futuro nome da unidade depois da modernização será:
A-13 Pernambuco
Antes de ‘p” e “b” se escreve com “m”….
PRINCIPALMENTE se o PMM atrasar e for ELE que estiver de volta na cadeira do Planalto.
Nome dele:
Vice-Almirante Satish Soni, propôs a Boeing o V-22 AEW durante contatos no Dubai Air show de 2011 !!!
A solicitação perdeu força pela demora nos anos seguintes mas voltou com toda força recentemente com a chegada do novo governo Modi e a Índia voltou a negociar seriamente este projeto de AEW baseado no V-22.
Acho engraçado o monte de urubu contra a modernização do São Paulo..
Existe uma gama grande de programas paralelos ao PMM do São Paulo, modernização dos A-4, modernização dos C-1 Trader, AEW e Sea Gripen.
A modernização do São Paulo só não sai se a MB se mostrar incapaz de fazer TECNICAMENTE a modernização no AMRJ. Não existe simplesmente a POSSIBILIDADE de a MB desistir da modernização por decisão estratégica militar e mesmo que venham a ocorrer novas dificuldades econômicas a tendência é a modernização se prolongar além da data atualmente prevista (dez/2018) e não a MB desistir de modernizar a unidade.
Como dizem os yankees “TOO BIG TO FAIL”.
Apenas concordo que não gostaria de ver o AEW do A-13 Pernanbuco (futuro nome do NAe modernizado) baseado no C-1 Trader.
A melhor opção será pegar uma “carona BRICS” no desejo recentemente externado pelo Comandante da Marinha Indiana que pretende propor e encomendar à Boeing o desenvolvimento específico de um versão AEW do V-22 Osprey para a Índia.
Este sim faria a diferença… Fiquei fã desse Almirante Indiano, o cara é ousado…
O manual do A-4M SkyHawk está disponível na Internet, vide “www.alternatewars.com/SAC”. Nele podemos ver que o A-4M tem levando 6 bombas MK-82 raio de combate :
– Hi-Hi-Hi de 931 km com 2 tanques externos de 300 gal., com 5 minutos de combate, 2,7h de missão;
– Hi-Lo-Hi de 852 km com 2 tanques externos de 300 gal., com 5 minutos de combate, 2,3h de missão;
– Hi-Lo-Lo-Hi de 667 km com 2 tanques externos de 300 gal., os últimos 185 km ao nível do mar, 5 minutos de combate, 2,0h de missão. Idem para 6 bombas MK-81, daria 759 km de raio de combate.
Troquem as 6 bombas MK-82/81 por 1 míssil mar-ar (MAN-AER em 2020), e teremos um AF-1B atingindo navios a uns 900 km do A-12, isso sem REVO. O que é algo incomparável aos helicópteros em missão anti-navio (S-70 SeaHawk ou EC-725 naval), que têm poucas centenas de km de raio de combate.
O projeto do A-4 SkyHawk é fantástico, uma obra-de-arte de projeto de caça naval, de autoria do lendário Ed Heinemann, é muito capaz dentro do contexto de um caça de ataque, tem capacidade de carga externa de 4,0 ton., pilone central levando até 1,6 ton., alta razão empuxo/peso, etc. Só falta integrar armamentos modernos nele.
Curiosidade, o A-4M tem motor sem pós-combustão mais potente que os 2 motores com pós-combustão somados do F-5E Tiger…
Roberto, compartilho da mesma aprovação e consideração de que o A-4 é notável. Infelizmente existe um preconceito com essas atualizações e por considerar que tudo o que foi desenvolvido há XXXXX anos não presta. Se pensar dessa forma, F-16, B-52 e tantos outros não prestam, bom é o F-35, novinho e carinhoooo…
Não é o ideal, mas não é esse estorvo, tão pouco uma lata velha, o A-4 atualizado ainda será muito importante assim como o F-5 também é e será até a chegada dos novos caças.
Vamos lá.
O conhecimento deste Senhor e de seus assessores parece ginasial quando se trata de aviação naval de asa fixa. Deveria caprichar mais na escolha de seus assessores.
