Por Helen Haxell
A empresa Calidus com sede nos Emirados Árabes Unidos, revelou pela primeira vez sua nova aeronave de ataque leve, a B-250 Bader, com capacidades multirole no Dubai Airshow 2017.
O B-250 Bader faz parte de um programa que se originou em 2015 com uma série de parceiros, incluindo a empresa brasileira Novaer, fornecedora da estrutura da aeronave e a Rockwell Collins, fabricante do sistema de aviônica de bordo com a tecnologia Pro Line Fusion.
A aeronave é o primeiro caça militar a ser desenvolvido no país e foi resultado de uma lacuna de capacidade, disse Hamdan Abdulla Al Shkeili, engenheiro-chefe de software de Calidus à Shephard. A primeira entrega da aeronave é esperada iminentemente. “Hoje estamos apresentando nosso projeto, o B-250.
Ele possui uma aviônica de ponta muito forte para permitir que a aeronave faça suas missões com precisão, disse ele. A aviônica Pro Line Fusion terá interfaces gráficas que estão integradas com um HUD digital e janelas de exibição multifunções. A percepção do terreno e os ecrãs de vídeo EO / IR também devem fornecer aos pilotos uma maior conscientização do espaço aéreo. As capacidades de missão da aeronave de voo único/duplo serão centradas em contra-insurgências, ISR, suporte aéreo próximo e operações de treinamento avançado.
Em relação às capacidades de armamento, o B-250 pode receber uma série de armas com seus 7 pontos duros, bem como uma EO/IR. “Ele foi projetado para ser flexível para os usuários finais, podendo levar diferentes tipos de armas e foguetes. Ele está cobrindo uma lacuna que o mercado precisa para a guerra moderna com custos operacionais muito baixos”, comentou Al Shkeili. Ele explicou ainda que a empresa está recebendo muito interesse nacional e internacional para o B-250 e a “comunicação ativa” está ocorrendo atualmente com os usuários finais.
A Novaer desenvolveu a estrutura da aeronave, que é composta por fibra de carbono, que era um requisito fundamental da Calidus devido às suas capacidades leves. “Tem um excelente desempenho devido ao fato de ser a primeira aeronave nesta categoria a ser totalmente feita de fibra de carbono. A fibra de carbono significa que tem melhor peso e anti-fadiga [componentes], o que dá mais vida útil à aeronave”, disse Al Shkeili.
A instalação de produção da aeronave está em estágios iniciais de desenvolvimento e estará localizada em Al Ain, embora Al Shkeili tenha confirmado que há uma oportunidade para uma “produção muito alta” no site. Nesta fase, o B-250 voou mais de 50 horas de voo. Segundo os relatórios, acredita-se que, no verão deste ano, o primeiro protótipo da aeronave realizou sua primeira rotação do motor. Atualmente, existem duas aeronaves em exposição estática no show, e uma que participa na exibição do voo.
O B-250 bader utiliza um motor PT6A-68 de 1,600shp P & WC e a carga útil máxima é de 1.796kg, com teto do serviço de 30.000 pés com uma autonomia de 2.400nm a 301kt.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Shepard News
A Novaer vai abrir uma fábrica por aquelas bandas? Ou fabricação da fuselagem e integração vai ocorrer aqui no Brasil?
Essa é uma boa pergunta. A Novaer ainda não se pronunciou.
Nada como pensar na autonomia.
Para ter a autoria do projeto, comprada da NOVAER, e ter um adversário SÉRIO para o Super Tucano.
Tem a mesma instrumentação/aviônica do KC-390 numa fuselagem de fibra de carbono e todos os brinquedinhos que os petrodólares podem comprar e a mesma motorização TOP do avião da Embraer…
Este será um concorrente SÉRIO se a integração for bem feita…
Imagina-se que, no mínimo, uma fuselagem de 100% de fibra de carbono possa resultar numa maior velocidade e limites de resistência estrutural superiores ao Super Tucano…
Roberto, eles não desenvolveram nada !
O projeto foi desenvolvido pela Novaer (sediada em São José dos Campos – SP).
O que foi que fizeram foi fazer uma parceria (associação) com a mesma e injetaram muita grana.
Lembrando aqui que a Novaer é profunda conhecedora da aeronaves T-27 Tucano e o A-29 Super Tucano, não restando dúvida pela imagem acima que ela usou esses dois modelos como ponto de partida.
O projeto é 100% da Novaer, isto não resta dúvida.
Não entendi os Árabes. Desenvolveram mais um avião, em ver de comprarem o T 29 ???!!! Por que não fazer parceria com a embraer e fabricar lá o Avião T 29.