Continuação da entrevista com o Contra-Almirante Alexandre Rabello de Faria, Coordenador do Programa de Reaparelhamento da Marinha – PRM, subordinado à Diretoria-Geral do Material da Marinha.
Corveta Classe Tamandaré
DAN – Muito tem sido escrito sobre as características destas Corvetas. Gostaríamos que o senhor nos descrevesse as mesmas.
CA Rabello – A Corveta Classe Tamandaré (CCT) é uma evolução da Corveta Classe Barroso (CCB). A CCT tem o mesmo comprimento da CCB e possui boca e deslocamento ligeiramente maiores. A propulsão é do tipo CODAD, com quatro motores propulsores, dois eixos e hélices de passo controlado. O convoo das CCT é dimensionalmente maior que o da CCB e estruturalmente mais resistente, podendo receber aeronaves de porte do SH-16. As CCT serão dotadas de canhão de 76 mm na proa, mísseis superfície-ar do tipo VLS e mísseis superfície-superfície nacionais (MANSUP). A aeronave orgânica será o AH-11B (versão remotorizada), tendo o navio condição estrutural de operar com a aeronave SH-16.
DAN – Recentemente foi divulgado, durante o Seminário França-Brasil, que as Corvetas seriam construídas (ou integradas) em parte das instalações do no AMRJ, alocadas para essa finalidade. Adequar essas instalações fará parte do processo de seleção à ser divulgado, em breve, pela Marinha?
CA Rabello – A construção das Corvetas Classe Tamandaré no Brasil em uma unidade da Marinha está considerada no processo de obtenção dos meios. A MB iniciou os estudos de alternativas para adefinição do modelo de negócios a ser adotado, não havendo, no momento, qualquer definição.
DAN – Todas as experiências da Marinha com estaleiros privados nacionais não deram certo. Quais as opções que a Marinha estuda para contratar a construção de 4 corvetas?
CA Rabello – Não é verdade que todas as experiências com estaleiros nacionais não deram certo. A MB possui diversas experiências exitosas com estaleiros nacionais, haja vista a construção dos dois primeiros Navios-Patrulha classe “Macaé”, do Navio Hidroceanográfico Fluvial Rio Branco, das Embarcações de Transporte de Pessoal (ETP-M) e, em passado mais distante, as Corvetas Júlio de Noronha e Frontin, o Navio-Tanque Gastão Mota e algumas unidades de Navios-Patrulha classe “Grajaú”.
De qualquer forma, a MB segue levantando dados para a definição dos parâmetros para a contratação da execução do projeto.
DAN – Qual ou quais estaleiros estrangeiros possuem porte e experiência suficiente para garantir não só a realização do empreendimento parcial (construir quatro navios), mas também aguardar pela sua continuação?
CA Rabello – Existem diversos estaleiros estrangeiros com notório conhecimento na construção naval militar que poderiam contribuir, ou associar-se a empresas nacionais, para a construção do lote de quatro corvetas. A decisão por mais corvetas poderá ser tomada pela MB em momento oportuno futuro.
DAN – A incerteza quanto à continuidade poderá afastar concorrentes importantes ou poderá causar elevação dos preços, pois talvez não haja demanda que permita recuperar os investimentos que serão feitos. Como não há no Brasil estaleiro com capacitação comprovada e atestada pela Marinha em construção naval militar, como se dará a contratação dessas corvetas?
CA Rabello – A MB ainda não estabeleceu os parâmetros para a contratação que, no entanto, será efetuada apenas para um lote de quatro corvetas. A decisão por mais corvetas poderá ser tomada pela MB, caso necessário, em momento oportuno.
DAN – Será enviada alguma carta à esses estaleiros convidando-os a participar desta concorrência/licitação? Quando deverá ser divulgado o pedido de proposta?
CA Rabello – A obtenção de preços de referência faz parte do processo administrativo para a contratação da construção dos meios. Desse forma, será enviada consulta a empresas qualificadas, em época oportuna, brevemente, em função do progresso da preparação da Especificação de Aquisição dos navios.
DAN – O offset não está diretamente relacionado com a chamada “transferência de tecnologia”, mas com “compensações comerciais”, diretas ou indiretas, de diversas naturezas. Que tipo de offset, o estaleiro escolhido terá que repassar a MB?
CA Rabello – O offset pode se dar por diversas formas, diretas ou indiretas, atentando à MB ou a outros setores do País. Vale ressaltar que MB privilegia a transferência de tecnologia como transação de offset, consoante com a orientação política em vigor.
DAN – A transferência de tecnologia mexe diretamente com questões de “propriedade intelectual”. A tecnologia de ponta está nas mãos das empresas estrangeiras e as exigências e os benefícios das EED e das “transferências de tecnologia” podem atrapalhar a conclusão da licitação/concorrência?
CA Rabello – A transferência de tecnologia pode ser um elemento que dificulte a preparação das propostas dos potenciais participantes, mas ela deve ser perseguida, mesmo em face de eventuais dificuldades, sobretudo pela contribuição que representam para o desenvolvimento tecnológico e industrial do País.
DAN – A VARD, empresa norueguesa, de propriedade majoritária do estaleiro Fincantiere italiano, foi a contratada para participar diretamente do projeto da Corveta. Em que estágio se encontra atualmente este projeto?