Ele diz que ” os equipamentos e sensores são estado da arte”. Come on !!! really ??. Falar que Radar Elta é estado da arte. RWR é estado da arte ? Tela de LCD é estado da arte ? HUD é estado da arte ? Bem vindos aos anos 70, MB.
Ele fala em salto de qualidade. Todos os aviões e ultraleves de aeroclube hoje em dia já têm telinhas no cockpit. Não me levem a mal, mas o esquadrão de asa fixa da MB nunca passou de um aeroclube equipado com aeronaves a jato. Não há doutrina formada, luta há anos para conseguir decolar da pista e se manter em voo, nem imagino combater. Foi vendida para a MB uma ideia de que a modernização destes aviões vai trazê-los a um patamar operacional elevado. Vai mantê-los, sim, voando por mais algum tempo, nada mais que isso.
Talvez a modernização permita apenas que os aviões decolem com alguma segurança para os pilotos, com instrumentos confiáveis, mesmo assim por um tempo limitado.
Uma decisão que talvez poderia fazer com que a limitada plataforma do A-4 tivesse algum limitado valor militar, taticamente falando, seria equipá-lo com um míssil BVR, a despeito de queda na performance para lançar este míssil.
Agora, nessa altura do campeonato, esse Senhor vem falar de AIM-9L, como se isso fosse o supra sumo dos AAM. Fala sério.
Mas parece que a sigla BVR é muito complicada para aprender e certamente isso não interessa aos pilotos de helicóptero que assessoram nas decisões de para onde vai o dinheiro. MB não parece estar interessada em guerra. Ou faz a coisa direito, ou não faz.
COD: meu Deus, errar é humano, insistir no erro ou é falta de inteligência pois esse projeto, tanto financeira, como operacional e tecnicamente, não faz o menor sentido.
Esse projeto é prato cheio para um escândalo, pois é claro o mau uso do dinheiro público. Mais uma vez, a aviação naval de asa fixa sofre por falta de conhecimento, ou por falta de ouvidos a quem tem conhecimento. Ela está totalmente desvirtuada de sua atividade fim. O que parece é que os decisores não têm uma cultura aeronáutica que lhes dê conhecimento de causa neste segmento da aviação militar.
Falar que KC-2 é estrategicamente importante e que vai permitir que se opere os formidáveis A-4 em “águas azuis” é de gargalhar. Ninguem em sã consciencia e com o minimo de entendimento do assunto acredita que esta configuração de ala aérea dos anos 70 vá um dia se tornar realidade. Enquanto investe-se nesta utopia, o dinheiro para o que é realmente importante segue pelo ralo.
Surfista…
O Elta 2032 é um avançado radar multimodo. Até posso concordar que não é o mais avançado disponível, mas está anos luz a frente que qualquer coisa dos anos 70 nessa categoria em específico…
As telas multifuncionais como as conhecemos começaram a se popularizar a partir da metade dos anos 90, com as aeronaves de quarta geração. O LCD só acabou virando “moda” já nos anos 2000. Até então, a maior parte do que se usava era baseado em tubos de raios catódicos ( monitores de fósforo verde ), com normalmente apenas um monitor no cockpit nos anos 80, vindo a ter mais de um em aeronaves da segunda metade daquela década… No mais, todas as aeronaves avançadas atualmente usam monitores de LCD…
O almirante citou o AIM-9L/I-1 com relação a custo/benefício… Em suma, ele tem plena consciência de que não é o ‘top’… E há realmente um custo considerável se se pensar em integrar um armamento mais avançado…
Um míssil BVR a essa aeronave é de utilidade questionável… Começa pelo desempenho geral ser totalmente inadequado para usa-lo a contento. Se ele enfrentar outra aeronave sobre o mar, ou será um helicóptero ( presa fácil para qualquer míssil WVR a partir da terceira geração ), ou outra de desempenho físico e eletrônico superior ( uma possibilidade menor ), de modo que, ou o míssil BVR lhe será um “desperdício”, ou dificilmente estará em posição de vantagem para usa-lo a contento. Apenas acredito que o Skyhawk deveria ter um WVR mais interessante, como o Python IV… Enfim, não desconsidero o míssil BVR, mas se a ideia for tão e somente ataque contra vasos de superfície com defesas marginais ( como é o caso de 99,9% das marinhas do planeta; e 99,9% das possibilidades de enfrentamento… ), creio que se pode considera-lo dispensável…
COD é parte das atribuições de qualquer aviação de asa fixa de qualquer marinha que tenha um porta-aviões… O meio em questão pode até variar, mas não a razão de ser da atividade…
A capacidade de reabastecimento a ser oferecida pelo KC-2 pode sim permitir um ataque consistente em águas azuis, desde que o A-4 seja armado com um míssil ar-sup decente…
Walter, uma pequena correção no teu post, que eu concordo com tudo que tu dissestes:
A modernização permite a utilização de um BVR, o que acontece é que o desempenho aerodinâmico da aeronave cai brutalmente com a utilização deste.
Grande abraço
Segundo informação que tenho ele sofreria tanto quanto usando um Harpoon, ou seja, é bom que seja capaz porque na hora que a guerra bater na sua porta, não será o desempenho aerodinâmico que importará e sim, se ele será capaz de utilizar a arma.
Concordo Padilha o que importa é se dá para usar porque quando a água bate precisaremos utilizar, espero que isso não ocorra mas se acontecer teremos a possibilidade de emprego.
Boa noite Luiz Padilha! Boa noite a todos!
Em falar de quanto a Deusa da guerra bater na nossa porta… Tem algumas notícias envolvendo a internacionalização Amazônica, já vai se proposta na COP 21 em París agora:
Fox News Latino
Gaiafundation… ONG da família real britânica
Wildlifeararticles.co.uk
Site de notícias do próprio governo colombiano.
E aqui no Brasil não a qualquer menção do assunto pelas mídias!
E sobre o Sea Gripen, o que mais pesa para miim é o fato de investirmos no desenvolvimento de uma versão naval do caça Sueco sendo que no mercado já existem opções disponíveis, ok entendo que seriam necessárias mais modificações no caso da operação no SP mas…
Outro ponto é será mesmo que esta nova versão terá clientes para a exportação? Hoje o mercado de caças embarcados é até certo ponto restrito é só darmos uma olhada na quantidade de porta aviões mundo afora para termos uma noção.
Muito já se falou que a Índia poderia ser um comprador mas depois que eles toparam desenvolver uma versão naval do Tejas acredito que esta possibilidade seja bem remota,e ai me leva ao ponto principal que é o custo x unidade produzida.
Já somos um país que destina poucos recursos para a sua defesa não seria “melhor” que a MB fosse equipada com algum dos modelos de vetores já disponíveis no mercado?
Deixo a pergunta em aberto para todos.
Tiago , penso que todos os principais sistemas e peças do Sea Gripen na divergirão do Gripen NG, com apenas cerca de 10% de peças específicas dessa versão… partindo desse princípio e da projeção de vendas da SAAB do Gripen NG para a próxima década que prevê uma bela fatia no mercado mundial de caças podemos presumir que haverá escala suficiente para sustentar a operação desse caça… ainda mais que o parque nacional fabricará boa parte desses componentes…
Caro Topol!
Será mesmo que vai ser na casa dos 10% máximo de diferença entre a versão naval e a terrestre do NG?
E partindo do princípio da projeção de vendas da SAAB para o NG “preve” uma boa fatia no mercado mundial, pois bem é uma previsão e não uma certeza ai você pode falar que estou sendo pé frio mas vamos ser realistas o Gripen é uma dentre outras opções no mercado internacional mas também existem seus concorrentes eis que ai teremos brigas por contratos cada vez mais acirradas.