CA Rabello – O Projeto Básico das Corvetas – constituído de Projeto de Concepção, Projeto Preliminar e Projeto de Contrato – foi conduzido e concluído pelo Centro de Projetos de Navios, com concurso de empresa contratada por processo licitatório, a VARD Niterói.
Atualmente, encontra-se em fase de elaboração a Especificação de Aquisição dos Navios, pela Diretoria de Engenharia Naval, tomando-se por base o Projeto Básico desenvolvido pelo CPN.
DAN – Este fato impediria a VARD de participar da competição para construir as Corvetas?
CA Rabello – É importante ressaltar que Projeto de Engenharia é um produto do CPN, no qual a DEN se baseia na elaboração da Especificação de Aquisição. A evolução da Especificação tem detectado necessidades de pequenas alterações e de aperfeiçoamentos pontuais em parcelas do projeto do CPN, típicas dessa fase de projeto.
DAN – Outros estaleiros como o BAE, DAMEN, NAVANTIA e o próprio Fincantiere, fizeram alguma proposta para participar do programa da corveta Tamandaré?
CA Rabello – Apesar de algumas empresas internacionais já terem manifestado, em caráter geral, o interesse em participar do programa das Corvetas Classe “Tamandaré”, o processo de obtenção de propostas comerciais ainda não foi iniciado, pois depende do progresso na elaboração da Especificação de Aquisição dos Navios.
DAN – O sistema de combate da CV Tamandaré será uma versão modernizada do Siconta?
CA Rabello – A MB está satisfeita com a família de Sistemas de Controle Tático e de Armas (SICONTA) e entende que é importante investir na manutenção dessa capacitação, conseguida pela indústria nacional, enquanto vantajoso sob o ponto de vista técnico e financeiro. Dessa forma, é intenção o emprego de uma versão atualizada do SICONTA nas CCT.
DAN – A empresa que desenvolvia os Siconta era a Siem Consub, norueguesa, da área de offshore. Foi criada uma nova empresa (Consub Defesa e Tecnologia) também 100% de propriedade da SIEM, mas estaria sendo vendida para uma empresa de investimentos de origem norte-americana (Crow Consulting provavelmente com fortes ligações com a Lockheed Martin), não podendo então ser caracterizada como EED. Será aceita parceria da Consub com outra empresa estrangeira para absorver tecnologias de ponta na área de softwares para sistemas de comando e controle?
CA Rabello – A MB não vislumbra óbice quanto à alteração do quadro societário da empresa, por se tratar de alteração, a princípio, puramente empresarial, desde que confirmadas as mesmas condições dos contratos vigentes (razão social, CNPJ, responsabilidade, entre outros), não prejudicando a execução dos mesmos.
DAN – O Siconta é propriedade da Marinha, que está muita satisfeita com ele. Há alguma possibilidade de novas versões do Siconta serem entregues a uma empresa nacional e EED?
CA Rabello – Por ser propriedade da MB, o SICONTA pode continuar sendo desenvolvido por outra empresa, desde que observados os critérios técnicos, de habilitação, entre outros, de maneira a garantir os padrões e qualidades já estabelecidos.
DAN – Quando foi anunciado o radar Artisan 3D da BAE Systems/Bradar na Euronaval de 2014, perguntamos as outras empresas se elas teriam participado de alguma chamada da MB para apresentar propostas. Apenas a Thales foi instada a apresentar uma proposta preliminar e um “ROM Price”. Outros possíveis fornecedores foram consultados?
CA Rabello – A Marinha prevê, para o projeto da Corveta Classe Tamandaré, o emprego de um radar com relevante índice de nacionalização, inserido num projeto de desenvolvimento de um radar de busca volumétrica nacional. Não se descarta a participação de empresas estrangeiras nesse projeto, a fim de mitigar os riscos inerentes a um desenvolvimento de elevada complexidade.
DAN – Existe atualmente espaço para que outras empresas apresentem seus radares à MB? Que tipo de “transferência de tecnologia” foi acordada pela BAe Systems com a Bradar?
CA Rabello – A MB espera contar com a participação de diferentes fornecedores para os vários radares dos navios. Em consonância com as leis nacionais, as aquisições de equipamentos estrangeiros deve ser acompanhada do respectivo offset.
DAN – Esta “transferência” foi aceita pela Marinha?
CA Rabello – Até o presente momento, no âmbito do Setor do Material, não houve a assinatura de qualquer contrato relativo ao fornecimento ou desenvolvimento de equipamentos para a CCT.
DAN – A contratação da Bradar para desenvolver o Radar Gaivota é parte do acordo da Marinha com a BAe Systems para comprar o Artisan? Porque o IPqM não está liderando o projeto de desenvolvimento do radar nacional?
CA Rabello – Não existe, no âmbito do Setor do Material, qualquer acordo com a BAe Systems para a aquisição do radar Artisan. Essa empresa foi cogitada como uma provável parceira da empresa brasileira Bradar no desenvolvimento de um radar nacional. É importante ressaltar que há em curso iniciativas que visam ao desenvolvimento de tecnologia nacional na área de radares, atividades essas sendo conduzidas no âmbito da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha.
DAN – Qual o modelo de Radar de Direção de Tiro escolhido para a CV Tamandaré? Caso ainda não tenha sido escolhido, como se dará o processo para a seleção do mesmo?