Vai ter mais pedidos sim isso é óbvio mas o que estou mencionando é se vale mesmo a pena uma versão naval mesmo com um % baixo de diferença com a terrestre, o mercado já disponibiliza aeronaves preparadas para tal tarefa mas ai é uma questão pessoal de cada um.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é que mesmo tendo 10% de diferença com a versão terrestre o valor final pode ser superior incluindo ai os custos de desenvolvimento.
Enfim esta é apenas minha opinião.
Tiago Silva…
Os custos de desenvolvimento só será diluído se arrumarmos algum parceiro interessado na versão naval (o que é bem difícil), a SAAB deverá se empenhar nisso já que é a maior interessada…
O percentual de peças comuns entre as versões naval e terrestre e a capacitação da indústria nacional na fabricação e manutenção das peças faz com que se torne viável do ponto de vista financeiro…
Bem isso é uma projeção minha, também não sou especialista mas estou confiante nessa opção.
Em suma, o investimento no A4 vai dotar a MB de um vetor incapaz de lançar misseis BVR e ar-superficie. Ou seja, com capacidades muito limitadas. Tendo em vista todo o que implica manter uma aviação naval de asa fixa (embarcada) – NAE, esquadrões de caças (e armamentos), esquadrões VEC et AEW, não seria mais realista assumir que não temos condições de fazê-lo? Deixar de lado essas ambições que consumem recurosos e investir o que temos em meios mais modestos mas mais adequados (corvetas, fragatas, submarinos, navios logisticos e desenvolvimento de misseis nacionais)?
Walter acredito que o AF-1M terá sim a capacidade de operar com mísseis BVR aparentemente a MB dá sinais que no momento não irá equipar as aeronaves com tal armamento, pelo menos isso foi o que entendi.
Muito boa esta entrevista com o AE Leal bem informativa mas vamos lá deixo aqui a minha opinião.
Vou dividir em etapas porque acho mais fácil hehehe.
AF-1M:
Pois bem a modernização dos AF-1M, acredito que mesmo tendo seu recheio digitalizado o mesmo ainda é um vetor muito limitado, não só pela idade mas também pelo fato da frota diminuir cada dia mais sendo assim os custo operacionais vão aumentando. Meu voto caso ele tivesse algum peso seria para não realizar tal revitalização.
Mas ao mesmo tempo a aviação naval necessita de vetores de asa fixa então já que é oque temos e como os trabalhos estão em andamento agora tem que concluir. Quanto aos armamentos que devem ser incorporados as aeronaves muito me interessa a integração de mísseis que aparentemente serão ar-ar de curto alcance, mas também fico na torcida para serem incorporados outros tipos de armamentos inteligentes.
C-1 Trader
Esta é na minha opinião um desperdício de dinheiro pois são aeronaves extremamente antigas que mesmo modernizadas ao meu ver não serão lá de grandes capacidades, este programa é de muitos recursos mas e as capacidades futuras???
Me pergunto caso o Nae SP não seja modernizado qual seria a serventia destes vetores na MB,sei que realizariam as suas missões mas mesmo assim me deixa um desconforto sem tamanho,acho que é muito dinheiro para um vetor que além de antigo é muito limitado.
AEW:
Se for para basear nossa “futura” aeronave AEW embarcada no Trader acho melhor revermos bem este conceito, temos outras poucas opções no mercado mas infelizmente as limitações das catapultas do SP inviabilizam a operação, si seriam maiores os gastos com o navio veterano.
Como aqui é um espaço democrático não custa sonhar com a MB equipada com aeronaves do porte do C-2/E-2D mesmo imaginando que a operação deles no SP seja praticamente impossível, e até ressuscitar uns S-3, mas como disse é um sonho uma brincadeira.
Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Tiago,
Penso que os vetores limitados estariam relacionados as limitações do próprio NAe.
O Trader opera do SP com carga máxima e com boa margem de segurança. E durante muitos anos, a USN operou o E-1 Tracer ( que foi o AEW que antecedeu o Hawkeye ), sendo que este também operaria a pleno do SP, e considero que uma versão atualizada não seria nada demais… Em verdade, essa plataforma é bem versátil, sendo até possível a adoção de um meio anti-submarino, como já o foi com o S-2 Traker ( uma variante modernizada daquela dos argentinos seria bem interessante ). Mesmo sendo uma aeronave antiga, acredito que células em boas condições podem providenciar voos por mais de uma década sem grandes problemas logísticos ou de estrutura.
Concordo que o AF-1 é um vetor de desempenho muito limitado. Contudo, devidamente atualizado, não fica muito distante de outras aeronaves LIFT de desempenho similar. Peças também não são lá um problema, creio eu… A motorização ainda é bastante utilizada. No mais, um contato com o AMARG e logo os americanos vendem o que a MB precisar a preço simbólico… Seja como for, foram adquiridos Skyhawk de sobra, e imagino que peça não vai faltar…
A incógnita maior, no meu entender, está relacionada ao próprio porta-aviões, que também passa por necessidades que, considero eu, sejam mais prementes, como as escoltas.
Saudações.
Caro _RR_, ainda assim, acho um desperdício total essa modernização do Trader, considerando ainda, as incertezas sobre o destino do A-12.
Sds.
Sinceramente, me parece um triplo desperdicio: as modernizações do A4 (A Argentina que o diga como é complicado encontrar peças) et do Trader e finalmente do A12: concentrar uma grande tonelagem da esquadra em um meio naval pouco eficiente é muito questionavel. Em contra partida, porque não redirecionar os fundos destes três projetos para a modernização do Arsenal do Rio? Das corvetas classe Inhauma? Para o desenvolvimento dos missies anti-navio? Estou de acordo com que falte recursos do governo, e que não se têm no Brasil a devida visão estratégica a respeito das forças armadas. Mas a Marinha parece ter dificuldades em estabelecer prioridades!
Olá Luis,
Não necessariamente.
Assumindo que os Skyhawk sejam modernizados, os Trader podem continuar exercendo a função de reabastecedores, permitindo a MB manter esse adestramento, além de dar-lhe um componente interessante de transporte.
É até verdade que poderiam contar com a FAB para isso, mas também é fato que acabariam por depender da disponibilidade dos meios desta força. Os Trader resolvem essa questão, dando maior flexibilidade e independência a MB.
Mesmo assim RR.
Não acho um boa ideia retirar um modelo de aeronave que estava aposentado a mais de 30 anos no deserto e dar uma repaginada e com custo elevado, para alguns isso não representa nada demais mas para mim ainda bato o martelo que não vale a pena.
Mesmo com o potencial de elevar a tecnologia embarcada trazendo para o século 21 uma aeronave dos anos 50 bato na tecla do custo pois em breve seremos a única força armada do mundo a operar tal equipamento, mas ai podem vir as perguntas: “- mas os motores não são novos?,-A aviônica também não é nova e os sensores também?” ,a resposta será sim mas e o restante virá de canibalização acompanhado de uma revisão geral.
No caso dos A-4 dando uma pesquisada você encontra os valores de revisões de seus componentes e acaba enxergando os valores envolvidos no processo como um todo. Pelo aspecto econômico sou contra a modernização pois para manter esta frota voando não vai sair barato, e não é ir só no AMARG e comprar peças as mesmas tem que ser colocadas em condições de voo e obviamente tem que ser compatível com o modelo usado pela MB.
Dai já me perguntaram então você também é contra a modernização dos F-5?
A resposta é não por um simples fato, vejamos a quantidade de F-5 ainda em operação no mundo e teremos ai ainda uma cadeia de suprimentos ativa pelos próximos 10 anos muito provavelmente,existem nações que ainda podem solicitar modernizações ou efetuar vendas a terceiros mas o fato é que ainda tem mercado com mais de 500 aeronaves em serviço pelo mundo.
O A-4 a cada dia vai dando adeus as suas operações e tirando Argentina e Brasil todos os seus outros operadores já estão substituindo seus cansados Skyhawk sendo que o maior usuário depois dos EUA que seria Israel já esta em um avançado programa de substituição dos seus pelos jatos LIFT M-346.