CA Rabello – Ainda não há definição para o radar de direção de tiro, nem no que diz respeito a modelos, nem quanto ao processo de seleção.
DAN – Está confirmada a instalação do míssil SeaCeptor de lançamento vertical para a defesa AAe do navio? Qual foi o lançador escolhido?
CA Rabello – A decisão atual é pela instalação do Sistema Sea Ceptor, que emprega o Míssil CAMM (Common Anti-air Modular Missile). O lançador desse sistema é o ExLS, fornecido para empresa Lockheed Martin.
Modernização do Porta Aviões São Paulo
DAN – Sabemos que a existência do NAe é imprescindível para a Marinha. Sem um NAe, a Marinha estaria impedida (por lei) de utilizar os seus caças, atualmente em processo de modernização?
CA Rabello – O Art 1º do Decreto Presidencial nº 2.538, de 08 de abril de 1998, estabelece que a Marinha disporá de aviões e helicópteros destinados ao guarnecimento dos navios de superfície e de helicópteros de emprego geral, todos orgânicos e por ela operados, necessários ao cumprimento de sua destinação constitucional.
DAN – Isto também afetaria o uso das aeronaves KC-2?
CA Rabello – Sim.
DAN – O EB já estuda a criação de sua aviação de asa fixa, sem nenhuma limitação legal. Não seria este o momento da MB solicitar, via MD, o cancelamento do decreto que versa sobre aviação naval, acabando com as restrições que somente atingem a Marinha?
CA Rabello – O assunto é do interesse da MB, que está acompanhando o tema.
DAN – A MB já definiu o escopo final da modernização?
CA Rabello – O programa de modernização do NAe São Paulo está em sua fase inicial, onde os esforços estão concentrados na elaboração do projeto de concepção do sistema de propulsão elétrica integrada e de um novo sistema de geração de vapor para as catapultas. A parcela do programa de modernização atinente à modernização dos sistemas de vigilância eletrônica será conduzido pela Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM), após a conclusão dos estudos de exequibilidade ora em andamento.
DAN – Vários “sites especializados” escrevem com “certeza absoluta” sobre o custo final desta modernização. Nós do DAN, por respeito a nossos leitores, nunca “chutamos” um valor, pois até agora a MB não se manifestou oficialmente sobre o tema. Há uma perspectiva de quanto custará a modernização do meio?
CA Rabello – A atual fase do programa de modernização do NAe São Paulo – estudo de exequibilidade e elaboração do projeto de concepção do sistema de propulsão elétrica integrada e de um novo sistema de geração de vapor para as catapultas -, ainda não nos permite mensurar o seu custo com o grau de precisão esperado para a atual fase do projeto.
DAN – Partindo deste princípio, quando será iniciado o processo de seleção de novos radares para o NAe São Paulo? Eles serão 3D? Quais as opções estudadas?
CA Rabello – O processo de seleção de novos radares para o NAe São Paulo dar-se-á tão logo seja definido o início da fase de execução do Programa de Modernização. Visando à manutenção de suas capacidades de vigilância aérea e de superfície, bem como de controle e aproximação de aeronaves, deverão ser instalados no navio: um radar de busca combinada volumétrica (3D), preferencialmente idêntico ao selecionado para o Projeto das CCT, em substituição aos radares determinadores de altitude (de vante e de ré) e ao radar de busca combinada; e um novo radar de aproximação em substituição ao atual radar.
DAN – O radar de aproximação também será encomendado ou pode vir a ser um desenvolvimento local, em parceria, com uma empresa estrangeira?
CA Rabello – Este assunto será estudado com maior detalhe quando do início da parcela do programa de modernização referente à modernização dos sistemas de vigilância eletrônica. Neste momento, podemos salientar que todas as opções técnicas e comercias serão devidamente abordadas, no seu devido tempo. Em princípio, o radar de aproximação será adquirido no exterior. De modo a reduzir os riscos de falhas operacionais, buscar-se-á instalar no NAe São Paulo um modelo já empregado pelas grandes marinhas.
DAN – Uma parte vital desta modernização, a nosso ver, é a planta propulsora e de geração de energia do navio. Gostaria de saber se a Marinha já se decidiu sobre qual tipo de propulsão irá usar no navio?
CA Rabello – Os estudos ora em andamento apontam para a adoção de um sistema integrado de propulsão e de geração de energia “diesel-elétrica”.
DAN – Caso seja escolhida a opção de propulsão elétrica, qual o modelo escolhido? Ele será capaz de levar o NAe a velocidade ideal para lançar e recolher as aeronaves atuais e futuras?
CA Rabello – Basicamente, o modelo em estudo para a propulsão elétrica será composto por motores elétricos energizados em alta tensão e por geradores acionados por motores diesel e turbinas a gás, compondo uma “usina elétrica” com potência instalada que permita ao navio atingir velocidade não inferior a 27 nós, para garantir a realização de operações aéreas seguras.
DAN – Normalmente os navios de grande porte usam MCAs a diesel para a geração de energia elétrica. Mas outros usam turbinas para esta finalidade. Esta poderia ser uma opção para gerar energia elétrica, abastecendo o navio tanto para a propulsão quanto para os demais sistemas a bordo?
CA Rabello – A adoção do sistema integrado de propulsão e de geração de energia “diesel-elétrica” que está sendo estudado permitirá o emprego de motores diesel e turbinas a gás como máquinas motrizes de unidades geradoras de energia elétrica.
DAN – O casco do navio terá que sofrer algum reforço, qual o estado das catapultas de vante e lateral?
CA Rabello – Apesar do vulto da obra vislumbrada, a modernização não alterará, significativamente, o peso (deslocamento) do navio. Dessa forma não estão previstos reforços estruturais no casco. O programa de modernização prevê a modernização da(s) catapulta(s), visando a sua operacionalidade durante a vida útil pretendida para o NAe São Paulo.
Meios de oportunidade
DAN – A Marinha realizou consultas à Marinhas estrangeiras sobre a disponibilidade de navios de 2ª mão (compra de oportunidade)?
CA Rabello – Sim.
DAN – Se sim, o que o senhor poderia dizer a respeito disso? Quais foram as Marinhas consultadas? Houve algum retorno positivo?
CA Rabello – A MB consultou algumas Marinhas sobre a possibilidade de transferir navios para a MB por intermédio de cessão onerosa ou arrendamento mercantil (“leasing”). Foram focados Navios-Escolta, Navios de Contramedidas de Minagem, Navios-Patrulha e Navios Anfíbios.
A maioria das Marinhas consultadas informou não haver disponibilidade de meios para transferir para a MB, no momento.
Atualmente, a Marinha estuda a possibilidade de obtenção por oportunidade de Navios de Contra Medidas de Minagem, com base nas informações apresentadas pelas Marinhas da Itália, Holanda e Suécia. Além da aceitabilidade técnica, deve-se ressaltar que tais alternativas de obtenção estão condicionadas à disponibilidade orçamentária da MB para uma eventual concretização.
DAN – A Marinha italiana recentemente convidou representantes de várias Marinhas estrangeiras para apresentar seus navios usados com a intenção de venda. Algum interessou a Marinha?
CA Rabello – Durante a conferência “Seafuture & Maritime Technologies 2016”, realizado na Itália, a Marinha Militar Italiana propiciou a Oficiais brasileiros visitas a bordo de navios de três diferentes classes. Entretanto, essas classes não apresentam interesse imediato para transferência para a MB.
Programa de mísseis da Marinha do Brasil
DAN – Qual o estágio atual do desenvolvimento do míssil MANSUP?
CA Rabello – No momento, as empresas iniciam a fabricação do modelo de teste de voo (MTV), sendo a próxima etapa a fabricação dos protótipos que serão lançados para testes.
DAN – A situação financeira atual prejudicou o desenvolvimento do míssil em que nível? Quando serão efetuados os disparos dos protótipos?
CA Rabello – Além da perda de alguns membros das equipes, a situação financeira provocou um atraso de, até o momento, dois anos. Espera-se que o lançamento dos protótipos tenha início em outubro de 2018.
DAN – Qual a perspectiva de exportação destes mísseis? Algum país já procurou a Avibras/MB a fim de modernizar seus estoques antigos de mísseis MM40?
CA Rabello – A perspectiva é muito boa, pois o MAN-SUP atende à demanda dos países que já fazem uso dos mísseis EXOCET MM40, block 1 ou block 2, e que não tencionam migrar para o block 3, por não disporem da capacidade de OTHT. Vários países já entraram em contato.
DAN – Sobre o programa do míssil ar x sup, o motor foguete do mesmo, desenvolvimento nacional a partir do motor do AM-39, para o MANSUP ar x superfície já está pronto?
CA Rabello – Não. O lançamento do protótipo está previsto para o início de JUL/2017.
DAN- O MANSUP ar x sup em desenvolvimento pela Avibrás, será lançado somente pelos UH-15A, ou está previsto seu lançamento também pelos caças A-4M?
CA Rabello – Apenas pelo UH-15A.
DAN – A Mectron, propriedade da Odebrecht, está sendo oferecida à venda. A parte do míssil desenvolvida pela Mectron é propriedade da Marinha? Poderá ser passada a outra empresa?
CA Rabello – Sim, para ambas as perguntas.
DAN – Está previsto um desenvolvimento futuro de um míssil sub x sup, equivalente ao SM-39, nos mesmos moldes dos MANSUP ar x sup e sup x sup?
CA Rabello – No momento, não.
Novo Navio Tanque/Navio de Apoio Logístico
DAN – A Marinha precisará num futuro não muito distante, de um novo Navio Tanque e, como o NT Marajó já dá sinais da idade avançada, o senhor pode informar se existe algum projeto do CPN para um novo NT com casco duplo? Esse novo navio seria um NT puro, ou seria um NApLog, onde além de transferência de combustível, o mesmo também pudesse realizar outras funções como transporte de cargas paletizadas e frigoríficas?
CA Rabello – Existe projeto de obtenção de meios que possam fazer o apoio logístico dos meios da MB. O projeto desses meios ainda não entrou em fase de concepção e encontra-se sem maiores definições de detalhamento.
Torpedo Pesado Nacional
DAN – O programa está em andamento? O senhor poderia nos atualizar a respeito?