Então me corrija se eu estiver engando tirando as empresas privadas que usam o Skyhawk hoje temos apenas Argentina,Brasil e Israel utilizando esta aeronave em suas forças o que somadas deve superar pouco mais de 100 aparelhos .
Repetindo que não tenho nada contra a aeronave A-4 Skyhawk mas o fato é que o tempo deste modelo em serviço vai chegando ao fim cada vez mais rápido.
Caro Tiago,
Citei o AMARG apenas como alternativa para se conseguir algumas células como fonte de peças, se fosse possível. Mas nem de longe pensei realmente em revitalizar/modernizar alguma aeronave de lá e coloca-la em voo… Seria um suicídio econômico…
No mais, os A-4 é o que temos… E não há possibilidade nesse instante de se conseguir nada melhor. Logo, somente resta atualizar o que tem ou encostar de uma vez e perder as asas fixas da MB.
Até entendo que existam outras necessidades até maiores, mas se for possível manter uma força utilizável de asa fixa, então creio que deva ser levado a cabo.
Sim RR,entendo o seu lado e concordo que agora que começamos não podemos voltar atrás quanto aos A-4.
Quem fez uma espécie de suicídio econômico foi a Argentina quando comprou seus A-4 mesmo tendo aproveitado que naquele momento eles estavam sendo desativados pelos EUA e encaminhando as células selecionadas para uma modernização as outras que foram adquiridas como fonte de peças vieram diretamente do AMARG e se encontravam em vários níveis de estocagem.
Hoje com relação a A-4 lá só temos esqueletos e ai nos resta olhar por exemplo para Israel e tentar fazer uma barganha pelos sobressalentes que eles ainda devem ter em um bom número.
Bom vamos acompanhar de perto esta situação e andamento deste programa .
Padilha ou algum amigo saberia informar se os AF-1M depois da modernização poderão estar aptos a disparar o Harpoon ???
Visto que depois do acordo de cooperação da FAB com a MB o arsenal estará disponível para as duas forças…
Espero confiante na modernização do PA…
É a opção ideal desde que seja integrado. O tamanho do míssil ajuda mas nunca foi empregado no A4. As imagens que existem são de testes estáticos.
QSL, TKS Padilha !
Leitura das entrelinhas das plavras do Aml leal:
O A 4 está sendo modernizado a passa do cagado devido as dificuldades técnicas do projeto, a MB deve implementar um míssil IR top de linha e já com ensaios aerodinâmicos prontos do A 4(economiza um balaio de dinheiro com ensaios) e ainda demonstra que falta $$$$ e muito trabalho para o A Darter estar OK.
Deixou também transparecer que a marinha trabalha com um possibilidade de equipar o A 4 com um MAN e isto demonstra que talvez o destino do SP possa estar traçado e ela começa a vislumbrar a possibilidade operar o A 4 baseado em terra.
A efetivação da compra dos substituto dos Esquilos para os HUs não sai este ano, os de instrução parede que sai.
Ficou clara a satisfação com os SH e a indiferença com o EC 725, aqui pode acontecer que o UH 15A morra antes de nascer.
Não senti firmeza no COD…….
Grande abraço
Gostei muito do planejamento de asas rotativas e de asas fixas da MB! Ter os AF1 modernizados sobre o A-12 é coerente e absolutamente necessário sim ao contrário do q muitos leitores dizem! A MB não pode se permitir ficar sem esses meios.
Eu posso até estar falando alguma besteira, mas lendo essa entrevista deu a entender que o NAE São Paulo será reformado e utilizado por muitas décadas ainda.
Isso não está garantido não. Dentro da MB é possível ver oficiais que já não acreditam na sobrevida do NAE.
Vamos aguardar o que os estudos feitos dirão.
Se o NAE for desativado haverá usabilidade para os KC-2 Turbo?
Se isso ocorrer, creio que não.
Pois é, eu pensei a mesma coisa sobre os KC-2 Turbo. E também sobre o Sea Gripen, caso a sua viabilidade se confirme. Só o tempo dirá mesmo.