CA Rabello – Sim. A equipe de engenheiros da empresa MECTRON, que está na Alemanha, já se capacitou para o planejamento do desenvolvimento e, no momento, está acompanhando o desenvolvimento de um projeto pelos alemães. Esse desenvolvimento será a base para o desenvolvimento, no futuro, de um torpedo pesado nacional em escala reduzida.
Aqui aparece de novo a Mectron e a questão de estar sendo vendida. A Mectron está conduzindo o desenvolvimento com conhecimentos próprios ou há alguma outra empresa estrangeira incluída no processo? Como fica a propriedade intelectual?
CA Rabello – A Mectron está conduzindo o desenvolvimento com conhecimentos próprios. A propriedade intelectual é da MB.
DAN – O contrato do PROSUB inclui a compra de torpedos franceses? Haverá transferência de tecnologia para o projeto do torpedo pesado nacional?
CA Rabello – Não.
DAN – Além do torpedo pesado, para uso em submarinos, há algum projeto para o desenvolvimento de um torpedo leve nacional?
CA Rabello – Não.
DAN – O desenvolvimento de um sonar nacional está associado a este projeto? Pode nos atualizar sobre o mesmo?
CA Rabello – Não.
PROSUB – Modernização da classe Tupi/Tikuna
DAN – A operação lava a jato é de conhecimento geral assim como suas terríveis consequências principalmente sobre a Odebrecht que é a sócia majoritária da DCNS no PROSUB. Há alguma alternativa em estudo no caso da Odebrecht e seu ramo de defesa terem que sair do mercado ou serem colocadas a venda?
CA Rabello – Caso venha a se concretizar essa hipótese, a MB estudará alternativa a ser adotada.
DAN – Com relação a classe de submarinos Tupi/Tikuna, a modernização do Tikuna e do Tapajó serão feitas na Alemanha? Soubemos que os alemães teriam oferecido preço e prazo mais interessantes do que os do AMRJ. Isso procede?
CA Rabello – A modernização do sistema de combate dos Submarinos Tapajó e Tupi foi realizada no país. O mesmo ocorrerá com os Submarinos Tamoio e Tikuna, durante os respectivos PMG, recentemente iniciados. Os sistemas de combate da modernização desses dois submarinos foram adquiridos no mesmo pacote dos já modernizados. Cabe ressaltar que o sistema é de origem americana e já nasceu integrado ao torpedo para o qual foi desenvolvido, também de procedência americana.
PROSUPER – Fragatas de 6.000 Ton
DAN – Tendo em vista que as futuras corvetas Tamandaré não substituirão as fragatas de 6.000 ton, principalmente pela diferença de capacidades entre os navios, quando a MB visualiza retomar este projeto?
CA Rabello – No momento, esse projeto está interrompido, podendo ser retomado quando houver disponibilidade orçamentária que o respalde.
DAN – A MB imagina um modelo como o do PROSUB, com uma empresa estrangeira se associando a uma empresa nacional e a um estaleiro nacional? Se não, qual modelo de gestão a MB visualiza?
CA Rabello – A estratégia do Programa considera que os navios devam ser construídos em estaleiro nacional, estaleiro este que deverá estar associado ao estaleiro estrangeiro detentor do projeto dos navios de referência. O modelo do PROSUB é, naturalmente, uma referência a ser considerada.
DAN – Lemos que a MB aceitou receber propostas de novos participantes, como a China. Isto é verdade? Se sim, qual o navio proposto?
CA Rabello – Sim. A China tratou com a MB sua participação no PROSUPER e chegou a encaminhar proposta, com parte das informações solicitadas pela MB. Não indicou, contudo, quais seriam os navios de referência (“sea proven design”).
DAN – Há a possibilidade de compra direta de um fornecedor estrangeiro, com construção dos navios no exterior, tendo em vista somente custos?
CA Rabello – A estratégia do Programa considera que os navios devam ser construídos em estaleiro nacional, estaleiro este que deverá estar associado ao estaleiro estrangeiro detentor do projeto dos navios de referência. É importante ressaltar que, por se tratar de projeto de elevada complexidade tecnológica e custos relevantes, a estratégia de obtenção está alinhada à orientação política de desenvolvimento tecnológico e industrial do país, como contribuição importante para a sociedade brasileira.
Valeu, obrigado. Vamos torcer para as coisas melhorarem nos próximos anos.
Padilha, boa tarde
Então no momento não existe mesmo nenhuma possibilidade de compra por oportunidade? As Bremen também não seriamopção?
Att
Não. Como está no texto.
Não pensei que os direitos faziam tanta diferença. Bem pelo menos o projeto existe.
Caros fiquei pensando sobre as tamandarés. Porque a MB não utiliza um casco já em uso por algumas marinhas? Isto não facilitaria e diminuiria o valor mesmo com TOT assim como foi com os subs escorpene? Sei que a NB diferente dos subs já tem know how para construir, mas porque não uma visby da Suécia, uma avante combatant ou uma k 130 alemã?
Porque para usar esses cascos, paga-se Royalties e isso é caro pra cacete. A Tamandaré é projeto nosso, ou seja, não pagamos isso e economizamos uma barbaridade.
Mais um belo trabalho, parabéns DAN. Não sabia que a Marinha pretende instalar uma Propulsão Elétrica Integrada no A-12, esta é de longe a solução com maior rendimento e a mais inteligente… se jogar o projeto na mão da WEG essa empresa de Santa Catarina tem a solução completa pois fabrica os grupos geradores, os motores, os painéis e ainda faz toda a integração da parte da automação. Fiquei entusiasmado com esta ideia, parabéns.
Entrevista excelente. Parabéns ao DAN! Desmistificou muitos temas atualmente em voga.
Já tinha lido em algum lugar que os A-4 não irão operar o MAN AR-SUP. Tinha esperanças de estar errado, mas a confirmação veio na entrevista. Que triste realidade. Um NAe que se presta à função de “escolta” não ter a capacidade de atacar navios com mísseis apropriados. Qual será a função orgânica dos A-4, afinal?
Obrigado!!
Preparar o caminho para o futuro caça Naval supersônico. Inicialmente a aviação Naval usará o AF-1 como caça precursor. O A-4 será o meio a ser usado para o esquadrão estar preparado para o seu verdadeiro caça naval.
Que poderá vir a ser o Gripen M (Marine) nova denominação do fabricante. Mas só poderá se tornar realidade, após a FAB receber seus 36 Gripens NG.
Meu Deus, a Marinha não é maior por acomodação de seus militares.
É melhor ler isso do que ser cego.
Prezado Padilha, ninguem aqui criticou seu esforco em nos trazer mais e melhores informacoes, afinal, somos todos nos q temos o maior interesse em saber para onde estao indo nossos impostos, de preferencia tbm para termos a MB q desejamos e esperamos. Somos formadores de opiniao e neste ponto, sei q eh muito importante aa MB saber q pode contar c nosso apoio se preciso for, indo ate mesmo aos nossos congressistas para tal. Escrito isso, nao se acanhe e nao desanime nunca, por favor leve tbm estas modestas opinioes ao conhecimento do oficialato, quem sabe e tvz eles percebam q existe aqui deste lado verdadeiros patriotas e q estao muitissimos interessados no futuro da MB e de nossa seguranca como pais. SDS
Não fiz uma critica Padilha , pelo contrário , excelente trabalho de reportagem nos trazendo as informações do alto escalão , uma crítica faço a própria MB em seu contexto , somos um pais de litoral imenso , temos que ter uma Marinha muito maior e acredito que muito se deve a acomodação dos próprios militares no decorrer dos tempos sem dúvidas . Continue assim . Abraços
Pra frente BRASIL!
O sonho ainda não acabou!
Parabens pela entrevista.
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Quanto a questão do orçamento, não vai haver aumento de verbas. Acredito que passarão mais de 10 anos para recuperarmos o valor em dólares do orçamento de 2014 que foi o maior da história (o maior da história em dólares, porque em valor nominal em Real o 2015 foi ainda maior que o de 2014).
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O mais correto é a MB rever seus planos, tendo em vista uma visão mais realista, e colocando na conta a redução de efetivo, o aumento dos temporários (já noticiada).
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Colocar toda a culpa na ‘falta de verbas’ é ridículo. A MB gasta mal. É muita gente para o orçamento. Uma força que gasta mais de 90% do orçamento com pessoal não pode ser efetiva. Mesmo com a crise, a MB vem ano após ano aumentando o efetivo. De 2009 para cá são mais de 15.000 militares a mais.
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Para mim esta história de modernização do A-12 é piada. As Tamandaré deverão atrasar e custar muito mais caro que um navio semelhante produzido no exterior.
Parabéns Padilha pela reportagem . Mas como muito colegas falaram acima : ” Nada mais do menos ” , seremos por muito tempo uma Marinha ” costeira ” e nunca de águas azuis , não temos ambição para tal , as verbas não chegam , menos mal ainda que a PEC 197 avança um pouco no congresso.
Isso já não é problema do DAN. Isso é com a MB. O DAN apenas trás os dados para vocês. Se nada se fala é porque não se fala. Se trazemos algo novo, vira “mais do mesmo”. Pôxa, assim fica difícil.
Não quero elogios, e nem fiz a entrevista focando nisso, e sim, em trazer em que a MB está trabalhando para que vocês leitores fiquem por dentro, mas parece que não adianta. Desculpe o desabafo, mas vocês nos “motivam” muito a continuar o nosso trabalho.
Será que vocês não viram nada de positivo na entrevista? Caramba!
por causa destas e de outras reportagem maravilhosas que aumentam nosso conhecimento e tiram nossas duvidas, sou leitor a vários anos esse tema não sou militar mas trabalhei no projeto do míssil piranha na DFVasconcelos e desde então sempre leio o que posso sobre matéria militar e já vai desde os anos 1982, e o DAN sempre vem com reportagens maravilhosas novamente parabens
Muito obrigado Paulo.
Ahhh….e antes q me esqueca, a Amazonas ja esta capengando c seu radar quebrado…kkkkk….e isso parece q nem eh mais importante….putzzz……nunca imaginei q algo poderia ficar pior ainda………parabens a MB e a seus comandantes, afinal isso so pode estar acontecendo na MB por tantos e tantos eros cometidos atraves dos anos passados….a comecar pelo plano fabuloso do reator atomico e do projeto Aramar q se arrasta a mais de 40 anos.
Prezado Padilha, nos admiramos o seu esforco em nos trazer serias e novas perspectivas a respeito do futuro da MB. Infelizmente, dadas a respostas dubias e infinitamente sem prazos concretos, ficamos novamente a merce de novidades. O futuro continua muito nublado e tempestuoso para a MB e a unica coisa q ainda nao os afeta sao seus soldos e beneficios, mas cortes na despesa q eh bom mesmo.nada concretamente. No mais, parabens pela coragem em cutucar a onca, mesmo sabendo q nao teria nenhuma novidade. Sds
Bom dia
Parabéns pela ótima matéria, bastante esclarecedora. Ajuda a esclarecer a situação da MB e afastar devaneios que circulam na web.
Padilha, sobre a procura de meios por oportunidade, as fragatas alemãs classe Bremen, como a da foto acima chegaram a ser consideradas?
Outra dúvida que tenho é em relação aos H 225: com a restrição de vôos devido àquele acidente na Noruega, a MB e o fabricante vão tomar alguma providência para não comprometer a operacionalidade dos mesmos aqui no Brasil.
Sds
A MB faz sua parte expõe suas necessidades serem atendidas é outra realidade se não houver sensibilidade dos nossos governantes para criar mecanismo para um aumento no orçamento ou seguir o exemplo do chile com cobre que arrecada recursos para as forças armadas a MB vai levar uns 50 anos ou mais para concluir esses projetos. Para ficar só no papel ou em sonhos que por enquanto nesse pais não paga imposto é perda de tempo.
Mauricio, o raciocínio é diferente.
A MB não pode esperar ter verba para então iniciar os estudos para construir/adquirir.
A MB cria programas e se prepara para assim que a verba surgir, ela já estar com o programa adiantado e ai sim, ganhar tempo.
Portanto, não pense em perda de tempo, pois só será perda se efetivamente as verbas NUNCA aparecerem.
Uma Observação : como sempre nós damos um Passo a frente e outro Passo atrás , liberaram a operação de Asa fixa a Marinha , porém para variar teria que haver um Adendo ao Atraso , somente em Navios Aeródromos , no BRASIL não pode faltar as Barbaridades , isto é uma Assinatura do BRASIL !!
Lamentável, falou muito e respondeu pouco!!! sem dinheiro, sem fatos concretos essa é a realidade, fica só no plano, na espera no talvez ou quem sabe 🙁 não consegue consertar o radar do Amazonas quer fazer corvetas, subs e outras cositas mas… respeito todas as opiniões mas repito, lamentável!!!
Perfeito, mas muito triste.
Bardini, o que foi apresentado ao governo foram as necessidades das Forças, as reais necessidades para a defesa do Brasil, sem pensamento minimalista, pois não cabe às Forças o descumprimento de recomendação do TCU ou cometem crime de responsabilidade.
O planejamento do reaparelhamento é feito com o que foi aprovado e orçamentado.
Agora…se o orçamento não é cumprido, não há o que resista.
Padilha…Excelente oportunidade de clarear as coisas para os seus leitores e desfazer “informações especializadas” de fontes ditas “especializadas”…foi na fonte!!!! Grande trabalho!!!
Muito claro, obrigado Padilha.
Padilha, na entrevista você perguntou se será desenvolvido um torpedo leve nacional, a resposta foi: não.
A respeito das Catapultas, creio que talvez não tenha me feito entender. O entrevistado diz que: “o programa prevê a modernização da(s) catapulta(s).” Essa é uma colocação muito abrangente…
As catapultas já não estão “ok”, não tinham sido revisadas? Meu questionamento era a respeito de até onde vai esta “modernização”, pois nas catapultas já mexeram. Então perguntei: essa modernização é apenas referente a geração de vapor? Enfim, queria saber se vão mexer somente na parte da geração ou também na catapulta em si, haja visto que sua modernização foi citada.
Marino,
Grato pela atenção e não, não me faço presente neste locais que você citou.
A respeito da sua colocação, conheço a estória e, eu tenho pontos de vista bem críticos a esta liberdade imposta, pois na minha opinião (de Mer…) é descabido e impraticável fazer um planejamento que não cabe no próprio bolso. O resultado disso é o que se tem hoje, gente demais na folha e navio menos, sendo que é uma frota velha e ultrapassada sem perspectivas de renovação de todos os meios e os que se tentam renovar, historicamente ficam em construção por décadas, custando muito mais do que o “planejado” e quando são incorporados nunca veem dias de mar o suficiente, pois não se tem dinheiro para fainas. A solução que se que se tenta para esses problemas? Pedir mais orçamento, aquele mesmo, o que não existe e cujo qual TODOS os planejamentos tem como base e são feitos.
No mais, No meu entender, se você deixar qualquer força livre para pensar no que seria o melhor para se cumprir a sua missão, nenhum orçamento no mundo será o bastante, nenhum. Mas é só a minha opinião e por mais fora da realidade que possa ser, acho que eu posso dá-la já que eu ajudo a pagar esses “planejamentos” todos.
Sim, vc está certo, mas a verdade é que o TL não está descartado, apenas não foi citado.
As catapultas não foram atualizadas não. Elas deverão ser revisadas e atualizadas com troca de chapas e etc.
Vapor. Todas as caldeiras a vapor serão eliminadas. Duas novas serão instaladas com um novo sistema e serão apenas para atender AS catapultas e o aparelho de parada.
Acho que agora ficou mais do que claro.
Aqui ao lado de casa o estaleiro o antigo Verolme hoje Brasfels construía navios pra MB, hoje em dia só quer pegar plataforma. É muito bom que novos meios sejam construídos em estaleiros no Brasil para que possam pegar a tecnologia necessária, mas, no meu ver tem um grande problema. Estaleiros vão se capacitar, após as entregas, se não conseguirem encomendas do exterior, vão ficar parados esperando sabe lá quando vão ter novas encomendas da MB? Aí toda a tecnologia adquirida começa a ficar defasada e começa tudo de novo!
Porque como todos sabem sempre falta verba, projetos são interrompidos, a MB fica décadas sem construir novos navios por falta de verba e por aí vai . . .
A entrevista foi boa, mas sem dúvidas, fica claro que estamos em uma situação lamentável.
O Governo deveria ver que neste momento, seria uma boa idéia tentar um acordo com um governo/estaleiro estrangeiro, construir o cabeça da série no país de origem e os outros em estaleiro nacional, parceiro, isso traria investimentos dd curto/médio prazo, com reflexos importantes na economia.
Esta operação pode ser financiada a longo prazo, com juros apropriados e interessantes.
Acredito que devemos parar com esse nacionalismo e orgulho burros, e sermos mais pragmáticos, o que podemos para aumentar a capacidade das FA
Mas José, a ideia passa por ai mesmo. Só que para costurar isso, a MB depende dos estaleiros estrangeiros estarem interessados e que suas propostas sejam do interesse da MB. O nacionalismo não é burro. Ele traz a independência e a capacitação de M/O que precisamos.
Bardini, eu sou frequentador de um fórum de defesa chamado ” Defesa Brasileira” e durante muitos anos participei do “Defesa Brasil”.
Digo isto pq o que vou escrever, sobre seu PS1 acima, já foi discutido há muitos anos e como sei que vc também frequenta fóruns imaginei que não seria novidade para vc.
A MB sempre foi minimalista em seus Planos de Reequipamento, por conta de diversos senões, como orçamento.
Isto até que houve uma inspeção do TCU, o agora malfadado TCU, em que foram apresentados os planos de reequipamento.
Sabe o que saiu no relatório?
Que não cabia à MB fazer seus planos pensando em restrições orçamentárias ou qualquer outro tipo de restrição, que isto era um erro e que tinha que ser corrigido, que cabia à MB apresentar às autoridades políticas competentes suas necessidades e a alocação de recursos, ou não, caberia àquelas autoridades. Que este procedimento incorreto da MB deveria ser corrigido.
Não por outro motivo a FAB e o EB também tiveram que “sonhar grande”, nas suas palavras.
Mas, o mais importante, é que pela primeira vez as Forças, as três, apresentaram àquelas autoridades mencionadas pelo TCU suas REAIS necessidades e que em caso de necessidade as mesmas não mais poderão alegar desconhecimento.
Parabéns pela entrevista Padilha! torço por mais esclarecimentos como este na nossa imprensa especializada.
Ps: Eu teria ao menos uma úlcera durante a entrevista. Mais precisamente, na parte do “PAEMB”…
Ps1: Como assim a última revisão foi feita em 2013? Ainda estão sonhando grande, com um orçamento que nunca tiveram?
Ps2: Tá. Vão gastar tempo e dinheiro pesquisando um “TPN” e não vão fazer o mais racional, que é desenvolver um torpedo leve, que teria assim uma maior escala, diminuindo custos, aumentando a quantidade de empregos, etc?
Ps3: Só mexeram na catapulta lateral do NAe ou fizeram a revisão das duas? Ou essa modernização de catapultas que ele cita é referente a parte de geração de vapor?
Ps4: Não escolheram ainda o Artisan. Ainda coloco minhas fichas na Thales, via OMNISYS para o radar e o sonar das Tamandarés assim como modernização do NAe, que parece-me que sairá…
Ps6: NApLog e NaPOc eram itens do PROSUPER, com CPN estudando estes meios podemos pensar que a proposta será revista?
Ps5: Para não perder o costume de ser chato, o projeto das novas corvetas ainda não me convence…
Bardini, o mundo de Alice ou de Moranguinho se vc quiser, não é real. A realidade é dura e nem tudo o que pensamos sentados atrás de um PC, é fácil de se executar.
Isso posto, o TPN vai ser desenvolvido tanto quanto o leve. Apenas não saiu ali como vc bem viu. Está andando.
Quanto a catapulta, a resposta é clara. Catapulta é uma coisa, rede de vapor outra. O que vc quer saber? O NAe terá apenas 2 novas caldeiras a vapor exclusivas para AS CATAPULTAS (PLURAL).
PS6. A resposta está clara.
PS5: Ser chato faz parte das pessoas interessadas, só não pode é se perder fazendo perguntas onde as respostas já foram dadas. E as corvetas serão como o nome diz: CORVETAS!
Parabéns DAN!
Excelente! Esclareceu muitas coisas que estavam sendo colocadas de forma incorreta pela “mídia especializada”.
Abraços.
Muito abrangente, parabéns Padilha !
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Também gostei do quadro pendurado na parede atrás do Almirante…um classe “M” !
Que bom que você gostou. De tudo.
A idéia é acabar com os devaneios existentes em sites dito especializados. Kkkkkk